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Para Dra. Mrcia Albuquerque

Peo-lhe que nos ajude sem demora destes momentos. Estamos recebendo h 36 dias punies injustas, que vem aumentando gradualmente. Primeiro nos foi tirado o banho-de-sol; logo aps desencadearam sucessivamente retirada de objetos teis e legalizados pela lei de custdia dos presos polticos. Tais so os objetos: televisor, duas radiolas, rdios, foges etc. Os foges tinham sido normalmente legalizados pelo secretrio do Interior e Justia e pelo superintendente do Sistema Penitencirio do Estado em acordo que chegamos por ocasio da greve de fome, o regimento interno ite que para punidos deve ser dado um banho-de-sol de oito em oito dias, o que no vem sendo cumprido. Tudo isto porque no aceitamos a ficar de p na hora do chamado que se d s 21 horas, no momento do recolhimento e totalidade dos presos. 624y1y

Pois bem, o Sr. Valdevino queria h 36 dias que ficssemos perfilados ante ele na hora da chamada. O Sr. Valdevino conhecido como o chefe de quarto que mais crime e arbitrariedade comete na Penitenciria, crimes que vai desde o assassinato de presos at a aplicao de regras internas a fim de perseguir presos, torturar e ass, tudo acobertado pelo Diretor.

comum a todas as reparties pblicas colocarem quadro de aviso em lugar visvel e nele expor as portarias, principalmente de interesse interno, ou os faz circular a fim de que todos tomem conhecimento das regras. Assim, quando o Sr. Valdevino exigiu que ficssemos de p e logo endossado pelo diretor, Klber, exigimos tal portaria, o que no nos foi apresentada e logo confirmada por um funcionrio do setor, que tal instrumento no existia. No existe Regulamento Interno estruturado. Muitas vezes o preso s toma conhecimento de alguns, quando comete certos atos que a casa toma como no compatveis com tais regulamentos. Agem sem respeito pessoa humana e sua dignidade.

Pois bem, ontem, 04 de outubro, o Sr. Erinaldo Borba, em conversa com o companheiro Luciano, confirmou o acima dito, quando disse ter autorizado ao Diretor Klber baixar portaria na qual os presos polticos devem responder o chamado de p. Ento s ontem, aps 36 dias, ou a exigir tal ordem legal (para eles); antes vnhamos sendo punidos ilegalmente. Nosso pensamento e atitude que devemos aceitar portaria desde que justa e honestas. Outra coisa, o Sr. Erinaldo comparou-nos a porcos quando disse a Luciano que agora ns amos chiar. O conjunto de es que aqui governam nos persegue por mesquinharias, com o fim de satisfazerem aos seus superiores, pensam eles que a melhor forma para subir as escadas da burocracia neste setor estatal, perseguir os presos polticos, de forma imoral.

Ns solicitamos sua colaborao para:

1) enviar telegrama ao Ministro da Justia relatando as arbitrariedades e pedindo pressa para resolver o caso;

2) falar diretamente com o Ministro do Interior e Justia e com o Superintendente do Sistema Penitencirio para compreenso do caso ora surgido, em detrimento dos direitos dos presos polticos assegurados em custdia ( faa convite a estas autoridades no sentido de que venham dialogar conosco;

a) direito a eletrodomsticos lei de custdia dos presos polticos);

b) sobre o rigor carcerrio (a Lei de Segurana Nacional assegura que no podemos ser tratados com rigor carcerrio);

c) alimentao especial (aqui recebemos alimentao de pssima qualidade, reconhecida pela casa);

d) no ser transportados em carros descaracterizados do preso de justia comum (Lei de custdia dos presos polticos);

e) direito a banho-de-sol semanal a presos em regime de punio no aceitamos a punio que ora nos impem regulamento do Sistema Carcerrio;

f) fomos punidos sem que houvesse portaria no sentido de que deveramos ficar de p;

3) os regulamentos internos para presos polticos devem ser baseados na Lei de Custdia dos Presos polticos;

4) o Diretor dita ordens sem observar a Lei de Custdia dos Presos Polticos e a Lei de Segurana Nacional, o que o leva a cair em extrema contradio.

Pedimos de sua parte de da parte do Dr. Jerson conforme achar conveniente impetrar imediatamente um mandato de segurana, a fim de que sejam assegurados os nossos direitos; como tambm que se faa uma representao ao STM, de outra maneira solicitamos suas presenas aqui, para tratarmos do assunto mais de perto, na prxima segunda-feira.

Agradecemos sua colaborao.

Abraos,

Samuel

Itamarac, 03.10.74

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