Projeto
Brasil Nunca Mais
Histria
dos Direitos Humanos no Brasil |
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Comisses
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Projeto Brasil Nunca Mais Digital
Apresentao
Objetivos
Estratgias
e Responsabilidades Iniciais
Estratgias
e Responsabilidades – Junho de 2012
Financiamento
Parceiros
Apresentao
Em 1979, um grupo de religiosos e advogados
iniciou um projeto extremamente ambicioso:
obter junto ao Superior Tribunal Militar,
em Braslia, informaes
e evidncias de violaes
aos direitos humanos praticadas por agentes
do aparato repressivo do Estado durante
a ditadura militar (naquela poca
ainda em curso), para compilar essa documentao
em um livro-denncia.
Os advogados, a partir da consulta aos processos
que envolviam a defesa de presos polticos
e, aps a promulgao
da Lei de Anistia, os requerimentos de reassuno
dos direitos polticos, empregos
ou cargos pblicos, constataram o
valor histrico e jurdico
dos documentos existentes no Tribunal.
Mereceram especial ateno
os depoimentos prestados no mbito
dos tribunais militares, pois uma parte
dos presos polticos denunciou e
detalhou as prticas de violncia
fsica e moral que sofreram ou presenciaram.
O projeto pretendia evitar o possvel
desaparecimento dos documentos durante o
processo de redemocratizao.
Considerava-se que a preservao
desses elementos era indispensvel
como fonte de pesquisa sobre essa fase da
histria do Brasil.
Os mentores do projeto - em especial a advogada
Eny Raimundo Moreira e a equipe do escritrio
do advogado Sobral Pinto - perceberam que
os processos relacionados a presos polticos
poderiam ser reproduzidos, aproveitando-se
do prazo de 24 horas facultado pelo Tribunal
para a custdia provisria
de autos.
A idia foi acolhida pelo Reverendo
da Igreja Presbiteriana Jaime Wright e o
Cardeal da Igreja Catlica Dom Paulo
Evaristo Arns, que resolveram comandar as
atividades a partir de So Paulo.
Os recursos financeiros necessrios
foram solicitados e obtidos com o secretrio-geral
do Conselho Mundial de Igrejas, Philip Potter,
com o auxlio de Charles Roy Harper,
pastor e membro daquela entidade.
Com a chegada dos fundos ao Brasil, no incio
de 1980, foi alugada uma sala comercial
em Braslia prxima ao Superior
Tribunal Militar. Foram tambm alugadas
trs mquinas copiadoras “xerox”
e contratados os funcionrios. Em
seguida, foram agregados os advogados que
se dirigiam ao Tribunal para retirar os
autos.
As cpias, ento, eram remetidas
a So Paulo, inicialmente em nibus
noturnos e, posteriormente, por meio de
avies de carreira, como carga desacompanhada,
ou por carro.
Surgiu neste momento a preocupao
com a apreenso do material pela
represso. Diante dos recursos tecnolgicos
existentes poca, a alternativa
encontrada pela equipe foi microfilmar as
pginas de todos os autos judiciais
e remet-las ao exterior.
Aproximadamente aps seis anos de
trabalho em sigilo, a tarefa foi finalizada.
A reproduo dos 707 processos
judiciais consultados totalizou cerca de
1 milho de cpias em papel
e 543 rolos de microfilmes. Ademais, foi
produzido um documento-me, denominado
“Projeto A”, com a anlise
e a catalogao das informaes
constantes dos autos dos processos judiciais
em 6.891 pginas divididas em 12
volumes.
No “Projeto A” foi possvel
identificar, dentre outros dados, (i) quantos
presos aram pelos tribunais militares,
(ii) quantos foram formalmente acusados,
(iii) quantos foram presos, (iv) quantas
pessoas declararam ter sido torturadas,
(v) quantas pessoas desapareceram, (vi)
quais as modalidades de tortura eram as
mais praticadas, e (vii) quais eram os centros
de deteno. Ademais, foi
possvel listar os nomes dos mdicos
que davam planto junto aos pores
e os funcionrios identificados pelos
presos polticos.
Apensos aos processos do STM encontravam-se
diversos objetos apreendidos, tais como
panfletos, peridicos e textos de
discusso terica. Esses materiais
tambm foram copiados (aproximadamente
10.000 documentos) e deram origem ao “arquivo
de material apreendido”.
