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A
advogada dos mil processos
Jornal do Commercio – 30.01.1989
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Voc
assistiu priso de Gregrio? Lembra-se do dia em que ele foi
posto em liberdade?
E
quem enviou o cobertor para Gregrio quando ele saiu do Brasil?
Como
foi a priso de Cndido? 1y1567
Por
que voc to criticada?
Qual
a participao de seu irmo militar?
Cndido foi baleado na descida da ponte
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A
advogada Mrcia Albuquerque vem recebendo dezenas de telefonemas,
a propsito dos depoimentos ao reprter Ronildo Maia Leite,
sobre episdios polticos das dcadas de 60 e 70. A sua narrao
envolve muita gente e est montada em cima de valiosa documentao
e que est sendo organizada para se transformar em um livro,
de dois volumes, j contratato com uma editora de So Paulo.
Entre
os telefonemas, alguns annimos. E, claro, de ameaas. Mrcia
no se preocupa e hoje est continuando com seu depoimento.
Fala da priso de Gregrio Bezerra e do dia em que o lder comunista
foi encaminhado para o exlio na Europa. Relembra os lances
dramticos da madrugada em que o estudante Cndido Pinto foi
baleado, quando ava pela ponte da Torre.
Muito
a propsito, o editor de Memria/Hoje registra aqui uma inteno
bastante clara: o espao est aberto a todas as pessoas, de
qualquer tendncia ideolgica. O objetivo do Jornal do Commercio
contar a histria poltica do Recife atravs das pessoas que
nela estiveram envolvidas, diretamente. Assim, prosseguimos,
na certeza de que a histria do povo pelo prprio povo deve
ser contada.
Voc
assistiu priso de Gregrio? Lembra-se do dia em que ele foi
posto em liberdade?
Mrcia
–
Praa da Casa Forte, 1964. Avistei Gregrio Loureno Bezerra.
Quase desnudado. Usava apenas um calo. Do pescoo de Gregrio,
saa uma corda com trs pontas. Trs jovens militares arrastaram
o lder comunista.
Gregrio
sangrava principalmente de um ferimento na cabea e pela boca.
Dava-me a impresso de que iria cair, mas o lendrio comunista
caminhava. Abria o cortejo o Cel. Darci Villocq Viana, que agitava
algo que me pareceu um cano de ferro. Cheio de um dio urgente,
concitava o povo para linchar Gregrio, a multido presente
fazia-se ausente quele macabro convite. Quando o velho cambaleava,
abria os braos para manter o equilbrio, recebia coices de
fuzil. No gosto de falar nisso.
E
quem enviou o cobertor para Gregrio quando ele saiu do Brasil?
Mrcia
– Recebi
um cobertor usado das mos de uma operria. Lembro-me de um
detalhe, tinha bastante varizes nas pernas, no me recordo o
nome dela, e me pediu que o entregasse a g. era a hora da partida
e coloquei-o nos ombros, carinhosamente, o agasalho. Disse-lhe
que uma operria lhe mandara. Abraou-me muito srio. Nos despedimos.
A
Polcia Federal colocou-o num Volks. Saiu primeiro o carro da
polcia. Corri para a rua e gritei para a imprensa: “Gregrio
vai no Volks”. A polcia queria frustar a imprensa.
Fui
presa na ponte que liga as ruas Nova e da Imperatriz. Fui para
o DOPS. L estava o jornalista Ricardo Noblat e outras pessoas.
A noite esfriou. Vestia um vestido leve. Noblat havia recebido
alimentao e roupa e emprestou um palet de pijama num gesto
carinhoso e deu-me alimentao.
Como
foi a priso de Cndido?
Mrcia
– Cndido
Pinto de Melo, conheci-o bem jovem, quando se envolveu no primeiro
processo, n. 80/66, juntamente com Henrique Roberto Ramires
Pinheiro da Silva, Acio Marcos Medeiros Gomes de Matos, Frederico
Jayme Kartz e Luciano Dourado.
