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Banco de Dados Direitos Humanos DHnet Programa Nacional de Direitos Humanos PNDH 3 Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica 64292m

Apresentao | Prefcio | Interao democrtica entre Estado e sociedade civil | Desenvolvimento e Direitos Humanos | Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades | Segurana Pblica, o Justia e Combate Violncia | Educao e Cultura em Direitos Humanos | Direito Memria e Verdade | PNDH 1 | PNDH 2 | PNDH 3 | XI Conferncia Nacional de Direitos Humanos | Planos Programas Mundo | Polmicas e Contradies PNDH 3 | Vdeos

Eixos Orientadores

Eixo Orientador III
Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades

Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisvel e interdependente, assegurando a cidadania plena

Objetivo estratgico I: Universalizao do registro civil de nascimento e ampliao do o documentao bsica

Objetivo estratgico II: o alimentao adequada por meio de polticas estruturantes

Objetivo estratgico III: Garantia do o terra e moradia para a populao de baixa renda e grupos sociais vulnerabilizados

Objetivo estratgico IV: Ampliao do o universal a sistema de sade de qualidade

Objetivo estratgico V: o educao de qualidade e garantia de permanncia na escola

Objetivo estratgico VI: Garantia do trabalho decente, adequadamente remunerado, exercido em condies de equidade e segurana equidade e segurana

Objetivo estratgico VII: Combate e preveno ao trabalho escravo

Objetivo estratgico VIII: Promoo do direito cultura, lazer e esporte como elementos formadores de cidadania

Objetivo estratgico IX: Garantia da participao igualitria e vel na vida poltica


Diretriz 8: Promoo dos direitos de crianas e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma no discriminatria, assegurando seu direito de opinio e participao

Objetivo estratgico I: Proteger e garantir os direitos de crianas e adolescentes por meio da consolidao das diretrizes nacionais do ECA, da Poltica Nacional de Promoo, Proteo e Defesa dos Direitos da Criana e do Adolescente e da Conveno sobre os Direitos da Criana da ONU

Objetivo estratgico II: Consolidar o Sistema de Garantia de Direitos de Crianas e Adolescentes, com o fortalecimento do papel dos Conselhos Tutelares e de Direitos

Objetivo estratgico III: Proteger e defender os direitos de crianas e adolescentes com maior vulnerabilidade

Objetivo estratgico IV: Enfrentamento da violncia sexual contra crianas e adolescentes

Objetivo estratgico V: Garantir o atendimento especializado a crianas e adolescentes em sofrimento psquico e dependncia qumica

Objetivo estratgico VI: Erradicao do trabalho infantil em todo o territrio nacional

Objetivo estratgico VII: Implementao do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).


Diretriz 9: Combate s desigualdades estruturais

Objetivo estratgico I: Igualdade e proteo dos direitos das populaes negras, historicamente afetadas pela discriminao e outras formas de intolerncia

Objetivo estratgico II: Garantia aos povos indgenas da manuteno e resgate das condies de reproduo, assegurando seus modos de vida

Objetivo estratgico III: Garantia dos direitos das mulheres para o estabelecimento das condies necessrias para sua plena cidadania


Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade

Objetivo estratgico I: Afirmao da diversidade para a construo de uma sociedade igualitria

Objetivo estratgico II: Proteo e promoo da diversidade das expresses culturais como Direito Humano

Objetivo estratgico III: Valorizao da pessoa idosa e promoo de sua participao na sociedade

Objetivo estratgico IV: Promoo e proteo dos direitos das pessoas com deficincia e garantia da ibilidade igualitria

Objetivo estratgico V: Garantia do respeito livre orientao sexual e identidade de gnero.

Objetivo estratgico VI: Respeito s diferentes crenas, liberdade de culto e garantia da laicidade do Estado

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Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades

A Declarao Universal dos Direitos Humanos afirma em seu prembulo que o “reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da famlia humana e de seus direitos iguais e inalienveis o fundamento da liberdade, da justia e da paz no mundo”. No entanto, nas vicissitudes ocorridas no cumprimento da Declarao pelos Estados signatrios, identificou-se a necessidade de reconhecer as diversidades e diferenas para concretizao do princpio da igualdade.

No Brasil, ao longo das ltimas dcadas, os Direitos Humanos aram a ocupar uma posio de destaque no ordenamento jurdico. O Pas avanou decisivamente na proteo e promoo do direito s diferenas. Porm, o peso negativo do ado continua a projetar no presente uma situao de profunda iniquidade social.

O o aos direitos fundamentais continua enfrentando barreiras estruturais, resqucios de um processo histrico, at secular, marcado pelo genocdio indgena, pela escravido e por perodos ditatoriais, prticas que continuam a ecoar em comportamentos, leis e na realidade social.

O PNDH-3 assimila os grandes avanos conquistados ao longo destes ltimos anos, tanto nas polticas de erradicao da misria e da fome, quanto na preocupao com a moradia e sade, e aponta para a continuidade e ampliao do o a tais polticas, fundamentais para garantir o respeito dignidade humana.

Os objetivos estratgicos direcionados promoo da cidadania plena preconizam a universalidade, indivisibilidade e interdependncia dos Direitos Humanos, condies para sua efetivao integral e igualitria. O o aos direitos de registro civil, alimentao adequada, terra e moradia, trabalho decente, educao, participao poltica, cultura, lazer, esporte e sade, deve considerar a pessoa humana em suas mltiplas dimenses de ator social e sujeito da cidadania.

luz da histria dos movimentos sociais e programas de governo, o PNDH-3 se orienta pela transversalidade, para que a implementao dos direitos civis e polticos transitem pelas diversas dimenses dos direitos econmicos, sociais, culturais e ambientais. Caso contrrio, grupos sociais afetados pela pobreza, pelo racismo estrutural e pela discriminao dificilmente tero o a tais direitos.

As aes programticas formuladas visam a enfrentar o desafio de eliminar as desigualdades, levando em conta as dimenses de gnero e raa nas polticas pblicas, desde o planejamento at a sua concretizao e avaliao. H, neste sentido, propostas de criao de indicadores que possam mensurar a implementao progressiva dos direitos.

s desigualdades soma-se a persistncia da discriminao, que muitas vezes se manifesta sob a forma de violncia contra sujeitos que so histrica e estruturalmente vulnerabilizados.

O combate discriminao mostra-se necessrio, mas insuficiente enquanto medida isolada. Os pactos e convenes que integram o sistema internacional de proteo dos Direitos Humanos apontam para a necessidade de combinar estas medidas com polticas compensatrias que aceleram a construo da igualdade, como forma capaz de estimular a incluso de grupos socialmente vulnerveis. Alm disso, as aes afirmativas constituem medidas especiais e temporrias que buscam remediar um ado discriminatrio. No rol de movimentos e grupos sociais que demandam polticas de incluso social encontram-se crianas, adolescentes, mulheres, pessoas idosas, lsbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, pessoas com deficincia, povos indgenas, populaes negras e quilombolas, ciganos, ribeirinhos, varzanteiros, pescadores,
entre outros.

Definem-se, neste captulo, medidas e polticas que devem ser efetivadas para reconhecer e proteger os indivduos como iguais na diferena, ou seja, valorizar a diversidade presente na populao brasileira para estabelecer o igualitrio aos direitos fundamentais. Trata-se de reforar os programas de governo e as resolues pactuadas nas diversas conferncias nacionais temticas, sempre sob o foco dos Direitos Humanos, com a preocupao de assegurar o respeito s diferenas e o combate s desigualdades, para o efetivo o aos direitos.

Por fim, em respeito primazia constitucional de proteo e promoo da infncia, da adolescncia e da juventude, o captulo aponta em suas diretrizes para o respeito e a garantia das geraes futuras. Como sujeitos de direitos, as crianas, os adolescentes e os jovens so frequentemente subestimadas em sua participao poltica e em sua capacidade decisria. Preconiza-se o dever de assegurar-lhes, desde cedo, o direito de opinio e participao.

Marcadas pelas diferenas e por sua fragilidade temporal, as crianas, os adolescentes e os jovens
esto sujeitos a discriminaes e violncias. As aes programticas promovem a garantia de espaos e investimentos que assegurem proteo contra qualquer forma de violncia e discriminao, bem como a promoo da articulao entre famlia, sociedade e Estado para fortalecer a rede social de proteo que garante a efetividade de seus direitos.

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Diretriz 7:
Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisvel e interdependente, assegurando a cidadania plena.

Objetivo estratgico I:
Universalizao do registro civil de nascimento e ampliao do o documentao bsica.

Aes programticas:
a) Ampliar e reestruturar a rede de atendimento para a emisso do registro civil de nascimento visando a sua universalizao.

• Interligar maternidades e unidades de sade aos cartrios, por meio de sistema manual ou informatizado, para emisso de registro civil de nascimento logo aps o parto, garantindo ao recm nascido a certido de nascimento antes da alta mdica.

• Fortalecer a Declarao de Nascido Vivo (DNV), emitida pelo Sistema nico de Sade (SUS), como mecanismo de o ao registro civil de nascimento, contemplando a diversidade na emisso pelos estabelecimentos de sade e pelas parteiras.

• Realizar orientao sobre a importncia do registro civil de nascimento para a cidadania por meio da rede de atendimento (sade, educao e assistncia social) e pelo sistema de Justia e de segurana pblica.

• Aperfeioar as normas e o servio pblico notarial e de registro, em articulao com o Conselho Nacional de Justia, para garantia da gratuidade e da cobertura do servio de registro civil em mbito nacional.

Responsveis: Ministrio da Sade; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio da Previdncia Social; Ministrio da Justia; Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Ministrio da Educao

b) Promover a mobilizao nacional com intuito de reduzir o nmero de pessoas sem registro civil de nascimento e documentao bsica.

