Poemas
e Manifestos
4d3763
Dezembro/1991
sada de Gorbachev
Muda a histria,
sem glria e sem heri.
Cai na bandeira
tomada de suas mos
Outros viro,
traando novos mapas
Marcas sensveis
na histria dos irmos.
Que Unio
essa tomada de surpresa?! Tornou-se presa de afoitos ideais...
Correu o sangue dos poetas, dos soldados, Dos cientistas, das
mulheres enlutadas Vidas cortadas da memria tudo igual?
Revoluo, teu
nome morte e vida? Bandeiras caem, pra outras se agitarem
lugares postos, marcados de poder. Tristes momentos pensados para
o povo Tudo de novo... A histria acontecer.
D pra pensar em
futuro nesse mundo! Gente-criana, gente-grande e gente, mais...
Como fazer para tecer essa outra teia, que no sufoque, nem
segure os ideais?!
Fazer caminho ,
tambm, mudar de rota pra encontrar as sadas, mais queridas, e
entreg-las aos amantes da Razo Fazer caminho inventar
os ousados mergulhados nos instantes da Emoo.
Cai a Bandeira de
uma Unio" j desunida mas no cai nunca, o Projeto de
Paixo.
Ceclia
Pires.
RIMA DE RESISTNCIA
Estejam certos
senhores,
Jsimo aqui est.
Nunca esperou trs
dias
Pra da cova
levantar.
Vive no meio do
povo
Construindo o
mundo novo,
Seu corpo que
ficou l.
Plantando como a
semente
Esperando a sua
gente
A liberdade
cantar...
O sol vai-se
deitando, Os raios prpuros recolhe, levando consigo a decncia
dos que se assemelham aos deuses.
A noite ento
acoberta
no sinistro
escuro do ventre
o sangue inocente
das vtimas
programadas do
sistema insano.
E os olhos do
mundo esperam
o certo retorno
do dia.
E os ventos
noturnos sopram
subversivos murmrios.
Gritos reprimidos
de inconscientes desejos projetam-se assim aos tempos futuros,
enquanto que aos que nada sonham e nada esperam cumpre-se o crculo
da totalitria rotina.
Josias
Dias da Costa
Mineiros,
1987
ALM DA APARNCIA
Para alguns somos
a sombra, somos minoria ou gente de cor
Msticos e
simbolistas, ginga imvel humana a amenizar a dor
Tentamos mostrar
a arte de inventar caminhos
Mas, vocs no
viram
J que h sculos
resistimos insistentemente em sobreviver
Por que tanta
indiferena? O que comum na nossa crena?
Conquistamos
parcerias, com alegria que sempre se d
Vamos abrindo
espaos, embora, escassos a gente quer chegar
Tentamos falar do
simples, do cotidiano e vocs ouviram
Muito embora
consentido, no compreenderam o valor que h
Por que tanta
indiferena? O que comum na nossa crena?
Nosso invento e
objetivo am pela alma ou subjetivo
O resgate do
humano, latino hermano e ou universal
Tentamos mostrar
que existe a discriminao
Muito mais
sofisticada que a aparente
Vemos que vocs
concordam, mas, no fundo, a dvida
integrar-se a
gente.
Por que tanta
indiferena? O que comum na nossa crena?
s vezes somos
notados como animadores na hora da festa mas, o sonho do palhao,
rei dalegria pouco conhecido Nossa voz rompeu barreiras em
forma de cano e vocs sentiram
Precisamos falar
forte revelando o sonho e nossa inteno Gente nossa fique
atenta nosso sonho e crena contam com vocs
Salvino
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