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Insurreio Comunista no Rio Grande do Norte
1935-2025 90 Anos

A INVESTIDA BRASILEIRA DE 35 - 45 ANIVERSRIO DA INSURREIO NACIONAL LIBERTADORA

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Insurreio 1935 RN | Sindicato do Garrancho | Caldeiro | Cartografia
PCB/RN | Sindicalismo RN | Joo Caf Filho | Djalma Maranho

(Divulgado em 22 de novembro de 1980, pela Rdio Tirana, da Albnia)

Nesses dias de novembro transcorre o quadragsimo quinto aniversrio da insurreio nacional libertadora de 1935, que o povo brasileiro, os comunistas, operrios, camponeses, democratas e patriotas relembram orgulhosos com ardentes sentimentos revolucionrios como uma das mais gloriosas pginas escritas em sua multifactica histria de lutas por um Brasil livre, democrtico, independente e prspero.

O ambiente poltico no Brasil em princpios de 1935 era de uma efervescncia at ento desconhecida. O fascismo, que se apresentava como uma trgica realidade na Europa, se tornava cada vez mais uma possibilidade concreta no Brasil. A famigerada Ao Integralista, de Plnio Salgado, organizao fascista que era uma verdadeira filial do Partido Nacional Socialista de Hitler, atuava abertamente e exercia influncia direta nas altas esferas de deciso do pas.

O governo Vargas fazia continuadas concesses Alemanha de Hitler e Itlia de Mussolini, facilitando, desta forma, a penetrao dessas potncias imperialistas no Brasil. As poucas liberdades reconhecidas formalmente pela Constituio de 1934, eram constantemente restringidas e vilipendiadas. A represso ao movimento de massas recrudescia, enquanto o Partido Comunista do Brasil continuava perseguido e constrangido a atuar na clandestinidade. Desta forma, era inegvel o culto de fascistizao da vida do pas.

Em vista disso, crescia e generalizava-se o descontentamento no seio das amplas massas populares. Sucediam-se as aes de protesto dos operrios, camponeses e outros setores da populao. em meio a esse clima que surge em maro de 1935 , por iniciativa do Partido Comunista do Brasil, a Aliana Nacional Libertadora, organizao ampla e combativa de frente nica, com um ntido e combativo programa anti-fascista e anti-imperialista, que se resumia no clebre lema: "Po, Terra e Liberdade".

De imediato a Aliana Nacional Libertadora galvanizara o apoio popular. s suas fileiras acorreram milhares de operrios, soldados, marinheiros e outras camadas pobres da populao. Seu interesse pelas questes polticas, o anseio da mudana e conscincia da necessidade de fazer valer os direitos e interesses dos explorados e oprimidos, foram poderosamente despertados nas massas.

A Aliana Nacional Libertadora organizava auspiciosas aes e manifestaes populares. Temerosos do desenvolvimento astronmico da Aliana, o governo de Vargas colocou-a na ilegalidade trs meses aps sua fundao. Em seguida, teve lugar uma feroz represso, que vitimou centenas de aliancistas, entre os quais comunistas, dirigentes sindicais, intelectuais, personalidades democrticas e gente simples do povo.

Alm de tudo aquilo a situao do pas se agravava. A ameaa do fascismo era cada vez mais tangvel. No havia outra alternativa: lutar com deciso ou sucumbir aos manejos da reao e fascistizao do pas. Os comunistas no vacilaram. O Partido lanou a palavra de ordem de conquistar um governo popular revolucionrio nacional. Embora na clandestinidade, a Aliana, sob a direo do Partido, desenvolvia profcuo trabalho para unir o povo em torno das bandeiras anti-imperialista e anti-fascista, erguidas bem alto.

A 23 de novembro de 1935, na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, sublevaram-se soldados, cabos e sargentos do 21 Batalho de Caadores ali aquartelados, aos quais se juntaram diversos setores da classe operria e do povo, que vinha realizando greves e manifestaes de carter anti-imperialista e anti-fascista. Aps speros combates com as foras da reao, era instalado o Governo Popular Revolucionrio - o primeiro deste gnero na histria do pas - acrescentou.