• Instituir comits gestores estaduais, distrital e municipais com o objetivo de articular as instituies pblicas e as entidades da sociedade civil para a implantao de aes que visem ampliao do o documentao bsica.

• Realizar campanhas para orientao e conscientizao da populao e dos agentes responsveis pela articulao e pela garantia do o aos servios de emisso de registro civil de nascimento e de documentao bsica.

• Realizar mutires para emisso de registro civil de nascimento e documentao bsica, com foco nas regies de difcil o e no atendimento s populaes especficas como os povos indgenas, quilombolas, ciganos, pessoas em situao de rua, institucionalizadas e s trabalhadoras rurais.

Responsveis: Ministrio da Sade; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio da Defesa; Ministrio da Fazenda; Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio da Justia; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Ministrio da Educao; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio da Cultura

Recomendao: Recomenda-se articulao dos entes federados, o Conselho Nacional de Justia (CNJ), a Associao Nacional de Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN Brasil), a Associao Nacional de Notrios (ANOREG Brasil), e entidades da sociedade civil para participarem da mobilizao nacional.

c) Criar bases normativas e gerenciais para garantia da universalizao do o ao registro civil de nascimento e documentao bsica.

• Implantar sistema nacional de registro civil para interligao das informaes de estimativas de nascimentos, de nascidos vivos e do registro civil de nascimento, a fim de viabilizar a busca ativa dos nascidos no registrados e aperfeioar os indicadores para subsidiar polticas pblicas.

• Desenvolver estudo e reviso da legislao para garantir o o do cidado ao registro civil de nascimento em todo o territrio nacional.

• Realizar estudo de sustentabilidade do servio notarial e de registro no Pas.

• Desenvolver a padronizao do registro civil (certido de nascimento, de casamento e de bito) em territrio nacional.

• Garantir a emisso gratuita de Registro Geral (RG) e Cadastro de Pessoa Fsica (F) aos reconhecidamente pobres.

• Desenvolver estudo sobre a poltica nacional de documentao civil bsica.

Responsveis: Ministrio da Sade; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto; Ministrio da Fazenda; Ministrio da Justia; Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio da Previdncia Social; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio

Recomendao: Recomenda-se articular os entes federados, o Conselho Nacional de Justia (CNJ), a Associao Nacional de Registradores de Pessoas Naturais (ARPEN Brasil), a Associao Nacional de Notrios (ANOREG Brasil) e entidades da sociedade civil para participarem na organizao de bases normativas e gerenciais para garantia da universalizao do o ao registro civil de nascimento e documentao bsica

d) Incluir no questionrio do censo demogrfico perguntas para identificar a ausncia de documentos civis na populao.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE); Ministrio do Desenvolvimento Agrrio

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Objetivo estratgico II:
o alimentao adequada por meio de polticas estruturantes.

Aes programticas:
a) Ampliar o o aos alimentos por meio de programas e aes de gerao e transferncia de renda, com nfase na participao das mulheres como potenciais beneficirias.

Responsveis: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

Parceiro: Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)

Recomendao: Recomenda-se aos estados e ao Distrito Federal a promoo de aes para a efetivao da Lei de Segurana Alimentar (Lei 11.346/2006).

b) Vincular programas de transferncia de renda garantia da segurana alimentar da criana, por meio do acompanhamento da sade e nutrio e do estmulo de hbitos alimentares saudveis, com o objetivo de erradicar a desnutrio infantil.

Responsveis: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio da Educao; Ministrio da Sade

Parceiros: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)

c) Fortalecer a agricultura familiar e camponesa no desenvolvimento de aes especficas que promovam a gerao de renda no campo e o aumento da produo de alimentos agroecolgicos para o autoconsumo e para o mercado local.

Responsveis: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

Parceiros: Ministrio do Meio Ambiente; Ministrio do Trabalho e Emprego; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa); Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)

Recomendao: Recomendam-se aos estados, Distrito Federal e municpios a implementao e fortalecimento de polticas socioeconmicas que possibilitem aos agricultores familiares agregarem valor aos produtos, tais como apoio ao associativismo, cooperativismo, pequenas indstrias agropecurias.

d) Ampliar o abastecimento alimentar, com maior autonomia e fortalecimento da economia local, associado a programas de informao, de educao alimentar, de capacitao, de gerao de ocupaes produtivas, de agricultura familiar camponesa e de agricultura urbana.

Responsveis: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio

Parceiros: Ministrio do Trabalho e Emprego; Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)

Recomendao: Recomenda-se o estmulo articulao, mobilizao e ao controle social por meio de parcerias da sociedade civil com o Governo Federal para a realizao de campanhas de combate fome e de segurana alimentar e nutricional.

e) Promover a implantao de equipamentos pblicos de segurana alimentar e nutricional, com vistas a ampliar o o alimentao saudvel de baixo custo, valorizar as culturas alimentares regionais, estimular o aproveitamento integral dos alimentos, evitar o desperdcio e contribuir com a recuperao social e de sade da sociedade.

Responsvel: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

Parceiros: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio da Sade; Ministrio da Cultura; Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)

f) Garantir que os hbitos e contextos regionais sejam incorporados nos modelos de segurana alimentar como fatores da produo sustentvel de alimentos.

Responsvel: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

Parceiros: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio da Cultura; Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB)

g) Realizar pesquisas cientficas que promovam ganhos de produtividade na agricultura familiar e assegurar estoques reguladores.

Responsveis: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

Parceiros: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa); Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes); Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)

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Objetivo estratgico III:
Garantia do o terra e moradia para a populao de baixa renda e grupos sociais vulnerabilizados.

Aes programticas:
a) Fortalecer a reforma agrria com prioridade implementao e recuperao de assentamentos, regularizao do crdito fundirio e assistncia tcnica aos assentados, atualizao dos ndices Grau de Utilizao da Terra (GUT) e Grau de Eficincia na Explorao (GEE), conforme padres atuais e regulamentao da desapropriao de reas pelo descumprimento da funo social plena.

Responsvel: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

Parceiro: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (Embrapa)

Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal e municpios, alm dos demais Poderes e Ministrio Pblico a articulao para fortalecer a reforma agrria.

b) Integrar as aes de mapeamento das terras pblicas da Unio.

Responsvel: Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto

c) Estimular o saneamento dos servios notariais de registros imobilirios, possibilitando o bloqueio ou o cancelamento istrativo dos ttulos das terras e registros irregulares.

Responsveis: Ministrio da Justia; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio

Recomendao: Recomenda-se ao Poder Judicirio agir articulado aos estados para a efetivao do
saneamento dos servios notariais.

d) Garantir demarcao, homologao, regularizao e desintruso das terras indgenas, em harmonia com os projetos de futuro de cada povo indgena, assegurando seu etnodesenvolvimento e sua autonomia produtiva.

Responsvel: Ministrio da Justia

Parceiros: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA); Fundao Nacional do ndio (Funai)

Recomendao: Recomenda-se ao Poder Judicirio celeridade nos julgamentos das aes, relacionadas s demarcaes, em consonncia com o Decreto n 1.775/96 e a Conveno 169 da OIT.

e) Assegurar s comunidades quilombolas a posse dos seus territrios, acelerando a identificao, o reconhecimento, a demarcao e a titulao desses territrios, respeitando e preservando os stios de alto valor simblico e histrico.

Responsveis: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da
Repblica; Ministrio da Cultura; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio

Parceiro: Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (INCRA)

Recomendaes:

• Recomenda-se ao Supremo Tribunal Federal que a ADIN interposta contra o Decreto seja julgada improcedente.

• Recomenda-se ao Poder Judicirio celeridade nos julgamentos das demarcaes, em consonncia com o Decreto n 4.887/2003, o art. 68 do ADCT e a Conveno 169 OIT.

• Recomenda-se ao Poder Judicirio se manifestar a favor da constitucionalidade do Decreto n 4.887/2003.

f) Garantir o o a terra s populaes ribeirinhas, varzanteiras e pescadoras, assegurando o aos recursos naturais que tradicionalmente utilizam para sua reproduo fsica, cultural e econmica.

Responsveis: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio do Meio Ambiente

Parceiro: Ministrio da Pesca e Aqicultura

g) Garantir que nos programas habitacionais do governo sejam priorizadas as populaes de baixa renda, a populao em situao de rua e grupos sociais em situao de vulnerabilidade no espao urbano e rural, considerando os princpios da moradia digna, do desenho universal e os critrios de ibilidade nos projetos.

Responsveis: Ministrio das Cidades; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

Parceiros: Casa Civil da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

Recomendao: Recomenda-se a facilitao do o a subsdios e crditos habitacionais para famlias de baixa renda, priorizando o cadastro de mulheres a partir dos dados do Cadastro nico.

h) Promover a destinao das glebas e edifcios vazios ou subutilizados pertencentes Unio, para a populao de baixa renda, reduzindo o dficit habitacional.

Responsveis: Ministrio das Cidades; Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto

Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal e municpios o planejamento de aes de combate ao dficit habitacional.

i) Estabelecer que a garantia da qualidade de abrigos e albergues, bem como seu carter inclusivo e de resgate da cidadania populao em situao de rua, estejam entre os critrios de concesso de recursos para novas construes e manuteno dos existentes.

Responsveis: Ministrio das Cidades; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

j) Apoiar o monitoramento de polticas de habitao de interesse social pelos conselhos municipais de habitao, garantindo s cooperativas e associaes habitacionais o s informaes.

Responsvel: Ministrio das Cidades

Parceiro: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica

Recomendao: Recomenda-se aos conselhos estaduais e municipais que monitorem os projetos habitacionais implantados nos estados, Distrito Federal e municpios.

k) Garantir as condies para a realizao de acampamentos ciganos em todo o territrio nacional, visando a preservao de suas tradies, prticas e patrimnio cultural.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio
das Cidades

Parceiros: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica

Recomendao: Recomenda-se aos municpios e Distrito Federal que em seus planos diretores contemplem reas para os acampamentos ciganos.

