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Militantes Reprimidos no Rio Grande do Norte
Raimundo Ubirajara de Macedo

Livros e Publicaes

... e l fora se falava em liberdade
Ubirajara Macedo, Sebo Vermelho 2001

Os primeiros dias

Dia oito de abril. Comearam a chegar os presos polticos no s cela onde estvamos como tambm para outras dependncias do 16 RI. Nesse dia, entrou Carlos Lima, jornalista com quem trabalhei na Folha da Tarde e que depois se tornaria um dos maiores livreiros de Natal.

Desconfiado e cauteloso, Carlos entrou na cela olhando para o teto e paredes, achando que no devamos conversar, porque ali “devia estar repleto de microfones para captar conversas”. Embora ainda nervoso, Carlos foi se adaptando ao “regime” e comeou a istrar a fria realidade.

Ainda no dia nove, tarde, entraram os irmos Oliveira (Paulo e Guaracy), tambm desconfiados e duvidando at das paredes... Natural, diante do clima de terror que, quela altura, se abatia sobre o Pas.

As coisas foram acontecendo e nosso dia-a-dia era engrossado com boatos sobre uma possvel liberao nosso, mas este dia no chegava, ao contrrio, novos presos iam chegando, uns aprisionados ainda em plena efervescncia do regime montado no Brasil com apoio da CIA, outros porque eram transferidos de outras celas do 16 RI, como foi o caso de Luiz Gonzaga, diretor dos Correios.

Dado o tempo decorrido e ter me descuidado no que toca a anotaes, no me possvel descrever agora, ado tanto tempo, quem mais ficou em nossa cela, mas lembro-me bem que, sessenta dias depois recebi ordem para comparecer devidamente escoltado presena do capito nio de Albuquerque Lacerda. E qual no foi a minha surpresa, quando ele me disse que estava em liberdade, mas que no seria definitiva, porque “ainda estavam apurando muita coisa a seu respeito”. At ali no sabia que era to perigoso e que merecesse da CIA, ora instalado no Brasil, cuidados to especiais.

ei doze dias solto, tendo voltado a trabalhar nos Correios e, noite, na Tribuna do Norte, onde exercia a funo de jornalista, levando a vida normal de um homem que se considerava livre. A alegria durou pouco, pois numa tarde cinzenta e fria vejo entrar no gabinete do diretor regional Sabino Troccolli, o lugar-tenente do capito Lacerda, o oficial Roosevelt. A desconfiei e a minha desconfiana concretizou-se quando o secretrio dos Correios entrou na sala onde eu trabalhava, para me comunicar que estava sendo chamado ao gabinete do diretor.

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