No dia seguinte, sublevava-se o 29 Batalho de Caadores de Vila Socorro, nas proximidades do Recife.Trs dias depois, o movimento insurreicional envolvia a capital da Repblica, o Rio de Janeiro. Mas a reao concentrou contingentes muitas vezes superiores contra as foras insurretas e conseguiu isol-las militarmente do povo, que ficava sem armas. No Rio e em Natal, tiveram lugar violentssimos combates. Na capital da Repblica, os enfrentamentos duraram dez horas ininterruptas, ao cabo das quais o 3 Regimento de Infantaria ficou reduzido a escombros, devido aos bombardeios da artilharia e da aviao governistas. Desta forma, o movimento insurrecional, que durante quatro dias acendeu as esperanas nos coraes de milhes de brasileiros, foi batido depois de hericos combates, nos quais deram suas vidas devotados e intrpidos filhos do povo.

Apesar de derrotado, o movimento revolucionrio de 1935 projetou-se na histria do Brasil como uma gigantesca faanha das massas populares, cujas repercusses se fazem sentir ainda hoje. Os ensinamentos permanecem atuais e sua bandeira, com as inscries "Po, Terra e Liberdade" serve como uma arma afiada apontada contra os fascistas, os imperialistas, os latifundirios e a reao em geral, hoje representados na ditadura militar.

As orientaes revolucionrias de 1935 constituram, em primeiro lugar, um reflexo do grau de conscincia das massas populares, que amadurecia a manifestao de seu mais enrgico repdio ameaa fascista, ao avassalamento do Brasil pelas potncias imperialistas e opresso e explorao. Numa sucesso de aes de massas investidas de forma dinmica e unida, combinando numa ao armada, o movimento de 35 explica o anseio das massas pela revoluo e o rompimento de todas as cadeias do cativeiro imperialista e fascista. A insurreio nacional libertadora de 1935 e todas as movimentaes que a sucederam, proporcionaram ao povo brasileiro uma experincia indita at ento, de grande valia para a luta atual contra a ditadura e o imperialismo. H de organizar-se nos marcos de uma frente nica, sob a direo do partido de vanguarda da classe operria - o Partido Comunista do Brasil, e de percorrer o caminho revolucionrio da luta armada.

Aquele ensinamento assume grande significado, particularmente nesses dias, quando a ditadura militar de Figueiredo faz tentativas para romper a unidade popular e democrtica, enquanto os revisionistas do chamado PCB, que renegaram a bandeira de 35, tripudiam sobre o caminho armado e apregoam o caminho pacfico, reformista e de colaborao de classes. Como afirma o jornal A Classe Operria, rgo central do Partido Comunista do Brasil, a importncia extraordinria da insurreio de 35 reside no fato de que pela primeira vez se tomou de forma concreta, em termos prticos, para os militantes comunistas e as foras populares, a tarefa de preparao e de desencadeamento da luta
armada.

Por tudo aquilo que representa, a Insurreio Armada de 35 continua inspirando o povo brasileiro em suas batalhas populares contra a ditadura militar e o imperialismo, por um regime democrtico e popular, que assegure a democracia e a independncia nacional e abra o caminho ao socialismo: Por isso, o povo brasileiro, neste 45 aniversrio da Insurreio Nacional Libertadora, inclina suas bandeiras de combate, reverenciando seus mrtires e heris, inspirando-se no seu exemplo, para fortalecer a luta contra a ditadura e cobiar a verdadeira libertao nacional e social.

Agradecimentos a Walter Medeiros pela cesso do texto

Em vista da robustez com que est sendo formado o site sobre 35, o-lhe o documento sobre o qual conversamos, que est disposto num dos captulos do livro "Encontro com o guerrilheiro", de minha autoria, que conta a atuao de Glnio S a partir da tica do Movimento Estudantil dos anos 70 e reconstruo do Partido Comunista do Brasil (PC do B) no Rio Grande do Norte.

Caso seja til, pode public-lo.

Abrao,

Walter Medeiros

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