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Objetivo estratgico IV:
Ampliao do o universal a sistema de sade de qualidade.

Aes programticas:
a) Expandir e consolidar programas de servios bsicos de sade e de atendimento domiciliar para a populao de baixa renda, com enfoque na preveno e diagnstico prvio de doenas e deficincias, com apoio diferenciado s pessoas idosas, indgenas, negros e comunidades quilombolas, pessoas com deficincia, pessoas em situao de rua, lsbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, crianas e adolescentes, mulheres, pescadores artesanais e populao de baixa renda.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Ministrio da Pesca e Aquicultura

Recomendao: Recomendam-se aos estados, Distrito Federal e municpios a ampla divulgao e implementao da Carta dos Direitos dos Usurios da Sade.

b) Criar programas de pesquisa e divulgao sobre tratamentos alternativos medicina tradicional no sistema de sade.

Responsvel: Ministrio da Sade

Parceiros: Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes); Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)

c) Reformular o marco regulatrio dos planos de sade, de modo a diminuir os custos para a pessoa idosa e fortalecer o pacto intergeracional, estimulando a adoo de medidas de capitalizao para gastos futuros pelos planos de sade.

Responsvel: Ministrio da Sade

Parceiros: Ministrio da Justia; Agncia Nacional de Sade Suplementar

d) Reconhecer as parteiras como agentes comunitrias de sade.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

e) Aperfeioar o programa de sade para adolescentes, especificamente quanto sade de gnero, educao sexual e reprodutiva e sade mental.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

f) Criar campanhas e material tcnico, instrucional e educativo sobre planejamento reprodutivo que respeite os direitos sexuais e direitos reprodutivos, contemplando a elaborao de materiais especficos para a populao jovem e adolescente e para pessoas com deficincia.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica/Secretaria Nacional de Juventude

g) Estimular programas de ateno integral sade das mulheres, considerando suas especificidades tnico-raciais, geracionais, regionais, de orientao sexual, de pessoa com deficincia, priorizando as moradoras do campo, da floresta e em situao de rua.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

h) Ampliar e disseminar polticas de sade pr e neonatal, com incluso de campanhas educacionais de esclarecimento, visando preveno do surgimento ou do agravamento de deficincias.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica

i) Expandir a assistncia pr-natal e ps-natal por meio de programas de visitas domiciliares para acompanhamento das crianas na primeira infncia.

Responsvel: Ministrio da Sade

j) Apoiar e financiar a realizao de pesquisas e intervenes sobre a mortalidade materna, contemplando o recorte tnico-racial e regional.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

k) Assegurar o o a laqueaduras e vasectomias ou reverso desses procedimentos no sistema pblico de sade, com garantia de o a informaes sobre as escolhas individuais.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

l) Ampliar a oferta de medicamentos de uso contnuo, especiais e excepcionais para a pessoa idosa.

Responsvel: Ministrio da Sade

m) Realizar campanhas de diagnstico precoce e tratamento adequado s pessoas que vivem com HIV/AIDS para evitar o estgio grave da doena e prevenir sua expanso e disseminao.

Responsvel: Ministrio da Sade

Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal e municpios a ampliao de casas de apoio para pessoas que vivem com HIV/AIDS e residncias acolhedoras, que itam a proximidade com sua famlia.

n) Proporcionar s pessoas que vivem com HIV/AIDS programas de ateno no mbito da sade sexual e reprodutiva.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

o) Capacitar os agentes comunitrios de sade que realizam a triagem e a captao nas hemorredes para praticarem abordagens sem preconceito e sem discriminao.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

p) Garantir o acompanhamento multiprofissional a pessoas transexuais que fazem parte do processo transexualizador no Sistema nico de Sade e de suas famlias.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

q) Apoiar o o a programas de sade preventiva e de proteo sade para profissionais do sexo.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

r) Apoiar a implementao de espaos essenciais para higiene pessoal e centros de referncia para a populao em situao de rua.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal e municpios a criao de comits de acompanhamento da implementao das polticas pblicas voltadas populao em situao de rua.

s) Investir na Poltica de Reforma Psiquitrica fomentando programas de tratamentos substitutivos internao, que garantam s pessoas com transtorno mental a possibilidade de escolha autnoma de tratamento, com convivncia familiar e o aos recursos psiquitricos e farmacolgicos.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Cultura

t) Implementar medidas destinadas a desburocratizar os servios do Instituto Nacional de Seguro Social para a concesso de aposentadorias e benefcios.

Responsvel: Ministrio da Previdncia Social

Recomendao: Recomenda-se ao Poder Legislativo alterar legislao para implementar medidas destinadas a desburocratizar os servios do INSS para a concesso de aposentadorias e benefcios.

u) Estimular a incorporao do trabalhador urbano e rural ao regime geral da previdncia social.

Responsvel: Ministrio da Previdncia Social

v) Assegurar a insero social das pessoas atingidas pela hansenase isoladas e internadas em hospitaiscolnias.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Sade

w) Reconhecer, pelo Estado brasileiro, as violaes de direitos s pessoas atingidas pela hansenase no perodo da internao e do isolamento compulsrios, apoiando iniciativas para agilizar as reparaes com a concesso de penso especial prevista na Lei n 11.520/2007.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Ministrio da Previdncia Social; Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto; Ministrio da Sade; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

x) Proporcionar as condies necessrias para concluso do trabalho da Comisso Interministerial de Avaliao para anlise dos requerimentos de penso especial das pessoas atingidas pela hansenase, que foram internadas e isoladas compulsoriamente em hospitais-colnia at 31 de dezembro de 1986.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Ministrio da Previdncia Social; Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto; Ministrio da Sade; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

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Objetivo estratgico V:
o educao de qualidade e garantia de permanncia na escola.

Aes programticas:
a) Ampliar o o a educao bsica, a permanncia na escola e a universalizao do ensino no atendimento educao infantil.

Responsvel: Ministrio da Educao

b) Assegurar a qualidade do ensino formal pblico com seu monitoramento contnuo e atualizao curricular.

Responsveis: Ministrio da Educao; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

c) Desenvolver programas para a reestruturao das escolas como polos de integrao de polticas educacionais, culturais e de esporte e lazer.

Responsveis: Ministrio da Educao; Ministrio da Cultura; Ministrio do Esporte

d) Apoiar projetos e experincias de integrao da escola com a comunidade que utilizem sistema de alternncia.

Responsvel: Ministrio da Educao

e) Adequar o currculo escolar, inserindo contedos que valorizem as diversidades, as prticas artsticas, a necessidade de alimentao adequada e saudvel e as atividades fsicas e esportivas.

Responsveis: Ministrio da Educao; Ministrio da Cultura; Ministrio do Esporte; Ministrio da Sade

f) Integrar os programas de alfabetizao de jovens e adultos aos programas de qualificao profissional e educao cidad, apoiando e incentivando a utilizao de metodologias adequadas s realidades dos povos e comunidades tradicionais.

Responsveis: Ministrio da Educao; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio da Pesca e Aquicultura

Parceiro: Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica/Secretaria Nacional de Juventude

g) Estimular e financiar programas de extenso universitria como forma de integrar o estudante
realidade social.

Responsvel: Ministrio da Educao

h) Fomentar as aes afirmativas para o ingresso das populaes negra, indgena e de baixa renda no ensino superior.

Responsveis: Ministrio da Educao; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica; Ministrio da Justia

i) Ampliar o ensino superior pblico de qualidade por meio da criao permanente de universidades federais, cursos e vagas para docentes e discentes.

Responsvel: Ministrio da Educao

j) Fortalecer as iniciativas de educao popular por meio da valorizao da arte e da cultura, apoiando a realizao de festivais nas comunidades tradicionais e valorizando as diversas expresses artsticas nas escolas e nas comunidades.

Responsveis: Ministrio da Educao; Ministrio da Cultura; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

k) Ampliar o o a programas de incluso digital para populaes de baixa renda em espaos pblicos, especialmente escolas, bibliotecas e centros comunitrios.

Responsveis: Ministrio da Educao; Ministrio da Cultura; Ministrio da Cincia e Tecnologia; Ministrio da Pesca e Aquicultura

l) Fortalecer programas de educao no campo e nas comunidades pesqueiras que estimulem a permanncia dos estudantes na comunidade e que sejam adequados s respectivas culturas e identidades.

Responsveis: Ministrio da Educao; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio da Pesca e Aquicultura

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Objetivo estratgico VI:
Garantia do trabalho decente1, adequadamente remunerado, exercido em condies de equidade e segurana.

Aes programticas:
a) Apoiar a agenda nacional de trabalho decente por meio do fortalecimento do seu comit executivo e da efetivao de suas aes.

Responsvel: Ministrio do Trabalho e Emprego

b) Fortalecer programas de gerao de empregos, ampliando progressivamente o nvel de ocupao e priorizando a populao de baixa renda e os estados com elevados ndices de emigrao.

