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35 - O Assalto ao Poder, de Eduardo Escorel

Memrias do Crcere, de Graciliano Ramos

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35 - O Assalto ao Poder, de Eduardo Escorel

“Durante um dos perodos polticos mais efervescentes do mundo no sculo XX, o Partido Comunista do Brasil comeava a ensaiar seus primeiros os. De 1922, data de sua fundao, at o ato mais ousado j perpetrado pelos "comunas" - como pejorativamente sempre foram chamados - em 1935, sua trajetria foi recheada de euforia, erros e poucos acertos.

Com um rico material documental em mos, o diretor Eduardo Escorel fez um documentrio sbrio na linguagem, mas com um roteiro recheado de informaes e discusso sobre a verdadeira histria da Insurreio de 35, ou como preferiam os detentores do poder de ento, a Intentona - termo jocoso que visava a reduo da importncia deste episdio que mudaria o rumo da histria poltica do pas.

O documentrio dividido em duas partes: preldios e levantes. Na primeira parte o roteiro situa para o espectador o turbilho de mudanas que ocorriam no mundo, mas em particular na poltica nacional. So mais de quarenta minutos de farto material para traar um perfil das convulses sociais e levantes anteriores que culminaram na revolta de oficiais do Exrcito, muitos deles preparados pelo PCB.

Com a decretao da Lei de Segurana Nacional, um ato de violncia perpetrado por Getlio Vargas, vrios focos de resistncia foram aparecendo nos mais diversos locais do pas. Entremeado por depoimentos dos remanescentes do movimento e por intelectuais renomados, fotos e imagens da tentativa de tomar o poder das mos do autoritrio presidente conduzem a narrativa. E o destaque maior fica com o lendrio lder comunista Luiz Carlos Prestes - da Coluna Prestes, exlio na Colmbia e Argentina, seu retorno ao pas, adeso ao PCB, sua estada na URSS, a sua volta para a preparao da revoluo, sua priso e sua libertao em 1945.

A narrao do ator Paulo Betti, do texto vigoroso de Srgio Augusto e Eduardo Escorel, costura de maneira firme as imagens histricas e os depoimentos, uns utilizados de arquivos e outros coletados durante os anos de 1994/95 e 2001/02. A maioria so de acadmicos, mas os melhores momentos so os propiciados pelos veteranos participantes da rebelio, que do uma clara e concisa verso para este importante momento da histria nacional, que teve fortes conseqncias polticas at um ado prximo.”

Ana Vidotti

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Memrias do Crcere, de Graciliano Ramos – Resumo do Filme

“Durante o perodo que permaneceu na secretaria da educao revolucionou os mtodos de ensino da poca. No entanto, devido as suas idias, consideradas "extremistas", foi demitido em 1936.

Ainda nesse ano, precisamente no dia 3 de maro, preso sob a acusao de ligao com o Partido Comunista. A acusao falsa, pois Graciliano se entraria para o PCB em 1945. Mesmo sem acusao formal ou julgamento, deportado para o Rio de Janeiro, onde permanece encarcerado at 1937. Dessa experincia resultou a obra "Memrias do crcere", que s comeou a ser escrita em 1946 “Resolvo-me a contar, depois de muita hesitao, casos ados h dez anos”.

A obra "Memrias do crcere", publicada somente 1953, foi transformada em filme por Nelson Pereira dos Santos.

Depois de ser libertado da priso, Graciliano ficou morando no Rio de Janeiro em um quarto de penso, com a mulher e os filhos menores.

“Estou a descer para a cova, este novelo de casos em muitos pontos vai emaranhar-se, escrevo com lentido - e provavelmente isto ser publicao pstuma como convm a um livro de memrias.”

Em Memrias do Crcere, publicao pstuma, Graciliano Ramos ocupou seus ltimos anos, tornando pblicos, “depois de muita hesitao”, acontecimentos da sua e da vida de outras pessoas, polticos ou no, intelectuais ou no, homens e mulheres, presos durante o Estado Novo.

Nos trs primeiros pargrafos do livro ele se explica, justificando a demora de dez anos. E, depois, resolvido a escrever, sabe que sua narrativa ser amarga: “Quem dormiu no cho deve lembra-se disto, impor-se disciplina, sentar-se em cadeiras duras, escrever em tbuas estreitas. Escrever talvez asperezas, mas delas que a vida feita: intil neg-las, contorn-las, envolv-las em gaze”.

