Comit
Estadual pela Verdade, Memria e
Justia RN
Centro
de Direitos Humanos e Memria Popular
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Eis
um homem com a vida dedicada
A lutar dedicado em prol da vida...
Nas trincheiras da classe oprimida,
Ombro a ombro com a massa explorada;
Transformando o viver numa jornada
De amor, de coragem, de verdade;
Enfrentando o poder da crueldade
Contra a lgica cruel da explorao,
Do arbtrio, do jugo, da opresso
E a sonhar acordado com a igualdade!
Este
homem despiu-se de ambies
Pra poder se vestir de luta e sonhos
Encarando os poderes mais medonhos
Dos meganhas, gorilas e patres,
Agitado agitou as multides
Transformando o perigo em gua calma;
Nunca quis destacar-se ou buscar palma
E se o medo existiu, ou por ele,
Assustado correu com medo dele
Sem poder habitar a sua alma!
Quando
as trevas nos cus deste Pas
Como mata-borres nos achataram
E as esteiras de ao se arrastaram
Arrastando metrancas e fuzis;
Quando um medo infeliz de ser feliz
Invadiu a nao de canto a
canto,
Este homem jogou-se sem espanto
Nos pores como um facho em noite
escura
Sussurrando canes sem partitura,
Gritos surdos de guerra e de acalanto!
Ao
cair sobre ns uma cortina
De coturnos, algemas, chumbo e ao
Saiu ele a colar cada bagao
Tendo o sonho improvvel por resina;
Mesmo a morte a espreitar-lhe em cada esquina
Fez da dor um rastilho de poesia
Remendando esperanas de alegria,
Costurando retalhos de esperanas
Entranando fiapos, e, com as tranas,
A bordar sem agulha, a fantasia!
Seus
heris no estavam nas escolas
Ilustrando lies fantasiosas
Onde as aulas das pginas mentirosas
Escondiam indgenas, quilombolas,
Seus vigrios oravam sem estolas,
Seus guerreiros lutavam sem quartel
Entre os chefes no tinha coronel
Era outro o altar da sua S:
Lnin, Marx, Stalin, Mao Ts,
Ho Chi Min, Che, Lumumba e Fidel
No
Brasil eram suas referncias
Olga e Prestes, guerreiro da coluna,
Rubens Lemos da pena e da tribuna,
Z Praxedes que fez as excelncias
Destronadas por novas conscincias...
Vulpiano, Vivaldo e Maranho,
Marighela e Man da Conceio,
Mrio Alves, Giocondo e Pretextato,
Astrogildo, Joel, Manuel Torquato
E as Ligas de Chico Julio!!!
Seus
apstolos na nova pregao
Pelo fim do regime, at que enfim,
Era a turma que ia Vaz Gondin
Pra Maria servir-lhes refeio:
Dois Rivaldos, Ferreira, Damio,
Ivanildo, Ernesto, Bira e Mano,
Chico Pedro, Getlio e Cipriano
Z dos Santos, Cesrio, Eliziel
Vendo Lula enfrentando coronel
E de um novo partido a fazer plano!
Foi
a que surgiu nosso PT
Um partido de classe, pela base,
A poltica vivendo nova fase
Ao invs de “o senhor”,
“eu e voc”,
O partido que ia ser PP
Se tornou mesmo “dos trabalhadores”
Sem vassalos, sem reis, sem ter senhores,
Nem escravos, chefes nem generais,
Sem tambm os cabos eleitorais,
Uma sigla dos prprios eleitores.
Para
ter uma base social,
Antes mesmo de disputar mandatos
O partido partiu pra os sindicatos
Enfrentando a ganncia patronal
Para entrar na estrutura sindical
Cuja rdea o governo tinha
mo
Sob os ps do pelego e do patro
Que mantinham entidades amarradas
Foi preciso comer pela beiradas
E sair construindo oposio.
Foi
a que este homem agigantou-se
Esqueceu-se do emprego e da famlia
Uma hora em So Paulo, outra em Braslia;
De repente acabou-se o que era doce...
Dia e noite ia aonde quer que fosse
Pra criar comisses ou diretrios;
Do Jurdico, rodando em escritrios:
Atas, fichas, registros, seminrios,
Camponeses, alunos e operrios,
Pastorais, eleies, greves,
cartrios.
A
driblar o alcaguete e a escolta
Semeando, a mancheia, a viso crtica
Refundando os conceitos da poltica
Injetando dosagens de revolta
Conscincia poltica, enfim
se solta
Quem vivia calado, enfim discute,
Pouco a pouco este esforo repercute
Comisses, mais as CEBS e a OIAT
A ANAMPOS e o brilho da CONCLAT,
Cutiladas que do CONCUT e CUT!
A
L
D
E
M
I
R
L
E
M
O QUE QUE LHE FALTA FAZER MAIS
SE O QUE ELE J FEZ, OUTRO NO
FAZ!