Considerando a dificuldade de leitura e
at de manuseio deste trabalho, foi
idealizado por Dom Paulo o “Projeto
B”, um livro que resumisse o “Projeto
A” em um espao 95% menor.
Para operacionalizar a tarefa foram escolhidos
os jornalistas Ricardo Kotscho e Carlos
Alberto Libnio Christo (Frei Betto),
coordenados por Paulo de Tarso Vannuchi.
A Editora Vozes (vinculada Igreja
Catlica) aceitou public-lo,
tendo-lhe sido atribudo o ttulo
de “Brasil: Nunca Mais”. Sob
o temor de possvel censura ao contedo
da obra, paralelamente foi buscada a publicao
no exterior. A Editora Random House, uma
das maiores dos Estados Unidos, assumiu
esse encargo.
Assim,
em 15 de julho de 1985, quatro meses aps
a retomada do regime democrtico,
foi lanado o livro “Brasil:
Nunca Mais”. A publicao
da obra mereceu destaque na imprensa nacional
e internacional e o livro foi reimpresso
vinte vezes somente nos seus dois primeiros
anos de vida, estando na sua 37 edio
(2009).
Um ano depois de seu lanamento no
mercado nacional, a obra chegou tambm
s livrarias dos Estados Unidos,
acrescida de uma introduo
para os leitores estrangeiros e cinco pginas
com notas bibliogrficas. A verso
em ingls foi denominada “Torture
in Brazil”.
Dom Paulo decidiu doar toda a documentao
do projeto, a fim de torn-la pblica.
O contedo foi oferecido, inicialmente,
Pontifcia Universidade
Catlica de So Paulo e
Universidade de So Paulo, as quais
declinaram do convite. Ofertado, ento,
Universidade Estadual de Campinas,
a instituio aceitou a documentao,
com a promessa de disponibilizar amplamente
o material para consulta e permitir sua
reproduo.
Assim, tanto o “Projeto A”,
quanto as cpias integrais dos 707
processos (cerca de 1 milho de pginas),
alm dos anexos, com aproximadamente
10.000 documentos, foram transferidos ao
“Arquivo Edgard Leuenroth”,
fundado em 1974 e vinculado Faculdade
de Filosofia e Cincias Humanas da
UNICAMP. A memria, portanto, estaria
preservada.
D. Paulo tambm determinou fossem
efetuadas 25 cpias do “Projeto
A” e encadernadas em capa dura, preta
com letras douradas. Foram doadas 14 cpias
para universidades, bibliotecas e centros
de documentao de entidades
dedicadas defesa dos direitos humanos
no Brasil e ofertadas 11 cpias para
instituies estrangeiras.
Os 543 rolos originais de microfilmes com
o contedo integral dos 707 processos
reproduzidos do Superior Tribunal Militar
foram enviados ao “Latin American
Microform Project” - “LAMP”,
mantido no “Center for Research Libraries
- CRL”, consrcio internacional
de universidades, faculdades e bibliotecas
independentes, sediado em Chicago, Estados
Unidos da Amrica. O LAMP
um projeto de manuteno e
preservao de colees
de microfilmes latino-americanos raros e
de relevncia histrica. Na
LAMP/CRL o acervo consultado por
pesquisadores vinculados s universidades
que compem o consrcio.
Por outro lado, no Conselho Mundial de Igrejas
esto depositados de 2000 a 4000
documentos sobre o desenvolvimento e financiamento
do “Brasil: Nunca Mais”, tais
como os planos e as pesquisas realizadas,
as trocas de correspondncias entre
os participantes e as matrias publicadas
na imprensa nacional e estrangeira acerca
da obra.
Em sntese, existem 3 espaos
importantes que receberam o acervo matriz
do BNM: a UNICAMP, que arquivou cpia
dos 707 processos do STM (1 milho
de pginas em papel) e tambm
o “arquivo de material apreendido”;
o CMI, que mantm o acervo em papel
dos projetos, correspondncia e providncias
logsticas que culminaram no BNM;
e o LAMP/CRL, que possui os originais dos
543 rolos de microfilmes.