Sobre
Cndido pesava a acusao de ter participado de um Tribunal
Popular na Faculdade de Engenharia para julgar colegas acusados
de delao. O que houve na realidade foi uma assemblia geral
de associados, na prpria escola, onde compareceram centenas
de alunos, onde trataram da reabertura do restaurante da escola,
a posio assumida por dois colegas que serviram de testemunha
num IPM, contra outros estudantes; deciso quanto ao funcionamento
do chamado “Curso Heitor Maia”, dispensa do vestibular para
pessoas portadoras de outros cursos superiores. Dessa Assemblia,
resultou a aplicao de sanes internas aos dois estudantes
tidos como delatores – a deciso foi tomada pela expressiva
votao de 400 votos contra 11.
Cndido
tinha apenas 18 anos e era secretrio do Diretrio Acadmico.
Depam como testemunhas de defesa de Cndido o Major Pedro
Paulo Cantalice, Jos Britto os Jnior e Jos Roberto Rios
Leite.
Como
testemunhas de acusao, depam Luiz Antnio de Andrade Bezerra,
Maria Angela Campelo de Melo, Bruno Rodrigues de Castro e talo
Tadeu de Carvalho Freitas. A denncia oferecida pelo promotor
Francisco de Paula Aciolly dizia:
“O
Inqurito Policial Militar anexo apurou com muita segurana
a situao perniciosa do desvio trotskista da linha do partido
comunista, agindo segundo a sua tcnica no setor estudantil,
consoante a instruo do que foi decidido em reunio Tri-Continental
de Havana, tendo como ponto mais visado e pertinazmente trabalho
da Escola de Engenharia”.
Na
residncia de Cndido, foram apreendidos vrios documentos manuscritos,
referentes Escola de Engenharia, ata de eleio de representantes
de turma, relao de alunos, uma nota de compra da Livraria
Colombo no valor de Cr$ 14,300, um livro de atas e um folheto
“Resoluo Poltica dos Comunistas”.
Cndido
foi condenado a um ano de deteno. Votaram pela absolvio
o presidente do Conselho, Major Jos Luiz Jaburandi e o capito
Ronaldo Jos Leite. Funcionou como auditor Dr. Amilcar Cardoso
de Meneses que votou pela condenao de Cndido. O julgamento
foi em 18.04.67.
Cndido
era inteligente, discreto, consciente da situao poltica do
Pas, liderava realmente os colegas.
28.04.69,
aproximadamente s 22 horas, na parada de nibus da Ponte da
Torre, onde Cndido esperava um transporte, ou uma rural
Willys. Um elemento mascarado saltou e desferiu-lhe dois tiros.
O primeiro atingiu-lhe a face, o segundo o ombro e a coluna
vertebral, seccionando-a tinha 21 anos e cursava o 4 ano de
Medicina. Estava em vigncia o AI-5.
No
dia 28.04.69, tarde, esteve na residncia de Dona Elinor,
me de Cndido, a moa Risoleta Cavalcanti para convid-lo para
ajud-la a organizar um festival de arte e uma quermesse.
Primeiros
socorros. Um txi que o transportou para o Pronto Socorro, onde
permaneceu entre trs a quatro dias, sendo transferido para
o Hospital Pedro II, onde permaneceu at junho de 1969. Em agosto,
foi para So Paulo, para o Hospital da Beneficncia Portuguesa
pelo INPS.
Ao
receber a notcia do atentado, Dona Elinor, me de Cndido,
ou no hospital e depois veio avisar-me. Fui para o Pronto
Socorro e senti que eram graves os ferimentos pela fisionomia
dos mdicos. J haviam policiais por toda parte.
Cndido
quando foi para o Hospital Pedro II, a ambulncia foi seguida
por vrios carros da polcia. Comeou um perodo muito difcil.