Responsvel: Ministrio do Trabalho e Emprego

c) Ampliar programas de economia solidria, mediante polticas integradas, como alternativa de gerao de trabalho e renda, e de incluso social, priorizando os jovens das famlias beneficirias do Programa Bolsa Famlia.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate
Fome

d) Criar programas de formao, qualificao e insero profissional e de gerao de emprego e renda para jovens, populao em situao de rua e populao de baixa renda.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio da Educao

Parceiro: Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica / Secretaria Nacional de Juventude

Recomendao: Recomenda-se a ampliao de cursos tcnicos, tecnolgicos e profissionalizantes por meio de incubadoras de cooperativas, nos estados e municpios, respeitando a diversidade cultural e regional.

e) Integrar as aes de qualificao profissional s atividades produtivas executadas com recursos pblicos, como forma de garantir a insero no mercado de trabalho.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

f) Criar programas de formao e qualificao profissional para pescadores artesanais, industriais e aquicultores familiares.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio da Pesca e Aquicultura

g) Combater as desigualdades salariais baseadas em diferenas de gnero, raa, etnia e das pessoas com deficincia.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica

h) Acompanhar a implementao do Programa Nacional de Aes Afirmativas, institudo pelo Decreto n 4.228/2002, no mbito da istrao pblica federal, direta e indireta, com vistas realizao de metas percentuais da ocupao de cargos comissionados pelas mulheres, populaes negras e pessoas com deficincia.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica; Ministrio do Trabalho e Emprego

Recomendao: Recomenda-se a fiscalizao pelo Ministrio Pblico do Trabalho (MPT) do cumprimento de cotas de contratao de pessoas com deficincia nas empresas, principalmente nas que so contratadas pelo poder pblico.

i) Realizar campanhas envolvendo a sociedade civil organizada sobre paternidade responsvel, bem como ampliar a licena-paternidade, como forma de contribuir para a corresponsabilidade e para o combate ao preconceito quanto insero das mulheres no mercado de trabalho.

Responsveis: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Ministrio do Trabalho e Emprego

j) Elaborar diagnsticos com base em aes judiciais que envolvam atos de assdio moral, sexual e psicolgico, com apurao de denncias de desrespeito aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, visando orientar aes de combate discriminao e abuso nas relaes de trabalho.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da
Presidncia da Repblica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Recomendao: Recomenda-se ao Ministrio Pblico do Trabalho o levantamento, nos estados, Distrito Federal e municpios, de empresas com denncias de assdio moral e sexual e de outras violaes aos Direitos Humanos.

k) Garantir a igualdade de direitos das trabalhadoras e trabalhadores domsticos com os dos demais trabalhadores.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres
da Presidncia da Repblica; Ministrio da Previdncia Social

l) Promover incentivos a empresas para que empreguem os egressos do sistema penitencirio.

Responsveis: Ministrio da Fazenda; Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio da Justia

m) Criar cadastro nacional e relatrio peridico de empregabilidade de egressos do sistema penitencirio.

Responsvel: Ministrio da Justia

n) Garantir os direitos trabalhistas e previdencirios de profissionais do sexo por meio da regulamentao de sua profisso.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres
da Presidncia da Repblica.

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Objetivo estratgico VII:
Combate e preveno ao trabalho escravo.

Aes programticas:
a) Promover a efetivao do Plano Nacional para Erradicao do Trabalho Escravo.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Comisso Nacional de Erradicao do Trabalho Escravo (Conatrae)

Recomendao: Recomenda-se o envolvimento do Ministrio Pblico do Trabalho, Ministrio Pblico
Federal, Justia do Trabalho e Justia Federal, entre outros.

b) Apoiar a coordenao e implementao de planos estaduais, distrital e municipais para erradicao do trabalho escravo.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica; Comisso Nacional de Erradicao do Trabalho Escravo (Conatrae)

Recomendao: Recomendam-se aos estados e municpios a garantia de oramento em seus planos plurianuais e elaborao de planos para a erradicao do trabalho escravo.

c) Monitorar e articular o trabalho das comisses estaduais, distrital e municipais para a erradicao do trabalho escravo.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica; Comisso Nacional de Erradicao do Trabalho Escravo (Conatrae)

d) Apoiar a alterao da Constituio para prever a expropriao dos imveis rurais e urbanos nos quais forem encontrados trabalhadores reduzidos condio anloga a de escravos.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Comisso Nacional de Erradicao do Trabalho Escravo (Conatrae)

Recomendao: Recomenda-se ao Poder Legislativo a aprovao da PEC n 438/2001, que altera o
artigo 243 da Constituio Federal.

e) Identificar periodicamente as atividades produtivas em que h ocorrncia de trabalho escravo adulto e infantil.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Comisso Nacional de Erradicao do Trabalho Escravo (Conatrae)

f) Propor marco legal e aes repressivas para erradicar a intermediao ilegal de mo de obra.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica

Parceiros: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica; Comisso Nacional de Erradicao do Trabalho Escravo (Conatrae)

g) Promover a destinao de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)2 para capacitao tcnica e profissionalizante de trabalhadores rurais e de povos e comunidades tradicionais, como medida preventiva ao trabalho escravo, assim como para implementao de poltica de reinsero social dos libertados da condio de trabalho escravo.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Comisso Nacional de Erradicao do Trabalho Escravo (Conatrae)

h) Atualizar e divulgar semestralmente o cadastro de empregadores que utilizaram mo-de-obra escrava.

Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Comisso Nacional de Erradicao do Trabalho Escravo (Conatrae)

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Objetivo estratgico VIII:
Promoo do direito cultura, lazer e esporte como elementos formadores de cidadania.

Aes programticas:
a) Ampliar programas de cultura que tenham por finalidade planejar e implementar polticas pblicas para a proteo e promoo da diversidade cultural brasileira, em formatos veis.

Responsvel: Ministrio da Cultura; Ministrio do Esporte

b) Elaborar programas e aes de cultura que considerem os formatos veis, as demandas e as caractersticas especficas das diferentes faixas etrias e dos grupos sociais.

Responsvel: Ministrio da Cultura

c) Fomentar polticas pblicas de esporte e lazer, considerando as diversidades locais, de forma a atender a todas as faixas etrias e os grupos sociais.

Responsvel: Ministrio do Esporte

d) Elaborar inventrio das lnguas faladas no Brasil.

Responsvel: Ministrio da Cultura

e) Ampliar e desconcentrar os polos culturais e pontos de cultura para garantir o o das populaes de regies perifricas e de baixa renda.

Responsvel: Ministrio da Cultura

f) Fomentar polticas pblicas de formao em esporte e lazer, com foco na intersetorialidade, na ao comunitria na intergeracionalidade e na diversidade cultural.

Responsvel: Ministrio do Esporte

g) Ampliar o desenvolvimento de programas de produo audiovisual, musical e artesanal dos povos indgenas.

Responsveis: Ministrio da Cultura; Ministrio da Justia

h) Assegurar o direito das pessoas com deficincia e em sofrimento mental de participarem da vida cultural em igualdade de oportunidade com as demais, e de desenvolver e utilizar o seu potencial criativo, artstico e intelectual.

Responsveis: Ministrio do Esporte; Ministrio da Cultura; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

i) Fortalecer e ampliar programas que contemplem participao dos idosos nas atividades de esporte e lazer.

Responsveis: Ministrio do Esporte; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

j) Potencializar aes de incentivo ao turismo para pessoas idosas.