No Brasil, desde 2005 o pesquisador Marcelo
Zelic criou o Centro de Referncia
Virtual Brasil Nunca Mais, com a disponibilizao
na rede mundial de computadores da ntegra
do Projeto A, totalmente digitalizado e
indexado. Esse projeto foi desenvolvido
pela organizao no-governamental
Instituto Paulo Freire, no portal Armazm
Memria (www.armazemmemoria.com.br),
com recursos da FINEP (Ministrio
da Cincia e da Tecnologia).
O Armazm Memria
parceiro do Arquivo Nacional na Rede Nacional
de Cooperao e Informaes
Arquivsticas - Memrias Reveladas,
que visa reunir entidades pblicas
e privadas e pessoas fsicas que
possuam acervos de interesse da temtica
das lutas polticas e sociais no
perodo do regime militar no Brasil.
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Objetivos
O Ministrio Pblico Federal
em So Paulo, no exerccio
de suas atribuies relacionadas
defesa dos direitos das vtimas
da represso poltica durante
a ditadura militar, constatou que parcela
do acervo de cpias dos processos
do STM mantido no Arquivo Edgard Leuenroth
(UNICAMP) sofreu prejuzos com o
correr do tempo. Identificou-se, por exemplo,
ausncia de pginas essenciais
e de grande relevncia histrica,
sobretudo de depoimentos de presos polticos
prestados nas auditorias militares, nos
quais denunciavam torturas, inclusive com
a meno a nomes de torturadores.
A partir desse diagnstico, o MPF,
em conjunto com o Armazm Memria,
percebeu ser premente a necessidade de tambm
digitalizar os processos BNM, ou seja, as
cpias dos 707 processos do STM e
a reunio dessas cpias com
o contedo j disponibilizado
no Centro de Referncia Virtual Brasil
Nunca Mais e no Arquivo Nacional. Nesse
sentido, aventou-se inicialmente a obteno
de cpia dos autos originais arquivados
no Superior Tribunal Militar. Entretanto,
essa Corte informou que esse material encontra-se
tambm muito deteriorados, o que
inviabilizaria a extrao
de duplicatas em grande volume.
Desse modo, a soluo tcnica
indicada a digitalizao
dos rolos de microfilmes mantidos em Chicago
e suplementar o material obtido, nos casos
de m qualidade ou ausncia
de parte do acervo, com o manuseio dos autos
originais ou das cpias mantidas
na UNICAMP.
Por outro lado, diante do inestimvel
valor da prpria histria
de criao do Brasil: Nunca
Mais, reputa-se relevante e oportuno trazer
para solo ptrio todo o material
que registrou o seu desenvolvimento, a comear
por aquele mantido na biblioteca do Conselho
Mundial de Igrejas, digitalizando-o e disponibilizando-o
para consulta na rede mundial de computadores.
Nesse contexto, o MPF e o Armazm
Memria desenvolveram o presente
projeto, o qual est sendo realizado
em parceria com o Arquivo Pblico
do Estado de So Paulo, Instituto
de Polticas Relacionais com o apoio
da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional
Rio de Janeiro (OAB/RJ) e o Arquivo Nacional,
alm das instituies
que no exterior mantm os acervos
originais: o Center for Research Libraries/Latin
American Microform Projetc (CRL/LAMP) e
o Conselho Mundial de Igrejas – CMI.
O CRL/LAMP e o CMI fornecero cpia
integral de seus acervos e, aps
digitalizao, esse material
ser reunido com aquele j
disponvel no Centro de Referncia
Virtual Brasil Nunca Mais, criando um stio
na rede mundial de computadores –
sediado e mantido pelo Ministrio
Pblico Federal – para consulta
e pesquisa por quaisquer interessados.
O denominado projeto Brasil Nunca Mais Digital
objetiva preservar e dar publicidade a um
valioso acervo que integra o patrimnio
histrico e cultural brasileiro,
fomentando o seu o para pesquisas pela
sociedade civil. A manuteno
no Brasil de todo o material relativo ao
projeto BNM , tambm, parte
fundamental do processo de afirmao
do direito verdade, informao
e memria.
Em suma, o objetivo do projeto
disponibilizar o acervo integral do Brasil:
Nunca Mais, assim como os registros de seu
desenvolvimento, em pgina da rede
mundial de computadores do Ministrio
Pblico Federal, para consulta por
qualquer interessado, de qualquer local
do planeta.
