o mundo desaba, eu me encolho.
diante do espelho ainda espero.
quis muito escrever assim: desesperada. trgica.
danarina.
arquejos so lanados ao rio.
a brevidade da paixo aterradora.
por que querer tanto?
esta escritura, ditada por ancestrais,
a minha nica herana.
tudo que tenho, tudo o que eu sou.
quem quebra o meu corao, devolve-me a alma.
escrevo s o que a dor dita.
barulhentos gatos me acordam.
ser que deste sofrimento vir a sabedoria?
estilhaada ainda espero.
minha vagina di. desassossegada.
feita moa de provncia trada no ltimo instante.
levaram-me coisas preciosas.
clicas enquanto sangro.
meu amor, no volte, o que voc procura
no est aqui.
fecho a porta e a sua bondade agoniza.