Responsveis: Ministrio do Turismo; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Objetivo estratgico IX:
Garantia da participao igualitria e vel na vida poltica.
Aes programticas:
a) Apoiar campanhas para promover a ampla divulgao do direito ao voto e participao poltica de homens
e mulheres, por meio de campanhas informativas que garantam a escolha livre e consciente.
Responsveis: Ministrio da Justia; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia
da Repblica;
Recomendao: Recomendam-se aos Tribunais Eleitorais a fiscalizao nos postos de votao e a
promoo de campanhas para evitar contrapartidas no ato do voto.
b) Apoiar o combate ao crime de captao ilcita de sufrgio, inclusive com campanhas de esclarecimento
e conscientizao dos eleitores.
Responsvel: Ministrio da Justia
c) Apoiar os projetos legislativos para o financiamento pblico de campanhas eleitorais.
Responsvel: Ministrio da Justia
Parceiro: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica
d) Garantir o ir s zonas eleitorais por meio de transporte pblico e vel e apoiar a criao
de zonas eleitorais em reas de difcil o.
Responsveis: Ministrio da Justia; Ministrio das Cidades
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e) Promover junto aos povos indgenas aes de educao e capacitao sobre o sistema poltico brasileiro.
Responsvel: Ministrio da Justia
Parceiro: Fundao Nacional do ndio (Funai)
f) Apoiar aes de formao poltica das mulheres em sua diversidade tnico-racial, estimulando candidaturas
e votos de mulheres em todos os nveis.
Responsvel: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica
g) Garantir e estimular a plena participao das pessoas com deficincia no ato do sufrgio, seja como eleitor ou
candidato, assegurando os mecanismos de ibilidade necessrios, inclusive a modalidade do voto assistido.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se aos estados e ao Tribunal Superior Eleitoral que promovam aes
para a garantia da plena participao das pessoas com deficincia no ato do sufrgio.
Recomendaes gerais:
• Recomenda-se aos estados e ao Distrito Federal a elaborao de escalas de servio que assegurem
o exerccio do direito de voto dos policiais militares.
• Recomenda-se aos estados, Distrito Federal e Poder Judicirio a criao de mecanismos que assegurem
o exerccio do direito ao voto pelos presos provisrios.
Diretriz 8:
Promoo dos direitos de crianas e adolescentes para o seu
desenvolvimento integral, de forma no discriminatria, assegurando
seu direito de opinio e participao.
Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades
Programa Nacional de Direitos Humanos–3
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Objetivo estratgico I:
Proteger e garantir os direitos de crianas e adolescentes por meio da
consolidao das diretrizes nacionais do ECA, da Poltica Nacional de Promoo,
Proteo e Defesa dos Direitos da Criana e do Adolescente e da
Conveno sobre os Direitos da Criana da ONU.
Aes programticas:
a) Formular plano de mdio prazo e decenal para a poltica nacional de promoo, proteo e defesa dos
direitos da criana e do adolescente.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiros: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Republica; Conselho Nacional dos
Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA)
Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal, municpios e Conselhos de Direitos a
formulao de planos locais para implementao da poltica nacional.
b) Desenvolver e implementar metodologias de acompanhamento e avaliao das polticas e planos nacionais
referentes aos direitos de crianas e adolescentes.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA)
c) Elaborar e implantar sistema de coordenao da poltica dos direitos da criana e do adolescente em
todos os nveis de governo, para atender as recomendaes do Comit sobre Direitos da Criana9, dos relatores
especiais e do Comit sobre Direitos Econmicos, Sociais e Culturais10 da ONU.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio
das Relaes Exteriores
Parceiro: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal, municpios e Conselhos de Direitos a
implantao de uma coordenao para monitorar a poltica dos direitos da criana e do adolescente.
9 – rgo criado em virtude do art. 43 da Conveno sobre os Direitos da Criana com o objetivo de controlar a aplicao, pelos Estados Partes, das disposies
da Conveno das Naes Unidas sobre os Direitos da Criana, bem como dos seus dois Protocolos Facultativos (relativos ao Envolvimento de Crianas em Conflitos
Armados e Venda de Crianas, Prostituio Infantil e Pornografia Infantil).
10 – Institudo em 1985 pelo Conselho Econmico e Social (ECOSOC) das Naes Unidas a fim de controlar a aplicao, pelos Estados Partes, das disposies do
Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Polticos.
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d) Criar sistema nacional de coleta de dados e monitoramento junto aos municpios, estados e Distrito Federal
acerca do cumprimento das obrigaes da Conveno dos Direitos da Criana, da ONU.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal e municpios a produo peridica de
informes relativos a estes compromissos
e) Assegurar a opinio das crianas e dos adolescentes que estiverem capacitados a formular seus prprios
juzos, conforme o disposto no artigo 12 da Conveno sobre os Direitos da Criana, na formulao das
polticas pblicas voltadas para estes segmentos, garantindo sua participao nas conferncias dos direitos
de crianas e adolescentes.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA)
Objetivo estratgico II:
Consolidar o Sistema de Garantia de Direitos de Crianas e Adolescentes,
com o fortalecimento do papel dos Conselhos Tutelares e de Direitos.
Aes programticas:
a) Apoiar a universalizalizao dos Conselhos Tutelares e de Direitos em todos os municpios e no Distrito
Federal, e instituir parmetros nacionais que orientem o seu funcionamento.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se ao Distrito Federal e aos municpios que implantem Conselhos Tutelares
e de Direitos e apiem sua estruturao e qualificao.
b) Implantar escolas de conselhos nos estados e no Distrito Federal, com vistas a apoiar a estruturao e
qualificao da ao dos Conselhos Tutelares e de Direitos.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA)
c) Apoiar a capacitao dos operadores do sistema de garantia dos direitos para a proteo dos direitos e
promoo do modo de vida das crianas e adolescentes indgenas, afrodescendentes e comunidades tradi-
Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades
Programa Nacional de Direitos Humanos–3
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cionais, contemplando ainda as especificidades da populao infanto-juvenil com deficincia.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio
da Justia
d) Fomentar a criao de instncias especializadas e regionalizadas do sistema de justia, de segurana e
defensorias pblicas, para atendimento de crianas e adolescentes vtimas e autores de violncia.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio
da Justia
Recomendao: Recomenda-se ao sistema de justia, estados e Distrito Federal a implementao
de rgos especializados e regionalizados para atendimento.
e) Desenvolver mecanismos que viabilizem a participao de crianas e adolescentes no processo das conferncias
dos direitos, nos conselhos de direitos, bem como nas escolas, nos tribunais e nos procedimentos
judiciais e istrativos que os afetem.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA)
f) Estimular a informao s crianas e aos adolescentes sobre seus direitos, por meio de esforos conjuntos
na escola, na mdia impressa, na televiso, no rdio e na internet.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio
da Educao
Objetivo estratgico III:
Proteger e defender os direitos de crianas e adolescentes com maior vulnerabilidade.
Aes programticas:
a) Promover aes educativas para erradicao da violncia na famlia, na escola, nas instituies e na comunidade
em geral, implementando as recomendaes expressas no Relatrio Mundial de Violncia contra
a Criana da ONU.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA)
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b) Desenvolver programas nas redes de assistncia social, de educao e de sade para o fortalecimento
do papel das famlias em relao ao desenvolvimento infantil e disciplina no violenta.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da
Educao; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio da Sade
c) Propor marco legal para a abolio das prticas de castigos fsicos e corporais contra crianas e adolescentes.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio
da Justia
Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA)
Recomendao: Recomenda-se ao Poder Legislativo priorizao de projeto de lei para a tipificao
penal dos castigos fsicos e corporais contra crianas e adolescentes.
d) Implantar sistema nacional de registro de ocorrncia de violncia escolar, incluindo as prticas de violncia
gratuita e reiterada entre estudantes (bullying11), adotando formulrio unificado de registro a ser utilizado
por todas as escolas.
Responsvel: Ministrio da Educao
Parceiro: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se ao Legislativo elaborar leis especficas nos estados e municpios
que introduzam a obrigatoriedade de programas de preveno violncia nas escolas, com destaque
para as prticas de bullying.
e) Apoiar iniciativas comunitrias de mobilizao de crianas e adolescentes em estratgias preventivas,
com vistas a minimizar sua vulnerabilidade em contextos de violncia.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da
Justia; Ministrio do Esporte; Ministrio do Turismo
f) Extinguir os grandes abrigos e eliminar a longa permanncia de crianas e adolescentes em abrigamento,
adequando os servios de acolhimento aos parmetros aprovados pelo Conanda e Conselho Nacional de
Assistncia Social (CNAS).
Responsvel: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome
11 – Atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivao evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angstia,
e executadas dentro de uma relao desigual de poder.
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Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal, municpios e Conselhos dos Direitos
reorientarem os servios de acolhimento aos parmetros aprovados pelo Conanda e CNAS.
g) Fortalecer as polticas de apoio s famlias para a reduo dos ndices de abandono e institucionalizao,
com prioridade aos grupos familiares de crianas com deficincias.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio do
Desenvolvimento Social e Combate Fome
h) Ampliar a oferta de programas de famlias acolhedoras para crianas e adolescentes em situao de
violncia, com o objetivo de garantir que esta seja a nica opo para crianas retiradas do convvio com
sua famlia de origem na primeira infncia.
Responsvel: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome
Recomendao: Recomenda-se aos municpios e Conselhos dos Direitos implementarem estes programas,
bem como ao Judicirio a priorizao desta forma de acolhimento em relao ao abrigamento
institucional.
i) Estruturar programas de moradia coletivas para adolescentes e jovens egressos de abrigos institucionais.
Responsvel: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome
Recomendao: Recomenda-se aos municpios e Conselhos dos Direitos implementarem estes programas
no mbito de sua atuao.
j) Fomentar a adoo legal, por meio de campanhas educativas, em consonncia com o ECA e com acordos
internacionais.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio
das Relaes Exteriores
Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA)
Recomendao: Recomenda-se ao Judicirio que promova aes para identificar e regularizar a
situao de crianas e adolescentes que vivem em famlias sem vnculo legal formalizado.
k) Criar servios e aprimorar metodologias para identificao e localizao de crianas e adolescentes
desaparecidos.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
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Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal, municpios e Conselhos dos Direitos implantarem
servios de identificao de crianas e adolescentes desaparecidos em Delegacias de Polcia.
l) Exigir em todos os projetos financiados pelo Governo Federal a adoo de estratgias de no discriminao
de crianas e adolescentes em razo de classe, raa, etnia, crena, gnero, orientao sexual, identidade
de gnero, deficincia, prtica de ato infracional e origem.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
m) Reforar e centralizar os mecanismos de coleta e anlise sistemtica de dados desagregados da infncia
e adolescncia, especialmente sobre os grupos em situao de vulnerabilidade, historicamente vulnerabilizados,
vtimas de discriminao, de abuso e de negligncia.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
n) Estruturar uma rede de canais de denncias (Disques) de violncia contra crianas e adolescentes, integrada
aos Conselhos Tutelares.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
o) Estabelecer instrumentos para combater a discriminao religiosa sofrida por crianas e adolescentes.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Objetivo estratgico IV:
Enfrentamento da violncia sexual contra crianas e adolescentes.
Aes programticas:
a) Revisar o Plano Nacional de Enfrentamento Violncia Sexual contra Crianas e Adolescentes, em consonncia
com as recomendaes do III Congresso Mundial sobre o tema.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiros: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica; Ministrio das Comunicaes;
Ministrio da Cincia e Tecnologia
Recomendaes: Recomenda-se aos municpios estruturar redes no enfrentamento da violncia
sexual contra crianas e adolescentes, incluindo as regies de fronteira.
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b) Ampliar o o e qualificar os programas especializados em sade, educao e assistncia social, no
atendimento a crianas e adolescentes vtimas de violncia sexual e de suas famlias
Responsveis: Ministrio da Sade; Ministrio da Educao; Ministrio do Desenvolvimento Social e
Combate Fome; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiro: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se aos municpios implementar servios e programas especializados
no atendimento a crianas e adolescentes vtimas de violncia sexual e suas famlias, bem como a
seus agressores.
c) Desenvolver protocolos unificados de atendimento psicossocial e jurdico a vtimas de violncia sexual.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio
da Sade; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Secretaria Especial de Polticas
para as Mulheres da Presidncia da Repblica
Parceiros: Ministrio da Justia; Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica
Recomendaes:
• Recomenda-se aos municpios implantar os protocolos de atendimento a crianas e adolescentes
vtimas de violncia sexual e a seus agressores.
• Recomenda-se aos sistemas de Justia e segurana construir e implantar protocolos padronizados
que contemplem procedimentos amigveis e protegidos para crianas e adolescentes.
d) Desenvolver aes especficas para combate violncia e explorao sexual de crianas e adolescentes
em situao de rua.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio do
Desenvolvimento Social e Combate Fome.
e) Estimular a responsabilidade social das empresas para aes de enfrentamento da explorao sexual e
de combate ao trabalho infantil em suas organizaes e cadeias produtivas.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio do
Trabalho e Emprego; Ministrio do Turismo;
Parceiros: Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento; Ministrio do Desenvolvimento Industrial
e Comrcio Exterior; Ministrio de Desenvolvimento Agrrio; Ministrio do Desenvolvimento