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Estratgias
e Responsabilidades Iniciais
Tendo em vista que o projeto envolve duas
fontes distintas de material, as estratgias
e metas foram definidas conforme a peculiaridade
de cada situao.
1. ACERVO DE MICROFILMES - CRL/LAMP
1.1. Obteno de cpia
dos microfilmes
Responsveis: Ministrio Pblico
Federal e Center for Research Libraries
A primeira fase do projeto envolve a obteno
de cpia do acervo mantido nos Estados
Unidos da Amrica, o que j
foi estabelecido com a direo
do CRL/LAMP.
Os microfilmes sero duplicados nos
Estados Unidos e a cpia ser
trazida para o Brasil. O custo de produo
da cpia ser assumido pelo
CRL/LAMP. A remessa da cpia ao Brasil
ser providenciada pelo MPF, com
o apoio do Consulado Brasileiro em Chicago.
1.2. Digitalizao
Responsvel: Arquivo Pblico
do Estado de So Paulo
Os 543 rolos de microfilmes (cerca de 1
milho de pginas) provenientes
do CRL/LAMP sero digitalizados pelo
Arquivo Pblico do Estado de So
Paulo, mediante equipamentos e servios
prprios, em imagens TIFF, segundo
os padres arquivsticos.
1.3. Reviso dos arquivos e definio
de providncias de correo
Responsveis: Armazm Memria,
Instituto de Polticas Relacionais
e OAB/RJ
Aps a digitalizao
do acervo de microfilmes, ser efetuada
uma reviso para identificar no conjunto
de 1 milho de pginas eventuais
folhas ilegveis, com m qualidade
ou ausentes, com o objetivo de indicar cpias
a serem buscadas no STM ou tratamento da
imagem para melhoria da qualidade.Os servios
dessa fase sero realizados pelo
Armazm Memria, mediante
custeio da OAB/RJ.
1.4. Complemento do acervo ou melhoria
da qualidade das imagens
Responsveis: Arquivo Nacional, Arquivo
Pblico do Estado de So Paulo
e Ministrio Pblico Federal
De acordo com o relatrio resultante
da terceira fase, vislumbram-se 3 possibilidades
de complementao do acervo,
para aumento da qualidade ou integralizao.
A primeira alternativa reside na complementao
das cpias com a consulta dos processos
originais no STM. Esse servio ser
realizado pelo Arquivo Nacional.
A segunda consiste na busca da cpia
eventualmente depositada na UNICAMP. Essa
iniciativa ser efetuada pelo Ministrio
Pblico Federal.
E, finalmente, poder se optar pelo
tratamento digital das imagens, em servio
a ser coordenado pelo Arquivo Pblico
do Estado de So Paulo, mediante
a contratao de empresa ou
profissionais especializados. Esse servio,
se necessrio, ainda no tem
fonte de custeio.
1.5. Estabelecimento de elos virtuais
entre os processos digitalizados e o Projeto
“A”
Responsveis: Armazm Memria,
Instituto de Polticas Relacionais
e OAB/RJ
Trata-se da interligao entre
o novo acervo e o disponibilizado pelo Armazm
Memria em seu stio na rede
mundial de computadores, com a entrega ao
MPF do conjunto consolidado.
Os servios dessa fase sero
realizados pelo Armazm Memria,
mediante custeio da OAB/RJ.
1.6. Criao do stio
ou portal na rede mundial de computadores
Responsveis: Armazm Memria,
Instituto de Polticas Relacionais
e OAB/RJ
Nessa etapa ser desenvolvido o novo
stio ou portal no qual ser
disponibilizado o o virtual ao acervo,
com as respectivas ferramentas de pesquisa.
Ao final dever ser apresentada a
pgina eletrnica digital pronta
para ser implementada pelo Ministrio
Pblico Federal. A definio
do stio ser realizada em
conjunto com o Ministrio Pblico
Federal e demais parceiros interessados.
Os servios dessa fase sero
realizados pelo Armazm Memria
(e empresas contratadas), mediante custeio
da OAB/RJ.
1.7. Publicao do stio
e das ferramentas de pesquisa
Responsvel: Ministrio Pblico
Federal
Consistir no produto final do projeto.