Pessoas estranhas apareciam, querendo entrar no quarto. Os amigos
e a famlia muito vigilantes. A tudo que era barulho estranho
durante a noite perto da janela do quarto, uma srie de presses
para aterrorizar.
Dr.
Miguel D’Hert dedicou-se ao paciente corajosamente, incentivando
Cndido, ajudando a famlia, sempre disposto a atender, a ouvir
o enfermo. Uns oito dias depois que Cndido chegou ao hospital,
observei que as pernas dele se movimentavam sem o comando do
crebro. Era como se tivesse vida independente. Consultei um
mdico amigo, que me disse apenas: “no tenha iluses”. No
comentei com ningum, nem com Rosa, a noiva dedicada, mas fiquei
transtornada, desesperada com a tragdia.
Chegaram
centenas de cartas de vrios pases, contestando a violncia
e solidrios com Cndido.
Colaborou
na defesa de Cndido o advogado Paulo Arguelles Costa. Cndido
ficou sensvel infeces urinrias e precisava de um antibitico
difcil de ser encontrado. Vrias pessoas colaboraram, trazendo
o medicamento, principalmente um padre louro que tinha uma cicatriz
no pescoo. Nunca perguntei-lhe o nome.
Todos
j sabiam que Cndido estava paraltico. Mesmo assim, foi denunciado
em um novo processo. Cheguei a viajar para So Paulo acompanhando
o conselho, na ocasio em que foi interrogado, para dar-lhe
assistncia e apoio.
Sei
que Cndido concluiu o curso de Engenharia e trabalha no Sul.
A ltima vez que o vi foi na missa de Dona Elinor Melo, minha
amiga muito querida. Acredito que esteja bem.
Um
fato que me lembro agora. No primeiro processo que Cndido respondeu,
Roberto Ramires, na hora da sesso secreta, fugiu. No momento
da leitura da sentena, o auditor perguntou-me por Cndido e
Roberto. Respondi-lhe que no sabia onde estavam. noite fui
presa, para “confessar” onde estavam os clientes. Presa na rua,
quando chegava em casa. No dia seguinte, me dirigia para o banheiro
com dois agentes, quando Tecrito Guerreiro me avistou. Discretamente,
se aproximou e se inteirou que estava presa. Imediatamente comunicou
a OAB. No esqueo o gesto amigo do colega Dr. Jos Neves, foi
secretaria, levou-me livros, revistas, deu-me um pouco de
segurana.
Por
que voc to criticada?
Mrcia
– De
repente comeou chegar chocolates, doces, frutas, e at flores
que os colegas mandavam. Fui liberada, sem explicaes.
Sofri
muito e continuo sofrendo com essa participao poltica, sem
estar preparada para assumir um papel de tanta responsabilidade.
Veja
bem, tenho um irmo militar, que sempre foi contra a minha participao
na defesa do perseguido poltico, preocupado comigo, e achava
que havia influenciado Sandino a participar da poltica estudantil.
No rompeu relaes, pois somos amigos, e eu sabia dos riscos
que ele corria naqueles tempos difceis quando nos encontrvamos,
amos a um bar e falvamos da nossa famlia. Tenho um primo
legtimo, meu primeiro afilhado, tambm militar, que se afligia
quando eu era presa. Afastei-me dele para no prejudic-lo.
E tem mais, tratei a esposa dele grosseiramente para romper
a amizade, para proteg-lo, porque em uma das minhas prises
perguntaram-me se o conhecia . at hoje, no falo com ele e
isso me magoa. Sou madrinha de mais duas irms dele e filho
da tia que mais gosto. Uma das vezes, estava detida na SSP-DOPS,
ento recebi uma coca-cola e dois sanduches, do jeito que gosto.
Pensei que teria vindo de casa e ei a receber coisas que
usava, que gostava, nada desconfiei.
