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Segurana
Pblica e Combate Violncia
Muitos
governos municipais alegam que nada podem fazer no que se refere
ao combate ao crime e para melhorar a segurana pblica no mbito
local. Fundamentam que h limitaes legais j que a competncia
dos estados da Federao.
Efetivamente,
o art. 144 da Constituio Federal reputa aos estados a
organizao e o custeio da atividade policial seja esta
ostensiva ou investigativa. J a Polcia Federal e a Rodoviria
Federal so mantidas e organizadas pela Unio. E os municpios,
pela Carta Poltica, podem dispor em relao constituio
de guardas municipais destinadas proteo de seus bens,
servios e instalaes.
No
entanto, segurana pblica sim uma questo para os municpios,
por diversas razes. Primeiro, porque a questo da violncia
pera todas as esferas da federao, violando direitos e
prejudicando a qualidade de vida dos cidados. Tambm no
municpio onde devem ser realizadas polticas e aes
preventivas em diversas reas. mister que o Poder Pblico
esteja presente nas reas mais carentes da cidade, objetivando
incluir as reas urbanas mais desprovidas de servios -
geralmente nelas que ocorre maior ndice de delitos - aos
benefcios da cidade. Programas sociais, educacionais, de lazer
e esporte tambm so fundamentais no combate violncia.
Ressalta-se
tambm que crescente, nas cidades, o interesse de entidades
civis e de moradores em opinar em relao s propostas para a
melhoria da segurana pblica. A questo da segurana pblica
aparece como uma das principais reivindicaes da populao.
muito importante que a comunidade participe dos espaos pblicos
de formulao de aes e programas de combate violncia.
Aes
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21)
Criar Conselhos Municipais de Segurana Pblica ou outros rgos
de representao popular e social, compostos por setores
representativos da sociedade em cada municpio. As entidades
populares e de familiares dos presidirios tambm devem
participar. Estes rgos devem ser criados por lei municipal.
Os Conselhos teriam a competncia para debater assuntos
relacionados segurana pblica, propor aes e programas
ao Estado, encontrar alternativas para incrementar o efetivo
policial em cada cidade, acompanhar atividades da policia civil
e militar, agilizar proteo s pessoas ameaadas, realizar
visitas nas delegacias e presdios da cidade, estimular cursos
e atividades de Direitos Humanos, etc.
22)
Estimular o policiamento comunitrio. As poucas experincias
policiamento comunitrio no Pas apresentam bons resultados.
Como exemplo citamos a do bairro Jardim ngela, na cidade de So
Paulo, onde aps o incio do projeto a violncia foi bastante
reduzida. O policiamento comunitrio visa garantir uma relao
mais estreita entre os policiais militares e a comunidade, de
tal forma que se crie uma interao efetiva capaz de oferecer
polcia condies mais adequadas de trabalho e aos
moradores um servio de maior qualidade.
23)
Fiscalizar e solicitar informaes das polcias militar e
civil sobre o uso de armamento, quantidade de munio gasta e
armazenada, tipos de armas etc, de forma a valorizar a aumentar
o controle sobre o uso da fora e o emprego de armas de fogo.
24)
Criar ouvidoria municipal para receber denncias de violaes
dos Direitos Humanos. Estas ouvidorias receberiam reclamaes
sobre condutas ou situaes contrrias aos Direitos Humanos e
acompanhariam sua apurao, especialmente quando se tratar de
casos envo1vendo torturas, execues, abuso de autoridade,
desaparecimentos forados ou qualquer outra ocorrncia que
viole os Direitos Humanos, normatizados nos tratados
internacionais e na legislao brasileira. As ouvidorias
municipais atuariam em conjunto e de forma a contribuir com as
ouvidorias estaduais.
25)
Criar um banco de dados a fim de obter informaes sobre o
desempenho e eficcia da atividade policial, uso do armamento
pelas policias militares e civis, nmero de inqurito abertos
e concludos, tipos de ocorrncias atendidas, experincias
exitosas etc.
26)
Fazer um mapeamento da violncia no municpio e delimitar a
natureza e as circunstncias dos delitos mais comuns por reas
territoriais. Tambm mapear quais os bairros onde h maior
violncia, quem so as vitimas, como so cometidos os crimes,
horrios mais comuns em que so cometidos esses crimes etc.
27)
Controlar a ao das polcias e recomendar aos governos
federal e estadual a exonerao do quadro de funcionrios das
polcias os responsveis por condutas contrrias poltica
de segurana pblica com respeito aos Direitos Humanos.
28)
Promover campanhas pelo desarmamento e apreenso de armas
ilegais.
29)
Viabilizar maior articulao e integrao das polcias,
para isso viabilizar meios para a descentralizao tanto da
polcia militar quanto da civil fazendo com que elas possam
atuar conjuntamente e mais perto dos cidados.
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