O stio ser mantido pela
Procuradoria Regional da Repblica
da 3 Regio.
1.8. Gravao de microfilme
e criao de cpia
digital de todo o acervo
Responsveis: Arquivo Pblico
do Estado de So Paulo e Ministrio
Pblico Federal
Aps a etapa 1.4 ser possvel
gravar as imagens em novo microfilme, devidamente
certificado, de 35 mm., para incorporao
ao patrimnio arquivstico
das instituies envolvidas
no projeto. O servio ser
executado pelo Arquivo Pblico do
Estado de So Paulo, com filmes fornecidos
pelas instituies interessadas.
Ademais, todos os parceiros tero
direito a receber cpia integral
do acervo digitalizado.
ACERVO DE DOCUMENTOS DO CMI
2.1. Obteno de cpia
dos documentos
Responsvel: Ministrio Pblico
Federal e Conselho Mundial de Igrejas
O acervo do CMI ser copiado pela
prpria entidade, em Genebra, e remetido
ao Brasil. O custo desse servio
ser assumido pelo CMI.
2.2. Digitalizao e indexao
Responsvel: Armazm Memria
e Ministrio Pblico Federal
Os documentos oriundos do CMI sero
digitalizados no mbito do projeto.
Pretende-se que esses documentos sejam indexados
com a tecnologia j utilizada pelo
Armazm Memria no Centro
de Referncia Virtual Brasil Nunca
Mais (DORO) ou equivalente.
2.3. Incluso do acervo no stio
da rede mundial de computadores
Responsveis: Armazm Memria,
Instituto de Polticas Relacionais
e OAB/RJ
Aps a digitalizao
e indexao, o material ser
incorporado ao stio em desenvolvimento,
conforme item 1.6.
2.4. Publicao do stio,
com as ferramentas de pesquisa
Responsvel: Ministrio Pblico
Federal
Etapa comum ao item 1.7.
2.5. Gravao de microfilme
e criao de cpia
digital
Responsveis: Arquivo Pblico
do Estado de So Paulo e Ministrio
Pblico Federal
Etapa comum ao item 1.8.
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Estratgias
e Responsabilidades – Junho de 2012
No curso do trabalho de digitalizao
foi diagnosticada a necessidade de servios
adicionais em relao ao contemplado
no estudo preliminar, sobretudo pela elevada
quantidade de imagens dos microfilmes que
apresentam danos (35%), decorrentes das
condies precrias
em que foram produzidas as cpias
em papel e, subsequentemente, os microfilmes.
O volume de imagens danificadas indicou
aos coordenadores que haveria excessivo
manuseio dos originais no Superior Tribunal
Militar para fins de obteno
de novas cpias digitais, os quais
encontram-se tambm em condies
precrias. Nesse sentido, deliberou-se
realizar uma seleo das imagens
danificadas efetivamente relevantes, tanto
do ponto de vista jurdico como histrico,
bem como esforos de tratamento digital
dessas imagens, reduzindo o universo a ser
recuperado mediante nova digitalizao.
Portanto, as imagens danificadas esto
sendo primeiramente submetidas a uma avaliao
de relevncia. As selecionadas sero
objeto de tratamento digital para recuperao,
quando isso for possvel. Apenas
para aquelas cujo tratamento digital no
seja resolutivo se buscar reposio,
seja a partir da cpia em papel depositada
no AEL/UNICAMP, seja dos originais no STM.
Apresentamos a seguir as estratgias
e metas atualizadas do projeto, bem como
os resultados j obtidos nas fases
iniciadas.
1. DIGITALIZAO,
VERIFICAO E ORGANIZAO
DOS ARQUIVOS
1.1. ACERVO DE MICROFILMES
A) Obteno de cpia
dos microfilmes.
Responsveis: MPF e CRL/LAMP
A primeira fase do projeto envolveu a obteno
de cpia do acervo mantido nos Estados
Unidos da Amrica pelo CRL/LAMP.
Os microfilmes foram duplicados nos Estados
Unidos e uma cpia foi trazida para
o Brasil, com o apoio do Consulado Geral
do Brasil em Chicago. O custo de produo
da cpia foi assumido pelo CRL/LAMP.
Etapa finalizada, com o recebimento de 543
rolos de microfilmes.