Social e Combate Fome; Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica
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f) Combater a pornografia infanto-juvenil na internet, por meio do fortalecimento do Hot Line Federal12 e da
difuso de procedimentos de navegao segura para crianas, adolescentes, famlias e educadores.
Responsveis: Ministrio da Justia; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da
Repblica; Ministrio da Educao
Parceiros: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica; Ministrio das Comunicaes;
Ministrio da Cincia e Tecnologia
Recomendaes:
• Recomenda-se ao Ministrio Pblico definir competncias de sua atuao na investigao de crimes
na internet.
• Recomenda-se aos estados e municpios implantar programas educativos na rede escolar e de
cultura, para navegao segura na internet de crianas, adolescentes, famlias e educadores.
Objetivo estratgico V:
Garantir o atendimento especializado a crianas e adolescentes em sofrimento
psquico e dependncia qumica.
Aes programticas:
a) Universalizar o o a servios de sade mental para crianas e adolescentes em cidades de grande e
mdio porte, incluindo a garantia de retaguarda para as unidades de internao socioeducativa.
Responsvel: Ministrio da Sade
Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal, municpios e Conselhos dos Direitos
a implantao de centros de ateno psicossocial.
b) Fortalecer polticas de sade que contemplem programas de desintoxicao e reduo de danos em
casos de dependncia qumica.
Responsvel: Ministrio da Sade
Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal, municpios e Conselhos de Direitos de
ateno sade a ampliao da cobertura de atendimento aos usurios de drogas em nvel hospitalar
e ambulatorial, segundo parmetros da Reforma Psiquitrica.
Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades
12 – Pgina de Internet utilizada para rastrear sites que promovam a explorao sexual infantil e receber denncias.
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Objetivo estratgico VI:
Erradicao do trabalho infantil em todo o territrio nacional.
Aes programticas:
a) Erradicar o trabalho infantil, por meio das aes intersetoriais no Governo Federal, com nfase no apoio
s famlias e educao em tempo integral.
Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio da Educao; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiros: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio do Esporte; Ministrio
da Cultura; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e
Comrcio Exterior; Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se aos municpios que planejem aes para a implementao das polticas
integradas para a erradicao do trabalho infantil.
b) Fomentar a implantao da Lei de Aprendizagem (Lei n 10.097/2000), mobilizando empregadores, organizaes
de trabalhadores, inspetores de trabalho, Judicirio, organismos internacionais e organizaes
no-governamentais.
Responsvel: Ministrio do Trabalho e Emprego
Parceiros: Ministrio da Educao; Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica/Secretaria Nacional
de Juventude; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
c) Desenvolver pesquisas, campanhas e relatrios peridicos sobre o trabalho infantil, com foco em
temas e pblicos que requerem abordagens especficas, tais como agricultura familiar, trabalho domstico,
trabalho de rua.
Responsveis: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres
da Presidncia da Repblica; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Secretaria Especial dos Direitos
Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome;
Ministrio da Justia
Objetivo estratgico VII:
Implementao do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).
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Aes programticas:
a) Elaborar e implementar plano nacional socioeducativo e sistema de avaliao da execuo das medidas
daquele sistema, com divulgao anual de seus resultados e estabelecimento de metas, de acordo com o
estabelecido no ECA.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiros: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica; Ministrio do Desenvolvimento
Social e Combate Fome
Recomendaes:
• Recomenda-se ao Conselho Nacional de Justia (CNJ) a formulao de um sistema de avaliao do
Judicirio em suas competncias no Sinase.
• Recomenda-se aos estados, Distrito Federal e municpios a elaborao de planos socioeducativos
locais, em consonncia com o Plano Nacional Socioeducativo.
b) Implantar mdulo especfico de informaes para o sistema nacional de atendimento educativo junto ao Sistema
de Informao para a Infncia e Adolescncia (SIPIA) 13, criando base de dados unificada que inclua as varas
da infncia e juventude, as unidades de internao e os programas municipais em meio aberto.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
c) Implantar centros de formao continuada para os operadores do sistema socioeducativo em todos os
estados e no Distrito Federal.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da
Educao; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome
d) Desenvolver estratgias conjuntas com o sistema de justia, com vistas ao estabelecimento de regras especficas
para a aplicao da medida de privao de liberdade em carter excepcional e de pouca durao.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se ao CNJ a formulao de parmetros e procedimentos, inclusive
mecanismos de monitoramento da aplicao das medidas pelo Poder Judicirio.
e) Apoiar a expanso de programas municipais de atendimento socioeducativo em meio aberto.
13 – Sistema nacional de registro e tratamento de informao criado para subsidiar a adoo de decises governamentais sobre polticas para crianas e adolescentes,
garantindo-lhes o cidadania.
Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades
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Responsveis: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Secretaria Especial dos
Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se aos municpios a implementao de programas de atendimento
socioeducativo em meio aberto.
f) Apoiar os estados e o Distrito Federal na implementao de programas de atendimento ao adolescente
em privao de liberdade, com garantia de escolarizao, atendimento em sade, esporte, cultura e educao
para o trabalho, condicionando a transferncia voluntria de verbas federais observncia das diretrizes
do plano nacional.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da
Educao; Ministrio da Sade; Ministrio do Esporte; Ministrio da Cultura; Ministrio do Trabalho
e Emprego
Recomendao: Recomenda-se aos Conselhos de Direitos a exigncia e o acompanhamento dos
planos de implementao do Sinase em seus respectivos mbitos de atuao.
g) Garantir aos adolescentes privados de liberdade e suas famlias informao sobre sua situao legal, bem
como o defesa tcnica durante todo o perodo de cumprimento da medida socioeducativa.
Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio
da Justia
h) Promover a transparncia das unidades de internao de adolescentes em conflito com a lei, garantindo
o contato com a famlia e a criao de comisses mistas de inspeo e superviso.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se aos estados e ao Distrito Federal a promoo da participao das
famlias e das referidas comisses na inspeo das unidades de internao.
i) Fomentar a desativao dos grandes complexos de unidades de internao, por meio do apoio reforma
e construo de novas unidades alinhadas aos parmetros estabelecidos no Sinase e no ECA, em especial
na observncia da separao por sexo, faixa etria e compleio fsica.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se aos estados e Distrito Federal a desativao das unidades de privao
de liberdade inadequadas e a construo de novas unidades em consonncia com parmetros do Sinase.
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j) Desenvolver campanhas de informao sobre o adolescente em conflito com a lei, defendendo a no
reduo da maioridade penal.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiro: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica
Recomendao: Recomenda-se ao Legislativo a rejeio dos projetos de lei favorveis reduo
da maioridade penal ou que retirem direitos j assegurados aos adolescentes em conflito com a lei.
k) Estabelecer parmetros nacionais para a apurao istrativa de possveis violaes dos direitos
e casos de tortura em adolescentes privados de liberdade, por meio de sistema independente e de
tramitao gil.
Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente (CONANDA)
Recomendaes:
• Recomenda-se aos gestores estaduais do sistema socioeducativo a participao nesta formulao,
bem como sua adeso na implementao destas medidas.
• Recomenda-se aos estados e ao Distrito Federal implantar corregedorias no sistema socioeducativo,
com vistas investigao e punio dos agentes do Estado agressores de crianas e adolescentes.
Diretriz 9:
Combate s desigualdades estruturais.
Objetivo estratgico I:
Igualdade e proteo dos direitos das populaes negras, historicamente
afetadas pela discriminao e outras formas de intolerncia.
Aes programticas:
a) Apoiar, junto ao Poder Legislativo, a aprovao do Estatuto da Igualdade Racial.
Responsveis: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da
Repblica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
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b) Promover aes articuladas entre as polticas de educao, cultura, sade e de gerao de emprego e
renda, visando incidir diretamente na qualidade de vida da populao negra e no combate violncia racial.
Responsveis: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da
Repblica; Ministrio da Educao; Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio do Desenvolvimento
Social e Combate Fome; Ministrio da Sade
Parceiros: Ministrio da Cultura; Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica
c) Elaborar programas de combate ao racismo institucional e estrutural, implementando normas istrativas
e legislao nacional e internacional.
Responsvel: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da
Repblica
d) Realizar levantamento de informaes para produo de relatrios peridicos de acompanhamento das
polticas contra a discriminao racial, contendo, entre outras, informaes sobre incluso no sistema de
ensino (bsico e superior), incluso no mercado de trabalho, assistncia integrada sade, nmero de violaes
registradas e apuradas, recorrncias de violaes, e dados populacionais e de renda.
Responsveis: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da
Repblica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiros: Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
(IBGE)
e) Analisar periodicamente os indicadores que apontam desigualdades visando formulao e implementao
de polticas pblicas e afirmativas que valorizem a promoo da igualdade racial.
Responsveis: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia
da Repblica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da
Educao; Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate
Fome; Ministrio da Sade
Parceiros: Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
(IBGE)
f) Fortalecer a integrao das polticas pblicas em todas as comunidades remanescentes de quilombos
localizadas no territrio brasileiro.
Responsveis: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da
Repblica; Ministrio da Cultura
Parceiro: Fundao Cultural Palmares (F)
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g) Fortalecer os mecanismos existentes de reconhecimento das comunidades quilombolas como garantia
dos seus direitos especficos .
Responsveis: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio da Cultura; Secretaria Especial de
Poltica de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica
Parceiros: Secretaria Especial de Poltica de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica;
Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria (Incra); Ministrio do Desenvolvimento
Social e Combate Fome; Fundao Cultural Palmares (F)
h) Fomentar programas de valorizao do patrimnio cultural das populaes negras.
Responsvel: Ministrio da Cultura; Secretaria Especial de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia
da Repblica
Parceiros: Fundao Cultural Palmares (F)
i) Assegurar o resgate da memria das populaes negras, mediante a publicao da histria de resistncia
e resgate de tradies das populaes das disporas.
Responsvel: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da
Repblica
Parceiros: Ministrio da Cultura; Fundao Cultural Palmares (F)
Objetivo estratgico II:
Garantia aos povos indgenas da manuteno e resgate das condies de
reproduo, assegurando seus modos de vida.
Aes programticas:
a) Assegurar a integridade das terras indgenas para proteger e promover o modo de vida dos povos indgenas.
Responsvel: Ministrio da Justia
Parceiro: Fundao Nacional do ndio (Funai)
b) Proteger os povos indgenas isolados e de recente contato para garantir sua reproduo cultural e etnoambiental.
Responsvel: Ministrio da Justia
Parceiro: Fundao Nacional do ndio (Funai)
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c) Aplicar os saberes dos povos indgenas e das comunidades tradicionais na elaborao de polticas pblicas,
respeitando a Conveno 169 da OIT.
Responsvel: Ministrio da Justia
Parceiro: Fundao Nacional do ndio (Funai)
d) Apoiar projetos de lei com o objetivo de revisar o Estatuto do ndio com base no texto constitucional de
1988 e na Conveno 169 da OIT.
Responsvel: Ministrio da Justia
Parceiro: Fundao Nacional do ndio (Funai)
e) Elaborar relatrio peridico de acompanhamento das polticas indigenistas que contemple dados sobre
os processos de demarcaes das terras indgenas, dados sobre intruses e conflitos territoriais, incluso
no sistema de ensino (bsico e superior), assistncia integrada sade, nmero de violaes registradas e
apuradas, recorrncias de violaes e dados populacionais.
Responsvel: Ministrio da Justia
Parceiros: Ministrio da Sade; Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea); Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatstica (IBGE); Fundao Nacional do ndio (Funai)
f) Proteger e promover os conhecimentos tradicionais e medicinais dos povos indgenas.
Responsveis: Ministrio da Justia; Ministrio da Sade
Parceiro: Fundao Nacional do ndio (Funai)
g) Implementar polticas de proteo do patrimnio dos povos indgenas, por meio dos registros material e
imaterial, mapeando os stios histricos e arqueolgicos, a cultura, as lnguas e a arte.
Responsveis: Ministrio da Cultura; Ministrio da Justia
h) Promover projetos e pesquisas para resgatar a histria dos povos indgenas.
Responsvel: Ministrio da Justia
Parceiros: Ministrio da Educao; Fundao Nacional do ndio (Funai)
i) Promover aes culturais para o fortalecimento da educao escolar dos povos indgenas, estimulando a
valorizao de suas formas prprias de produo do conhecimento.
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Responsveis: Ministrio da Cultura; Ministrio da Justia
Parceiros: Ministrio da Educao; Fundao Nacional do ndio (Funai)
j) Garantir o o educao formal pelos povos indgenas, bilngue e com adequao curricular formulada
com a participao de representantes das etnias, indigenistas e especialistas em educao.
Responsveis: Ministrio da Justia; Ministrio da Educao
Parceiro: Fundao Nacional do ndio (Funai)
k) Assegurar o o e permanncia da populao indgena no ensino superior, por meio de aes afirmativas
e respeito diversidade tnica e cultural.
Responsveis: Ministrio da Justia; Ministrio da Educao
Parceiro: Fundao Nacional do ndio (Funai)
l) Adotar medidas de proteo dos direitos das crianas indgenas nas redes de ensino, sade e assistncia
social, em consonncia com a promoo de seus modos de vida.
Responsveis: Ministrio da Educao; Ministrio da Sade; Ministrio do Desenvolvimento Social e
Combate Fome; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica
Parceiro: Fundao Nacional do ndio (Funai)

