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Tecido Social Correio Eletrnico da Rede Estadual de Direitos Humanos - RN N. 009 – 08/11/03 10124r

A segunda conferncia do sbado discute um projeto social para o Brasil

A segunda conferncia do dia teve como tema "Justia Social, direitos humanos, igualdade entre mulheres e homens, geraes e superao do preconceito racial no Brasil", com Alessandro Gama (Movimento Macional dos
Meninos e Meninas de Rua), Mary Castro e Leonardo Boff (telogo e escritor). Alessandro Gama iniciou sua palestra lembrando que, antes de falar do Brasil que queremos, precisamos retratar o Brasil que temos. Ele refletiu sobre a necessidade de promover a justia social para reverter o quadro de misria, que atinge cerca de 30 milhes de crianas e adolescentes do nosso Pas.
Depois de falar sobre a importncia do estatuto da criana e do adolescente, alertou para a grave situao dos! menores, dos jovens e das mulheres do Brasil, usando para isso estatsticas preocupantes: 4,2 crianas e
adolescentes so assassinadas por dia; 70 por cento das cadeias esto lotadas com gente entre 18 e 25 anos por envovimento com as drogas. Para ele, esses nmeros comprovam que o Brasil " marcado pelo extermnio de
crianas e adolescentes" e que "a nossa poltica pblica de segurana pautada na eliminao do indivduo". "A pena de morte est nas ruas", finalizou.

Mary Castro defendeu a implantao de "polticas afirmativas" para diminuir a desigualdade entre negros e brancos nas universidades pblicas. Condenou o uso de "rtulos", usados para taxar homosexuais, negros, mulheres e jovens. Para ela, no possvel falar em justia social como se fosse uma coisa alheia economia. "O Brasil progressista nas polticas sociais e conservador na poltica econmica".

Leonardo Boff - recebido com efusivos aplausos do pblico que, mais uma vez, lotou o Mine! irinho - disse que o sonho de mudar o Brasil s possvel "de baixo para cima, incluindo os milhes de excludos e destitudos, e de fora para dentro, a partir das nossas possibilidades, do que podemos construir na globalizao enquanto nao soberana". Ele considera "uma vergonha" o fato
de, 500 anos depois, ainda mantermos a diviso que estigmatiza a sociedade. O telogo afirmou que nosso Pas revela toda a tragdia personificadora da humanidade, mas, ao mesmo tempo, revela tambm a esperana de mudar. Ele considera que preciso cobrar do Estado a promoo do bem social aos brasileiros. Chamou a ateno para a necessidade de unir "inteligncia e misria" - o saber acadmico a servio da justia social, para integrar a
sociedade e articular os movimentos sociais na luta por um outro Brasil. Leonardo acredita que preciso inaugurar uma nova tica pblica, que ele chama de "tica do cuidado". "Poltica no apenas gerenciar contas, controlar inflao e acalmar merca! dos. O principal o cuidado com o povo". Ele conclamou o pblico para "manter o horizonte de esperana e a dimenso da utopia", arrancando aplausos da platia ao dizer que "Deus caminha conosco e pode at mesmo ser brasileiro".

Para finalizar, fez uma crtica forte contra a ALCA. Para ele, a ALCA " uma ameaa ao sonho de construir aqui (Brasil) uma potncia tropical inclusora e no excludente" e "uma vontade assassina de nos submeter dominao americana". Finalizou dizendo que nessa luta de construir um novo Brasil e de transformar o mundo, "tudo
vale pena".

Pelo Comit de Imprensa do Frum Social Potiguar

Veja tambm:
- ESPECIAL FRUM SOCIAL BRASILEIRO - TERCEIRO DIA
- Um projeto popular para o Brasil
- ENTREVISTA. Nal Faria (Organizao Feminista "Sempre Viva" e Marcha Mundial das Mulheres)
- O Brasil racista e Lula
- ENTREVISTA. Alessandro Gama (Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua)
- ENTREVISTA. Ali Nakhlawi (Unio da Juventude rabe para a Amrica Latina). "Israel impede que os jornalistas em aos lugares onde ele comete seus crimes"

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