O intuito de Graciliano se realizou. Fiel aos acontecimentos, no escondeu, no negou, no exagerou: “Escreveu, realmente, com exatido espantosa, com rigor excepcional. Tudo o que negro, em sua narrao, negro pela prpria natureza, o que srdido porque nasceu srdido, o que feio mesmo feio. No h pincelada do narrador no sentido de frisar traos, de agravar condies, de destacar mincias denunciadoras.”(Nlson Werneck Sodr, prefcio de Memrias do Crcere).

Em 1936, quando esteve preso no pavilho dos primrios, na Casa de Deteno, Graciliano conheceu Vanderlino, “um homem til”, habilidoso, capaz de esculpir peas de um jogo de xadrez depois de dividir um cabo de vassoura em 32 pedaos iguais. Criminoso comum, homem humilde, foi ele quem, mais tarde, na Colnia Correcional, apresentou um amigo a Graciliano. “irou-me a franqueza de Vanderlino ao dizer o nome e o ofcio do personagem: - Gacho, ladro, arrombador.”

Gacho virou amigo de Graciliano, querendo aparecer em seus livros (“Eu queria que sasse o meu retrato”) e, alm de personagem em Memrias do Crcere, citado tambm no conto “Um Ladro”, de Insnia, histria da ineficincia de um aprendiz seu num roubo que fizeram juntos. Esta foi uma das muitas histrias que Gacho contou a Graciliano, ouvinte atento. E assim a amizade entre eles cresceu, dentro dos muros, desinteressada e sincera.

Quando estuda o testemunho de Graciliano sobre a priso, Nlson Werneck Sodr lembra que “Cubano e Gacho”, criminosos comuns, saltam destas pginas para adquirirem dimenses humanas, denunciam-se como criaturas, apesar de terem vivido sempre entre comparsas.” (Adaptado de Viviana de Assis Viana, em Lit. Comentada: Graciliano Ramos).


Do filme de Nlson Pereira dos Santos:
Adaptao de 'Memrias do Crcere' por Nelson Pereira evoca a tendncia do Brasil a ter governos arbitrrios
INCIO ARAUJO
Crtico de Cinema

Filme: Memrias do Crcere
Produo: Brasil, 1983
Direo: Nelson Pereira dos Santos
Elenco: Carlos Vereza, Glria Pires
Onde: hoje, s 21h, no Espao Banco Nacional de Cinema

quando no se espera nada de Nelson Pereira dos Santos que ele sai com tudo. "Memrias do Crcere" sucedeu uma fieira de filmes pelo menos duvidosos e chegou em um momento j declinante do cinema brasileiro.

Havia, portanto, mais de um motivo para duvidar de seu xito. A surpresa no esperou o fim dos letreiros de apresentao: bastou o achado inicial (a fantasia sobre o Hino Nacional composta por Gottchalk) para que qualquer um na sala notasse que o filme bateria fundo.

O que vem a seguir no desmente a primeira impresso. Sempre usando essa msica como leitmotiv, Nelson Pereira reconstitui a aventura de Graciliano Ramos (o filme baseado em seu livro autobiogrfico) com sentido de poca apurado (a ditadura Vargas), sem perder de vista o presente.

Falava-se, no fundo, da seqncia de governos arbitrrios a que o Brasil sujeito. E nesse sentido que a fantasia sobre o hino funciona de maneira formidvel. Sem que se diga uma palavra, sem incorrer no vcio da presentificao de um tema histrico, o filme consegue ir alm do livro e evocar uma espcie de destino nacional, uma continuidade, um mesmo fluxo evocado pelo motivo condutor.

O filme no depende apenas dele. Da interpretao dos atores principais (Carlos Vereza e Glria Pires) a evoluo de uma trama em que se acumulam episdios por vezes tocantes (a priso de Olga Benario e seus contatos com Prestes, antes da deportao), Nelson Pereira constitui uma histria ntima do Brasil sob o Estado Novo.

Faz dialogar o privado e o pblico, o pessoal e o poltico, com uma desenvoltura digna de "Vidas Secas", seu trabalho mais famoso (e tambm baseado em Graciliano). No ser demais lembrar que esse foi o ltimo grande trabalho de Jos Medeiros, um dos fotgrafos que mais marcaram o cinema brasileiro desde os anos 60.”

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