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Objetivo estratgico III:
Garantia dos direitos das mulheres para o estabelecimento das condies necessrias para sua plena cidadania.

Aes programticas:
a) Desenvolver aes afirmativas que permitam incluir plenamente as mulheres no processo de desenvolvimento do Pas, por meio da promoo da sua autonomia econmica e de iniciativas produtivas que garantam sua independncia.

Responsvel: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

Parceiros: Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio do
Desenvolvimento Social e Combate Fome

b) Incentivar polticas pblicas e aes afirmativas para a participao igualitria, plural e multirracial das mulheres nos espaos de poder e deciso.

Responsvel: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

c) Elaborar relatrio peridico de acompanhamento das polticas para mulheres com recorte tnico-racial, que contenha dados sobre renda, jornada e ambiente de trabalho, ocorrncias de assdio moral, sexual e psicolgico, ocorrncias de violncias contra a mulher, assistncia sade integral, dados reprodutivos, mortalidade materna e escolarizao.

Responsvel: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

Parceiros: Ministrio da Sade; Ministrio da Educao; Ministrio da Justia; Ministrio do Trabalho e Emprego; Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE)

d) Divulgar os instrumentos legais de proteo s mulheres, nacionais e internacionais, incluindo sua publicao em formatos veis, como braile, CD de udio e demais tecnologias assistivas8.

Responsvel: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

Parceiros: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

e) Ampliar o financiamento de abrigos para mulheres em situao de vulnerabilidade, garantindo plena ibilidade.

Responsveis: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Ministrio do Desenvolvimento Social e combate Fome

f) Propor tratamento preferencial de atendimento s mulheres em situao de violncia domstica e familiar nos Conselhos Gestores do Fundo Nacional de Habitao de Interesse Social e junto ao Fundo de Desenvolvimento Social.

Responsveis: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Ministrio das Cidades; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

g) Apoiar a aprovao do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos.

Responsveis: Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Ministrio da Justia

Parceiros: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica

Recomendao: Recomenda-se ao Poder Legislativo a adequao do Cdigo Penal para a descriminalizao do aborto.

h) Realizar campanhas e aes educativas para desconstruir os esteretipos relativos s profissionais do sexo.

Responsvel: Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

Parceiros: Ministrio da Educao; Comit Nacional de Educao em Direitos Humanos

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Diretriz 10:
Garantia da igualdade na diversidade.

Objetivo estratgico I:
Afirmao da diversidade para a construo de uma sociedade igualitria.

Aes programticas:
a) Realizar campanhas e aes educativas para desconstruo de esteretipos relacionados com diferenas tnico-raciais, etrias, de identidade e orientao sexual, de pessoas com deficincia, ou segmentos profissionais socialmente discriminados.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica; Ministrio da Cultura

Parceiros: Ministrio da Educao; Fundao Cultural Palmares (F); Fundao Nacional do ndio (Funai); Conselho Nacional da Pessoa Portadora de Deficincia (Conade); Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI); Comit Nacional de Educao em Direitos Humanos

b) Incentivar e promover a realizao de atividades de valorizao da cultura das comunidades tradicionais, entre elas ribeirinhos, extrativistas, quebradeiras de coco, pescadores artesanais, seringueiros, geraizeiros, varzanteiros, pantaneiros, comunidades de fundo de pasto, caiaras e faxinalenses9.

Responsveis: Ministrio da Cultura; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio do Esporte

Parceiros: Ministrio da Pesca e Aquicultura; Ministrio do Desenvolvimento Agrrio; Ministrio do Meio Ambiente; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

c) Fomentar a formao e capacitao em Direitos Humanos, como meio de resgatar a autoestima e a dignidade das comunidades tradicionais, rurais e urbanas.

Responsveis: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da
Repblica; Ministrio da Justia; Ministrio da Cultura

Parceiros: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Comit Nacional
de Educao em Direitos Humanos

d) Apoiar polticas de o a direitos para a populao cigana, valorizando seus conhecimentos e cultura.

Responsvel: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

Parceiros: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Cultura

e) Apoiar e valorizar a associao das mulheres quebradeiras de coco, protegendo e promovendo a continuidade de seu trabalho extrativista.

Responsvel: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

Parceiros: Ministrio do Trabalho e Emprego; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

f) Elaborar relatrios peridicos de acompanhamento das polticas direcionadas s populaes e comunidades tradicionais, que contenham, entre outras, informaes sobre populao estimada, assistncia integrada sade, nmero de violaes registradas e apuradas, recorrncia de violaes, lideranas ameaadas, dados sobre o moradia, terra e territrio e conflitos existentes.

Responsveis: Ministrio da Justia; Ministrio da Sade; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Fundao Nacional do ndio (Funai); Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (Ipea); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE); Fundao Cultural Palmares (F)

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Objetivo estratgico II:
Proteo e promoo da diversidade das expresses culturais como Direito Humano.

Aes programticas:
a) Promover aes de afirmao do direito diversidade das expresses culturais, garantindo igual dignidade e respeito por todas as culturas.

Responsvel: Ministrio da Cultura

b) Incluir nos instrumentos e relatrios de polticas culturais a temtica dos Direitos Humanos.

Responsvel: Ministrio da Cultura

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Objetivo estratgico III:
Valorizao da pessoa idosa e promoo de sua participao na sociedade.

