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Encontro dos Pesquisadores do Ciberespao 3c2l19

Foto: Henrique Jos

DECLARAO DE NATAL

  • Regenerar as cidadanias locais e gerar uma cidadania mundial, para ligar nossas vrias terras natais formando uma nica Terra Natal: o Ciberespao eis nosso objetivo. E eis tambm as duas faces das redes virtuais: desterritorializao do espao fsico e materializao do imaginrio. O Ciberespao contribui para viabilizar a nossa antiga idia de uma Utopia Social, de redistribuio de riqueza/saberes/poderes; a lgica da solidariedade planetria engendrada pela convivialidade das rede telemticas.
  • Em um ado ainda recente, a unidade mtica das culturas recebeu muitos nomes: inconsciente coletivo, museu da humanidade, crebro planetrio, alma do mundo, noosfera, cibionta. O Ciberespao, no entanto, no um espao imaginrio formado por sonhos, mitos e imagens do inconsciente, mas sim uma realidade da qual no podemos ser excludos.
  • No mundo atual, globalizado sem fronteiras, em que as fbricas migram para onde a matria-prima e a mo-de-obra so mais baratas e os pases ricos no so apenas produtores de bens materiais, mas sim os que produzem bens simblicos e culturais, que desenvolvem costumes e pesquisas de ponta e lucram com sua comercializao. Assim, a pesquisa cientfica ponto estratgico, verdadeiro diferencial entre desenvolvimento real e um crescimento sub-industrializado, que d empregos em troca de royalties mas no incentiva a elaborao de tecnologias prprias e de identidades nacionais/regionais. Nesse cenrio, a universidade deve desempenhar um papel central como produtora e distribuidora de informao cientfica e cultural. A escola pode se tornar a instituio mais importante da sociedade: acolhendo e reciclando exrcitos de trabalhadores subitamente desqualificados. Mas s a universidade, atravs da pesquisa, pode descobrir e operar as mudanas necessrias para as reformas sociais contemporneas. Afinal, ela no uma mera reprodutora do saber cultural dominante, mas uma instituio produtora de conhecimento cientfico.
  • Alis, por definio, a universidade no lugar da anlise do que j existe, simplesmente, e, sim, da construo do futuro, de respostas s necessidades da sociedade. No apenas uma instituio de ensino, mas tambm de pesquisa; um espao para busca de alternativas para o mundo da produo e para a existncia social e individual. A universidade deve atender s necessidades da sociedade atravs de atividades de extenso e dos cursos de graduao, mas deve tambm no sentido inverso, inventar tecnologia que desafie os padres sociais estabelecidos, aperfeioando outras instituies. Da a importncia estratgica de sua informatizao imediata. que em uma sociedade completamente informatizada, as instituies de ensino superior, interconectadas pela fibra tica e pela telefonia digital, devem se firmar como o arquivo central das redes locais, ns de um sistema nervoso global de produo de conhecimento. Quem no investir no saber e na democratizao do conhecimento ficar margem do desenvolvimento no prximo milnio.
  • Conscientes da relevncia de suas reivindicaes para ultraarmos a condio histrica de subdesenvolvimento econmico e tecnolgico, os Pesquisadores Brasileiros do Ciberespao, reunidos durante a 50 Reunio Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC), firmam o presente documento sobre a prioridade do Ciberespao para a pesquisa e a educao do futuro, alertando as autoridades e a opinio pblica para a importncia estratgica de investimentos na informatizao do ensino superior. Para tanto, sugerimos ao Governo Federal e s Reitorias das diversas universidades brasileiras as seguintes medidas:
  1. Investir na ampliao e no desenvolvimento do projeto da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), permitindo o seu ingresso na Internet2, rede mundial de alta velocidade, exclusiva para instituies de pesquisa e ensino superior. Alm disso, a RNP deveria tambm funcionar como um superprovedor nacional (oferecendo servios de e-mail, intranets setoriais na Web, e chats para vdeo conferncias em tempo real), dando o gratuito (ou a custo local) s redes municipais e estaduais de ensino e as ONGs credenciadas.
  2. Estudar apossibilidade da criao de bancos de dados setoriais por rea de conhecimento (matemtica, geografia, medicina, etc), permitindo, assim, a centralizao e a atualizao constante de dados para pesquisa cientfica em cada rea. Todo estudante brasileiro deve, mediante credenciamento e senha a um determinado nvel de o, ter garantido a possibilidade de pesquisar nesses bancos setoriais gratuitamente.
  3. Equipar cada universidades com um modelo padro de Laboratrio Digital para Pesquisa Interdisciplinar, interligado permanentemente por via tica, estabelecendo assim uma Rede Nacional de Comunicao. Esta segunda rede seria gerenciada pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC) e teria como funo principal a coordenao dos bancos de dados setoriais, intranets e outros mecanismos de comunicao, promovendo o intercmbio universitrio de forma a coordenar cursos de ps-graduao distncia e editar revistas eletrnicas e de impresso descentralizada especficas para diferentes reas.
  4. Mais do que informatizar o ensino superior, o que precisamos de instrumentos de discusso, atualizao, divulgao e, sobretudo, de valorizao da pesquisa cientfica no Ciberespao. Tais medidas, no entanto, no seriam apenas o ponto de partida para construo de uma nova relao do ensino superior com a pesquisa cientfica, mais tambm de uma nova relao entre as universidades e a sociedade brasileira.

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