B) Digitalizao.
Responsvel: APESP
Os 543 rolos de microfilmes provenientes
do CRL/LAMP foram digitalizados pelo Arquivo
Pblico do Estado de So Paulo,
mediante equipamentos e servios
prprios, em imagens TIFF, segundo
os padres arquivsticos.
Etapa finalizada. 838.918 imagens digitalizadas.
Somados os 8 processos digitalizados pelo
AEL/UNICAMP que no foram microfilmados,
totalizamos 844.073 imagens.
C) Verificao dos arquivos
digitalizados quanto qualidade
Responsveis: AM e IPR, com o apoio
da OAB/RJ e da PUC/SP
Aps a digitalizao
do acervo de microfilmes, foi efetuada uma
reviso para identificar folhas ilegveis,
com m qualidade ou ausentes, ou
seja, danificadas, assim como repetidas
e fora de ordem. Os trabalhos foram realizados
pelo Armazm Memria e IPR,
que contam com o apoio de pesquisador alocado
pelo CEDIC da PUC/SP e recursos financeiros
disponibilizados pela OAB/RJ. Etapa concluda.
D) Conferncia, organizao
e verificao da integralidade
dos arquivos
Responsveis: AM e IPR, com o apoio
da OAB/RJ e da PUC/SP
Nessa fase as imagens so conferidas
quanto sequncia e
integralidade do processo original do STM.
Os trabalhos so realizados pelo
Armazm Memria e IPR, que
contam com o apoio de pesquisador alocado
pelo CEDIC da PUC/SP e recursos financeiros
disponibilizados pela OAB/RJ. Etapa em andamento.
94% concludo (787 mil imagens).
E) Classificao das imagens
danificadas quanto relevncia
jurdica ou histrica
Responsveis:
MPF, RNSJH e PUC/SP
Nessa fase efetuada a anlise
das imagens consideradas danificadas pelo
Armazm Memria, que correspondem
– at este momento –
a 35% do acervo. As que so avaliadas
como relevantes so encaminhas para
substituio (quando irrecuperveis)
ou para tratamento digital (quando veis
de correo). Essa etapa no
foi prevista no planejamento inicial.
realizada por equipe composta por 2 estagirios
do MPF, 1 profissional alocado por Rubens
Naves, Santos Junior, Hesketh – Escritrios
Associados de Advocacia, advogada voluntria
indicada pelo CMI (Dra. Daniela Leo
Siqueira) e 1 pesquisador da PUC/SP. Etapa
em andamento (88 mil imagens examinadas,
de um universo de 280 mil - 32%).
F) Tratamento digital
Responsveis: UNICAMP, IPR e AM
As imagens indicadas na etapa E como relevantes
e veis de recuperao
com tratamento digital sero trabalhadas
nesta fase. As imagens recuperadas sero
enviadas para consolidao
pelo Armazm Memria. As insanveis
sero encaminhadas para substituio
mediante nova digitalizao.
Os recursos necessrios esto
sendo alocados pela UNICAMP, para realizao
do trabalho sob coordenao
do IPR e Armazm Memria.
Etapa no iniciada.
G) Complemento do acervo
Responsveis: AN e UNICAMP
As imagens encaminhadas nas fases E e F
para substituio sero
o objeto desta fase. Haver duas
frentes de trabalho. A primeira reside na
busca da cpia eventualmente depositada
no AEL/UNICAMP, pela prpria Universidade.
A segunda na complementao
das cpias com a consulta dos processos
originais no STM. Esse servio ser
realizado pelo Arquivo Nacional. Etapa no
iniciada.
H) Indexao e estabelecimento
de elos virtuais entre os processos digitalizados
e o Projeto “A”
Responsveis: AM, IPR e OAB/RJ
Trata-se da interligao entre
o novo acervo e o disponibilizado pelo Armazm
Memria em seu stio na rede
mundial de computadores, com a entrega ao
MPF do conjunto consolidado. Os servios
dessa fase sero realizados pelo
Armazm Memria e o IPR, mediante
custeio da OAB/RJ e eventual contratao
de empresa terceirizada. Etapa iniciada
com o estudo das tecnologias disponveis.
