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Insurreio Comunista de 1935
em Natal e Rio Grande do Norte

A Insurreio Comunista de 1935 – Natal, o primeiro Ato da Tragdia
Homero de Oliveira Costa

Capitulo III
A Insurreio de novembro de 1935

3.5 - Os levantes em Recife e no Rio de Janeiro
3.5.1 - Recife

Os levantes em Recife e no Rio de Janeiro ocorreram, a exemplo de Natal, em unidades militares do exrcito. Fazia parte da preparao de um levante que se articulava a nvel nacional, no entanto, pegos de surpresa com o levante do 21 BC em Natal, o fazem tambm de forma precipitada. No caso de Recife, o comit regional do partido comunista, constitudo por Silo Meireles - oficial reformado do exrcito que havia sido enviado a Recife por Luis Carlos Prestes (42) -os tenentes Lamartine Coutinho e Alberto Besouchet e o sargento Gregrio Bezerra, todos do exrcito e os civis Jos Caetano Machado, Pasccio Fonseca(operrio grfico) se reunem no final da noite do sbado, dia 23 de novembro de 1935, ao saberem da deflagrao da insurreio do 21 BC em Natal. Nesta reunio estavam ausentes Cristiano Cordeiro - um dos fundadores do partido comunista, que h muito j se colocava contra o levante (razo pela qual foi expulso do partido posteriormente)(43) e o tenente Lamartine Coutinho( que havia sido transferido do 29 Batalho de Caadores de Recife para o 22 Batalho de Caadores de Alagoas, mas que neste momento ainda estava em Recife). Na reunio a direo do partido delibera que a insurreio deveria ocorrer de imediato, antes que, com as informaes de Natal, os quartis entrassem de prontido o que inviabilizaria qualquer tentativa de levante. O movimento deveria comear na vila militar Floriano Peixoto no municipio de Jaboato, vizinho Recife. Era onde estava localizada a maior concentrao de tropas do exrcito do Nordeste. Tinham informaes de que no estavam na cidade o governador do Estado, Carlos Cavalcanti de Lima, o comandante da 7 regio militar, general Manoel Rabello e o comandante da policia militar.

Um plano foi traado e distribuidas as incumbncias : Gregrio Bezerra que era sargento instrutor no Tiro de Guerra, deveria sublevar o quartel general da 7 regio militar - onde tambm funcionava o OR (Centro de Preparao de Oficiais da Reserva), situado no largo de So Francisco, centro de Recife. Vitorioso o levante, deveriam ser ocupados o palcio do governo, a central telefnica, aeroporto, cais do porto e outros pontos estratgicos , como as entradas e sadas de o cidade.Os capites Silo Meireles, Otacilio de Lima e os tenentes Alberto Besouchet e Lamartine Coutinho recebem a incumbncia de sublevar o 29 Batalho de Caadores(estes dois ultimos no estavam presentes a esta reunio. A comunicao ao tenente Lamartine Coutinho feita imediatamente aps a reunio, pois sabiam que ele estava participando de uma festa com estudantes do curso de direito da Faculdade de Recife), ajudados por alguns sargentos e cabos do partido. A deciso inicial era , logo que o tenente Lamartine fosse ado, deveria seguir imediatamente para a vila militar entrando em contato com outros militares comprometidos com o levante e ficar aguardando as ordens de Silo Meireles. Feito o contato, ele se dirige para a vila ila militar por volta das 7 horas da manh e procura os contatos que Silo Meireles lhe dera. No encontra ningum “... o tenente Besouchet, que deveria levantar o quartel comigo, estava completamente desinformado de minha tarefa e, traquilo, jogava gamo no cassino, onde os oficiais aram o tempo em prontido desde o sbado noite”(Cavalcanti, l978, p.142). Saem tentando contato com os outros militares. s 9:30 chega a ordem de Silo Meireles. O movimento tem inicio mas, para supresa dos insurretos, houve resistncias de imediato . Por um erro bsico as instalaes telefnicas no foram cortadas, o que permitiu contatos externos com as unidades militares dos Estados vizinhos e a policia civil que logo foi mobilizada. No quartel “... estabeleceu-se ento, intensa fuzilaria entre os oficiais, cercados, e os militares em revolta, sendo empregado, nessa luta, alguns sargentos e cabos que poderiam, l fora, ser mais teis no adestramento de populares, que aderiram em massa ao movimento ”(Cavalcante, l978, p.143). Segundo Paulo Cavalcanti “mais de 3 mil homens em armas (...) com adeso entusiasta da populao residente em Jaboato (Cavalcante, l978, 143 ). Um evidente exagero. A populao em geral no sabia o que estava acontecendo. Os civis que se dirigem ao quartel foram os que conseguiram ser mobilizados pelo partido(alm de eventuais curiosos) e sequer entram no quartel pois nem armas tinham. E afinal o que iam fazer em meio a uma intensa fuzilaria ?

Ao serem informadas do levante no 29 BC, tropas do exrcito da Paraba e Alagoas se deslocam imediatamente para Recife. A da Paraba chega primeiro e ocupa lugar estratgico, cercando o quartel. Exaustos e cercados, os insurretos ainda tentam resistir, mas no havia qualquer possibilidade de xito. Tentam fugir, mas so presos imediatamente.

No Recife, Gregrio Bezerra subleva o quartel general da 7 regio militar praticamente sozinho , sendo ferido e preso pouco depois “sem os companheiros militares comprometidos com a revoluo, sem os operrios comprometidos, sem ajuda de ningum...”(Bezerra, 1979,p.243).


Notas

42 - Alm disso, como ficou comprovado posteriormente, Prestes enviou diversas cartas a ex-companheiros de coluna, convidando-os a aderirem insurreio.(entre outros, Miguel Costa, que se recusa a participar.)

43 - ver depoimento de Cristiano Cordeiro ao jornalista Ricardo Noblat in “Memria e Histria” N. 2, So Paulo, Livraria Editora Cincias Humanas, 1982, p.86

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