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O que Rio Grande do Norte
ndio Potiguara

A descoberta de um novo mundo proporcionava enfrentar barreiras, vencer desafios, rumar ao desconhecido. Terra... terra farta, terra de ningum pronta para ser desbravada, conquistada e explorada. cg3u

Mas que surpresa! Os portugueses, aqui chegando depararam-se com criaturas "de porte mediano, acima de 1,65cm, reforados e bem feitos no fsico. Olhos pequenos e amendoados como os da raa monglica, escuros e encovados, de orelhas grandes, cabelos lisos e cortados redondos, arrancavam os plos da barba at as pestanas e sobrancelhas. Eram baos, claros, pintavam seus corpos com desenhos coloridos. Furavam o beio, principalmente o inferior, assim como orelhas e o nariz". (SUASSUNA & MARIZ: 1997, p. 51).

Seus corpos nus expostos ao sol, sob o calor e maresia, demonstravam ntimo contato com a natureza selvagem e hostil. Contrastando com as cores do horizonte e na beleza extica do lugar, os nativos observavam grandes embarcaes com figuras espalhafatosas se aproximarem.

Nesse primeiro contato, os portugueses encontraram um povo que, na escala evolutiva, superava o paleoltico e dava seus primeiros os na revoluo agrcola, quanto domesticao de plantas de condies selvagens para mantimento de seus roados, assim como o cultivo da mandioca. Tambm foram cultivadas outras espcies, como: milho, batata-doce, abbora, algodo, tabaco, cuias e cabaas, e algumas rvores frutferas. Para seu cultivo empregavam tcnicas e instrumentos rudimentares, como a queimada e a derrubada de rvores com machados de pedra.

Alm da agricultura, os indgenas praticavam a caa e a pesca como fonte de alimentao, empregando armas como o arco e flecha com pontas talhadas em pedra. Da mesma forma que eram usados na guerra.

Os homens nativos integravam-se perfeitamente ao meio, mas eram agressivos quanto a outros grupos e viviam em constantes lutas por seu territrio e lugares sagrados, defendendo sua aldeia.

Festejaram a natureza, as estaes, as luas, o sol, a chuva. Danavam, cantavam em noites de festas, adornados com belas plumagens, em cocares, braceletes e tornozeleiras. Ficando em volta de grandes fogueiras, cultuavam seus mortos, valentes e valorosos guerreiros pedindo sua proteo, junto aos deuses.

Enquanto que os inimigos vencidos e aprisionados eram sacrificados em rituais de antropofagia.

Na cura de doenas, utilizavam de ervas e razes extradas da prpria natureza. Assim como o uso de entorpecentes pelo Xams e Pajs, quando evocavam os deuses para auxili-los na luta contra os espritos do mal.

Falavam o nhe--Katu (lngua boa), diferenciando de outros dialetos existentes nas diferentes tribos.

Utilizavam a cermica na fabricao de utenslios domsticos. A rede servia para o descanso e a canoa para locomoo e pesca.

Sob o olhar europeu, aqueles nativos selvagens precisavam aprender normas de conduta e suas almas necessitavam de salvao para poderem integrar-se a uma civilizao. Civilizao essa que desprezara sua cultura, crenas, tradies interferindo no curso de suas vidas cotidianas.

Foi de relevante importncia a misso dos padres junto aos indgenas quanto catequizao, resultando em acordos de paz, ansiados por ambas as partes.

Nesta jornada destaca-se a figura de Francisco Pinto, "apstolo da paz", que atravs da catequese conseguia levar os nativos para o lado dos portugueses. Assistindo-os em suas necessidades.

Entre os nativos, Felipe Camaro revela-se como grande aliado dos portugueses, juntamente com seus comandados, destacando-se na luta contra os holandeses e seus aliados.

A participao dos potiguares tambm registrada na guerra dos brbaros ou Confederao dos Cariris, em que se rivalizavam com os Tapuias. Pois no era possvel essa homogeneidade entre tribos de diferentes lnguas e costumes.

As rivalidades existentes entre tribos, o domnio portugus e a presena de negros, contribuiu para que houvesse sincretismo de culturas, onde o ndio perdeu seu espao e territrio. Com isso, sua histria de difcil o, ficando diversas indagaes sobre origens e evoluo cultural, pois a presena do portugus e da catequizao contriburam para um direcionamento na viso histrica, a partir do momento que sentiram necessidade de integr-los ou combat-los, de acordo com seus interesses.

Fonte: Histria do Rio Grande do Norte n@ Web
Por Genilson Medeiros Maia


AP

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