Na
hora da sada, l estava minha ex-aluna que me abraou e chorou,
contou-me uma histria de vida muito triste, e tambm me disse
integrar a Polcia Feminina. Ajudou-me, inclusive no caso de
Luciano Siqueira. Tenho por ela carinho, o mesmo de quando,
adolescente, estudava comigo. Mantive uma influncia grande
na vida dela. Deixou a polcia, advogada. Tive uma surpresa
interessante: indo ao DOPS, visitar um cliente, encontrei com
o rapaz que se criou praticamente comigo em Alagoas, bem mais
moo que eu, e perguntei-lhe: “Voc est preso?”. Ele riu. “Quem
vai ficar presa voc; sou delegado”. Conversamos muito sobre
Alagoas e esse careta, sempre que podia, atendia-me e me disse
muitas vezes: “Voc vai me prejudicar”, e quando no podia atender
dizia “no possvel”, e tnhamos brigas srias. Ajudou muita
gente. As pessoas radicais me criticam por manter as minhas
amizades.
Lembro-me
agora de uma das greves de fome dos presos polticos. Veio de
Joo Pessoa Nizi Marinheiro, que conseguiu convencer o procurador
Acyoly ir com ele at aos presos. Nizi tentou convenc-los a
terminar a greve, o que no foi de pronto atendido. Nizi heri
de guerra, perdeu uma mo quando retirou uma granada do grupamento,
tendo ela explodido, levando sua mo. Era meu amigo, e eu o
mantinha informado da tramitao dos processos dos clientes
dele e fatos que aconteciam com os presos. Uma noite, Nizi me
telefona e pede-me para localizar Xanha – Alberto Vinicius de
Melo, que no se sabia onde estava. Logo o localizei no IV Exrcito
com outros presos, Xanha tomando soro e tremia muito. Acredito
que estava em choque. Nizi era advogado de Vinicius e tomou
as providncias legais. Quando puder falarei da luta dos estudantes
aqui nem Pernambuco, Paulo Pontes, Ramires Maranho, Marco Burle
e outros.
Boris,
sempre me apoiou. Certa vez, fiz um requerimento e faltou-me
palavras para argumentar. Boris levantou-se e disse o que eu
desejava. O Auditor ficou zangado, ganhamos o pleito. No posso
esquecer o carinho de Regina, sua esposa. Chegava l, ela convidava-me
para almoar, aceitava, sempre me oferecia um lanche, eu sempre
aceitando, no dispunha de dinheiro para restaurante, os clientes
no podiam pagar. Boris sempre colaborou, lendo minhas defesas,
orientando-me nas peties. Era a alegria da auditoria. Certa
vez, iniciou uma defesa, homenageando as mulheres das casas
de luz vermelha. O Auditor, Dr. Teles, protestou. E Boris, rindo,
perguntou se ele no havia frequentado aquelas casa. O Auditor
no respondeu. Estvamos participando do julgamento de Porto
– o sindicato ficava no 2 andar de um prdio prximo ao porto;
no 3 andar um bordel e, no trreo, um bar “Cova da Ona”, Boris
dizia: “Que estranha subverso, em cima as mariposas, e embaixo
perigosos felinos”. E eu ria.
Certa
vez, Carlos Moreira vai visitar um cliente no Quartel de Olinda.
Diz o Coronel: “Dr. O senhor pode falar, mas nada de contato
fsico”. Responde Carlos Moreira: “T me estranhando coronel?”.
O contato fsico era no trazer correspondncias.
Joo
Batista Fonseca e Dermeval Lelys estavam sempre me defendendo,
quando os militares me acusavam de comunista. Os primeiros advogados
na auditoria Boris Trindade, Toinho de Brito Alves, Nilzardo,
Carlos Moreira, eu e Fernando Tasso.
Qual
a participao de seu irmo militar?