Aes programticas:
a) Promover a insero, a qualidade de vida e a preveno de agravos aos idosos, por meio de programas que fortaleam o convvio familiar e comunitrio, garantindo o o a servios, ao lazer, cultura e atividade fsica, de acordo com sua capacidade funcional.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Cultura; Ministrio do Esporte

Parceiros: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)

b) Apoiar a criao de centros de convivncia e desenvolver aes de valorizao e socializao da pessoa idosa nas zonas urbanas e rurais.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Cultura

Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)

c) Fomentar programas de voluntariado de pessoas idosas, visando valorizar e reconhecer sua contribuio para o desenvolvimento e bem-estar da comunidade.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)

d) Desenvolver aes que contribuam para o protagonismo da pessoa idosa na escola, possibilitando sua participao ativa na construo de uma nova percepo intergeracional.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Ministrio da Educao; Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)

e) Potencializar aes com nfase no dilogo intergeracional, valorizando o conhecimento acumulado das pessoas idosas.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)

f) Desenvolver aes intersetoriais para capacitao continuada de cuidadores de pessoas idosas.

Responsveis: Ministrio da Sade; Ministrio da Cultura

Parceiros: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI); Ministrio do Esporte

g) Desenvolver poltica de humanizao do atendimento ao idoso, principalmente em instituies de longa permanncia.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Cultura

Parceiros: Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Ministrio da Sade; Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI); Ministrio do Esporte

h) Elaborar programas de capacitao para os operadores dos direitos da pessoa idosa.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica.

Parceiros: Ministrio da Sade, Ministrio da Educao; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome; Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)

i) Elaborar relatrio peridico de acompanhamento das polticas para pessoas idosas que contenha informaes sobre os Centros Integrados de Ateno e Preveno Violncia, tais como: quantidade existente; sua participao no financiamento pblico; sua incluso nos sistemas de atendimento; nmero de profissionais capacitados; pessoas idosas atendidas; proporo dos casos com resolues; taxa de reincidncia; pessoas idosas seguradas e aposentadas; famlias providas por pessoas idosas; pessoas idosas em abrigos; pessoas idosas em situao de rua; principal fonte de renda das pessoas idosas; pessoas idosas atendidas, internadas e mortas por violncias ou maus-tratos.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Sade; Ministrio da Previdncia Social; Ministrio da Justia; Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome

Parceiros: Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE); Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI)

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Objetivo estratgico IV:
Promoo e proteo dos direitos das pessoas com deficincia e garantia da ibilidade igualitria.

Aes programticas:
a) Garantir s pessoas com deficincia igual e efetiva proteo legal contra a discriminao.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Justia

Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficincia (Conade)

b) Garantir salvaguardas apropriadas e efetivas para prevenir abusos a pessoas com deficincia e pessoas idosas.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficincia (CONADE)

c) Assegurar o cumprimento do Decreto de ibilidade (Decreto n 5.296/2004), que garante a ibilidade pela adequao das vias e eios pblicos, semforos, mobilirios, habitaes, espaos de lazer, transportes, prdios pblicos, inclusive instituies de ensino, e outros itens de uso individual e coletivo.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio do Trabalho e Emprego; Ministrio das Cidades

Parceiros: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica; Ministrio da Educao; Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficincia (Conade)

d) Garantir recursos didticos e pedaggicos para atender s necessidades educativas especiais.

Responsvel: Ministrio da Educao

Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficincia (CONADE)

e) Disseminar a utilizao dos sistemas braile, tadoma, escrita de sinais e libras ttil para incluso das pessoas com deficincia em todo o sistema de ensino.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Educao

Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficincia (CONADE)

f) Instituir e implementar o ensino da Lngua Brasileira de Sinais como disciplina curricular facultativa.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Educao

Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficincia (CONADE)

g) Propor a regulamentao das profisses relativas implementao da ibilidade, tais como: instrutor de Libras, guia-intrprete, tradutor-intrprete, transcritor, revisor e ledor da escrita braile e treinadores de ces-guia.

Responsvel: Ministrio do Trabalho e Emprego

Parceiros: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficincia (CONADE)

h) Elaborar relatrios sobre os municpios que possuem frota adaptada para subsidiar o processo de monitoramento do cumprimento e implementao da legislao de ibilidade.

Responsveis: Ministrio das Cidades; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadoras de Deficincia (CONADE)

Recomendao: Recomenda-se aos estados, ao Distrito Federal e aos municpios a fiscalizao de empresas concessionrias de transportes coletivos para atender a legislao da ibilidade em parceria com as secretarias municipais de transportes, Ministrio Pblico, conselhos e sociedade civil.

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Objetivo estratgico V:
Garantia do respeito livre orientao sexual e identidade de gnero.

Aes programticas:
a) Desenvolver polticas afirmativas e de promoo de uma cultura de respeito livre orientao sexual e identidade de gnero, favorecendo a visibilidade e o reconhecimento social.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

b) Apoiar projeto de lei que disponha sobre a unio civil entre pessoas do mesmo sexo.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Justia

Recomendao: Recomenda-se ao Poder Legislativo a aprovao de legislao que reconhea a unio civil entre pessoas do mesmo sexo.

c) Promover aes voltadas garantia do direito de adoo por casais homoafetivos.

Responsveis: Ministrio da Justia; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres da Presidncia da Repblica

Recomendaes:

• Recomenda-se ao Poder Judicirio a realizao de campanhas de sensibilizao de juzes para
evitar preconceitos em processos de adoo por casais homoafetivos.

• Recomenda-se ao Poder Legislativo elaborao de projeto de lei que garanta o direito de adoo
por casais homoafetivos.

d) Reconhecer e incluir nos sistemas de informao do servio pblico todas as configuraes familiares constitudas por lsbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com base na desconstruo da heteronormatividade.

Responsvel: Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto

Parceiro: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

e) Desenvolver meios para garantir o uso do nome social de travestis e transexuais.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica

Recomendao: Recomenda-se aos estados, Distrito Federal e municpios a promoo de aes que visam a garantir o uso do nome social de travestis e transexuais.

f) Acrescentar campo para informaes sobre a identidade de gnero dos pacientes nos pronturios do sistema de sade.

Responsvel: Ministrio da Sade

g) Fomentar a criao de redes de proteo dos Direitos Humanos de lsbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), principalmente a partir do apoio implementao de Centros de Referncia em Direitos Humanos de Preveno e Combate Homofobia10 e de ncleos de pesquisa e promoo da cidadania daquele segmento em universidades pblicas.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Comit Nacional de Educao em Direitos Humanos

h) Realizar relatrio peridico de acompanhamento das polticas contra discriminao populao LGBT, que contenha, entre outras, informaes sobre incluso no mercado de trabalho, assistncia sade integral, nmero de violaes registradas e apuradas, recorrncias de violaes, dados populacionais, de renda e conjugais.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE); Ministrio da Justia; Ministrio da Sade; Ministrio do Trabalho e Emprego

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Objetivo estratgico VI:
Respeito s diferentes crenas, liberdade de culto e garantia da laicidade do Estado.

Aes programticas:
a) Instituir mecanismos que assegurem o livre exerccio das diversas prticas religiosas, assegurando a proteo do seu espao fsico e coibindo manifestaes de intolerncia religiosa.

Responsveis: Ministrio da Justia; Ministrio da Cultura; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiro: Fundao Cultural Palmares (F)

Recomendao: Recomenda-se aos estados e ao Distrito Federal a criao de Conselhos para a diversidade religiosa e espaos de debate e convivncia ecumnica para fomentar o dilogo entre estudiosos e praticantes de diferentes religies.

b) Promover campanhas de divulgao sobre a diversidade religiosa para disseminar cultura da paz e de respeito s diferentes crenas.

Responsveis: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica; Ministrio da Cultura; Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica

Parceiro: Fundao Cultural Palmares (F)

c) Desenvolver mecanismos para impedir a ostentao de smbolos religiosos em estabelecimentos pblicos da Unio.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Recomendao: Recomenda-se o respeito laicidade pelos Poderes Judicirio e Legislativo, e Ministrio Pblico, bem como dos rgos estatais, estaduais, municipais e distritais.

d) Estabelecer o ensino da diversidade e histria das religies, inclusive as derivadas de matriz africana, na rede pblica de ensino, com nfase no reconhecimento das diferenas culturais, promoo da tolerncia e na afirmao da laicidade do Estado.

Responsveis: Ministrio da Educao; Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial da Presidncia da Repblica; Ministrio da Cultura; Fundao Cultural Palmares (F)

e) Realizar relatrio sobre pesquisas populacionais relativas a prticas religiosas, que contenha, entre outras, informaes sobre nmero de religies praticadas, proporo de pessoas distribudas entre as religies, proporo de pessoas que j trocaram de religio, nmero de pessoas religiosas no praticantes e nmero de pessoas sem religio.

Responsvel: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidncia da Repblica

Parceiros: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE); Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA)

Notas:

1 – Alguns Estados solicitaram substituir a palavra DECENTE por DIGNO, mas optamos em mant-la pois a expresso utilizada pela OIT e assumida pelo movimento sindical, apesar da palavra DECENTE em portugus no ter a mesma fora que a palavra DIGNO.

2 – Fundo especial, de natureza contbil-financeira, vinculado ao Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), destinado ao custeio do Programa do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econmico.

8 – Ampla gama de equipamentos, servios, estratgias e prticas concebidas e aplicadas que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficincia e consequentemente promover vida independente e incluso.

9 – Faxinais: Povos tradicionais cuja formao social se caracteriza pelo uso comum da terra e dos recursos florestais e hdricos, disponibilizados na forma de criadouro comunitrio.

10 – Parceria entre a SEDH/ PR, organismos governamentais e no governamentais. O objetivo da criao destes centros fornecer orientao geral sobre direitos humanos a qualquer vtima de violao, alm de informar sobre as garantias legais e encaminhar o cidado aos servios especializados de atendimento a cada caso especfico.

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