Trova do Vento que a
Msica: Antnio Portugal,1963
Letra: Manuel Alegre
Intrprete: Adriano Correia de Oliveira 3t644l
Pergunto
ao vento que a
Notcias
do meu pas
E
o vento cala a desgraa
O
vento me diz.
La-ra-lai-lai-lai-la,
la-ra-lai-lai-lai-la, [Refro]
La-ra-lai-lai-lai-la, la-ra-lai-lai-lai-la. [Bis]
Pergunto aos rios
que levam
tanto sonho flor das guas
e os rios no me sossegam
levam sonhos deixam mgoas.
Levam sonhos
deixam mgoas
ai rios do meu pas
minha ptria flor das guas
para onde vais? Ningum diz.
[Se o verde trevo
desfolhas
pede notcias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu pas.
Pergunto gente
que a
por que vai de olhos no cho.
Silncio -- tudo o que tem
quem vive na servido.
Vi florir os
verdes ramos
direitos e ao cu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento no me
diz nada
ningum diz nada de novo.
Vi minha ptria pregada
nos braos em cruz do povo.
Vi minha ptria
na margem
dos rios que vo pr mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a
partir
(minha ptria flor das guas)
vi minha ptria florir
(verdes folhas verdes mgoas).
H quem te
queira ignorada
e fale ptria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braos negros da fome.
E o vento no me
diz nada
s o silncio persiste.
Vi minha ptria parada
beira de um rio triste.
Ningum diz nada
de novo
se notcias vou pedindo
nas mos vazias do povo
vi minha ptria florindo.
E a noite cresce
por dentro
dos homens do meu pas.
Peo notcias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem
o trevo
liberdade quatro slabas.
No sabem ler verdade
aqueles pra quem eu escrevo.]
Mas h sempre
uma candeia
dentro da prpria desgraa
h sempre algum que semeia
canes no vento que a.
Mesmo na noite
mais triste
em tempo de servido
h sempre algum que resiste
h sempre algum que diz no.

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