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Tecido Social Correio Eletrnico da Rede Estadual de Direitos Humanos - RN N. 008 – 07/11/03 6r5e20

ENTREVISTA

Jos Arbex

"A luta pela democracia indissocivel da luta pela mdia independente"

Jos Arbex, articulista da revista Caros Amigos, editor do jornal Brasil de Fato e escritor, foi conferencista da segunda palestra do dia e, ao terminar a conferncia, concedeu uma entrevista coletiva qual participamos e que reproduzimos.

O que diferencia a mdia considerada oficial da mdia chamada de independente?

A mdia o veculo de propagao daquele que ns chamamos de discurso nico, ou seja, a viso neoliberal que sustenta que o mercado o destino de todas as coisas. O papel da grande mdia impor esta viso da realidade e impedir que outras vozes apaream. Em contrapartida, a mdia independente aquela mdia que procura fazer com que as outras vozes exeram na prtica seu direito de existir. Portanto, imprescindvel, indissocivel da luta pela democracia a luta por uma mdia ind! ependente: se trata da mesma luta.

As rdios comunitrias representam uma alternativa ao sufoco cultural que o Brasil sofre?

Em Belo Horizonte existe uma das principais rdios comunitrias do Brasil que Rdio Favela, que funciona h mais de dez anos, e interessante porque toda rdio comunitria acaba sendo na realidade um centro organizador: onde se instala uma rdio comunitria, logo depois surgem associaes de moradores, escolas, bibliotecas populares, etc. Isso demonstra que a luta pela liberdade de informao na verdade tambm a luta pela organizao independente das comunidades. As rdios comunitrias tm a vocao de organizar os movimentos culturais, de organizar a sociedade permitindo que todas as vozes apaream. Acho que elas hoje so uma das esperanas que temos para fazer que os movimentos populares consigam crescer. Amanh, sbado 8, vamos ter uma jornada no Mineirinho em que os movimentos sociais vo denunciar o papel da grande mdia,! e nesta denncia as rdios comunitrias vo ser fundamentais. A rede de informao capilar que elas vo criar para informar livremente a sociedade vai ser fundamental. Acho que no existe hoje uma luta pela mdia independente que no e pela formao e multiplicao das rdios comunitrias. No toa que o poder classifica as rdios comunitrias de rdios piratas. Existe uma analogia entre a terminologia usada pela mdia para definir as ocupaes do MST, classificadas como invases, e as rdios comunitrias, chamadas de piratas: as duas so palavras que deformam, distorcem o sentido real do que o MST e as rdios comunitrias fazem e representam. uma das maneiras que a mdia usa para estigmatizar os movimentos sociais, a mdia independente e a luta pela liberdade.

Como contribui o jornal Brasil de Fato luta por uma mdia independente?

Atravs da circulao de opinies, de fatos, de dados, de idias que normalmente no encontrariam e! spao na grande mdia que engessada, monopolizada e propagadora do "discurso nico".

Como que os Fruns como este fortalecem a luta contra a globalizao neoliberal?

Acho que est ficando cada vez mais clara a percepo de que, no fundo, livre comrcio, militarizao, monoplio das tecnologias so diferentes faces de um mesmo processo. impossvel haver livre comrcio sem militarizao para garant-lo contra quem se opoe a ele (que de ?livre? no tem nada porque monoplio de meia dzia de coproraes), e por outro lado impossvel haver resistncia sem haver uma produo intelectual. Portanto, o livre comrcio e a militarizao se voltam contra a produo intelectual. Nesta medida, ao permitir a circulao e o debate de idias,os Fruns se constituem como elementos centrais para combater o processo de monopolizao da informao e de globalizao armada.

Veja tambm:
- I FRUM SOCIAL BRASILEIRO - SEGUNDO DIA
- Alca e OMC: instrumentos de dominao
- A voz do povo no Frum
- ENTREVISTA. Maria Luisa Mendona. "O Brasil est envolvido na estratgia dos Estados Unidos de controle dos recursos naturais do continente"
- Transposio de fronteiras na mdia
- ENTREVISTA. Borges. “A base de Alcntara s nos trouxe mais misria”

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