nos dias claros e frios mulheres
recolhem lembranas.
barbatanas se erguem e so vistas com calma e desespero.
homens permanecem ocultos.
moas partem e no voltam mais.
quasares de dor flutuam.
o que ser que existe quando ns
no estamos aqui?
treva e vento. azul-claro. azul escuro. desejos de cu.
rastros de compaixo atravessam
sculos.
viemos do caos e clamamos sutilezas.
deusas que esto em ns, levem-nos para a lua.
para o ceilo, qualquer lado do
pacfico.
livre-nos dessa culpa de pedra que nos faz inveis.
que venha a ns a suavidade do mundo
e que este mar nos mostre a sua outra face.
coisas poderosas se levantam
e nos levam ao pas da ternura.
raios e troves nos chamam.
silenciosa vertigem do nada
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