1.2. ACERVO DE DOCUMENTOS DO CMI
A) Obteno de cpia
dos documentos
Responsvel: MPF e CMI
O acervo do CMI foi copiado pela prpria
entidade, em Genebra, e entregue ao Ministrio
Pblico Federal, em solenidade realizada
no dia 14 de junho de 2011. O custo foi
assumido pelo CMI. Etapa cumprida.
B) Digitalizao e indexao
Responsvel: MPF
Os documentos oriundos do CMI esto
sendo digitalizados pela empresa DORO,
detentora de tecnologia de indexao
compatvel com a acervo mantido pelo
Armazm Memria, o qual ser
incorporado ao MPF. A contratao
da empresa foi assumida pelo Ministrio
Pblico Federal. Etapa em fase de
concluso.
2. CONSOLIDAO DAS
IMAGENS, FORMANDO O ACERVO DIGITAL DOS PROCESSOS
Responsveis: AM, IPR e OAB/RJ
A
partir das imagens obtidas nas diversas
fases, ser efetuada a consolidao
do acervo digital. Os servios dessa
fase sero realizados pelo Armazm
Memria e o IPR, mediante custeio
da OAB/RJ.
3. CRIAO DO STIO
OU PORTAL NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES
Responsveis:
AM, IPR e OAB/RJ
Nessa
etapa ser desenvolvido o novo stio
no qual ser disponibilizado o o
virtual ao acervo, com as respectivas ferramentas
de pesquisa. Ao final dever ser
apresentada a pgina eletrnica
digital pronta para ser implementada pelo
Ministrio Pblico Federal.
A definio do stio
ser realizada em conjunto com o
Ministrio Pblico Federal
e demais parceiros interessados. Os servios
dessa fase sero realizados pelo
Armazm Memria e o IPR (e
empresas contratadas), mediante custeio
da OAB/RJ. Etapa iniciada com estudos sobre
o stio.
4.
PUBLICAO DO STIO
E DAS FERRAMENTAS DE PESQUISA
Responsvel: MPF
Consistir no produto final do projeto.
O stio ser mantido pela
Procuradoria Regional da Repblica
da 3 Regio.
5. GRAVAO DE MICROFILME
E CRIAO DE CPIA
DIGITAL DE TODO O ACERVO
Responsveis: APESP, AN e MPF
Aps a etapa 3 ser possvel
gravar as imagens em novo microfilme, devidamente
certificado, de 35 mm., para incorporao
ao patrimnio arquivstico
das instituies envolvidas
no projeto. O servio ser
executado pelo Arquivo Pblico do
Estado de So Paulo e/ou pelo Arquivo
Nacional, com filmes fornecidos pelas instituies
interessadas, Ministrio Pblico
Federal ou Arquivo Nacional.
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Financiamento
Os servios definidos nos itens 1.1,
1.2, 1.7, 1.8, 2.1, 2.2, 2.4 e 2.5 (ver
Estratgias e Responsabilidades)
sero desenvolvidos com esforos
prprios dos rgos
e instituies envolvidos
e, conforme a necessidade, recursos pblicos
do Ministrio Pblico Federal.
Para tanto, foram reservados R$ 220.000,00
(duzentos e vinte mil reais) no oramento
da instituio.
Para os servios referidos nos itens
1.3, 1.5, 1.6 e 2.3 (ver Estratgias
e Responsabilidades) os custos foram estimados
em R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais)
e sero financiados pela OAB/RJ.
Finalmente, com relao ao
item 1.4, na hiptese de ser necessria
a contratao de profissionais
ou empresa especializada em tratamento digital
de imagens, no possvel
estimar custos, na medida em que no
a dimenso da demanda s poder
ser avaliada aps a fase 1.3 (ver
Estratgias e Responsabilidades).
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Parceiros
Esse projeto uma iniciativa do
Armazm Memria,
Ministrio Pblico Federal
e
Arquivo Pblico do Estado de So
Paulo,
com o apoio do
Instituto de Polticas Relacionais,
Conselho Mundial de Igrejas (Sua),
OAB/RJ,
Pontifcia Universidade Catlica
de So Paulo,
Universidade de Campinas/Arquivo Edgard
Leuenroth,
Center for Research Libraries (EUA), Arquivo
Nacional e
Rubens Naves, Santos Jr., Hesketh Escritrios
Associados de Advocacia.
^
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