Mrcia
–
Sandino de Albuquerque Ferreira era presidente do Diretrio
Acadmico da Universidade Rural. Meu irmo, dez anos mais novo
do que eu, e muito querido. Estudava Veterinria e comeou a
participar da poltica estudantil. Chamei-o e preveni-lhe dos
riscos que corria, sobretudo por ser meu irmo. Ele decidiu
continuar. Atraiu a fria do Reitor, Cludio Martiniano Ferreira
Selva. ou a ser perseguido.
Em
07.04.69, atravs da Portaria n. 07, assinada pelo professor
Humberto Vernet, foi suspenso 180 dias das atividades escolares
porque protestava e denunciava as irregularidades na escola.
No
dia 30.04.69, Sandino e os seguintes colegas eram citados com
base no Decreto 477/69 para defenderem-se. (Em um s ms Sandino
era punido duas vezes pelo mesmo fato), Jos Gomes de Lima,
Jailton Balleino dos Santos, Gregrio Isaac Macedo, Veramilton
Almeida da Silva, Petrnio Correia Sodr, Geraldo Paes Vasconcelos,
Glauco Augusto Duque Porto, Antnio Castanha Souza, Alberto
Soares da Silva, Marcelo Apolinrio de Oliveira, Nailton Tenrio
da Costa, Relcio Jos Pinheiro Mendona, Helenice Pereira Tavares,
Roberto Leite Targino, Rosemary Alves de Almeida, Etevaldo Balbino
da Silva, Paulo Eduardo de Andrade, Joaquim Xavier de Arajo,
Absolon Pedroza Bezerra, Mareval Rodrigues de Lima, Plnio Vasconcelos
Brito, Jarbas de Arajo Pires, Valmir Costa.
Sei
que muitos no conseguiram concluir o curso, outros mudaram
de curso, outros se engajaram em partidos clandestinos.
Em
17.05.69, os jornais publicavam a cassao por trs anos de
Sandino e seus colegas. S as duas moas escaparam.
Geralmente,
se encontrava 30 agentes policiais na entrada da Universidade
Rural. Era uma provocao.
Sandino
e Moura fugiram para Alagoas, aram um ms escondidos numa
escola agrcola. Depois, procuraram o grupo de AP e pediram
ajuda. A ajuda seria dada, com a condio que ingressasse na
AP. Sandino e o colega no aceitaram. Voltaram para Recife,
aram a viver escondidos em casa de amigos. Sandino, como
Moura, no tinha filiao poltica. Sandino continua sem ser
filiado em partido de esquerda ou de direita. independente.
Moura eu no sei.
As
casas dos amigos eram vasculhadas, meu filho Aradin, de apenas
quatro anos ameaado de morte, a polcia me seguindo, uma ciranda
satnica.
Viajei
para Fortaleza, para funcionar no processo de Ivanildo Sampaio
Xavier. No dia seguinte, Sandino veio minha casa, imprudentemente,
ver minha me. Comeou a assistir a minicopa Brasil e Portugal.
Recebeu um telefonema. Era algum dizendo que Moura queria falar
com ele na Faculdade de Direito.
Apesar
da advertncia de mame, ele saiu e foi sequestrado pelo DOI-CODI
e sumiu. Estava no meio da audincia no dia seguinte em Fortaleza,
quando fui chamada ao telefone. Mame deu-me a notcia. Tranquilizei-a.
conclui a audincia e viajei para o Recife.
Comecei
a luta para avistar o meu irmo. Depois de uns cinco dias, recebi
um telefonema annimo que ele seria liberado naquele dia.
noite, Sandino chegou, a roupa rota e muito machucado. At o
ano ado ainda tinha as marcas das algemas no pulso.
O
interrogatrio foi direcionado para a minha atuao de advogada.
Queria a polcia pararela DOI-CODI saber o por qu da minha
dedicao ao perseguido poltico. Ele no falou nada que me
comprometesse ou comprometesse algum.
Abracei
o meu irmo longamente, queimava em febre, tinha equimose em
todo o corpo, no falei nada, ele tambm ficou em silncio,
estava alicerado ali, um amor muito maior.