Projeto DHnet
Ponto de Cultura
Podcasts
Direitos Humanos
Desejos Humanos
Educao EDH
Cibercidadania
Memria Histrica
Arte e Cultura
Central de Denncias
Banco de Dados
MNDH Brasil
ONGs Direitos Humanos
ABC Militantes DH
Rede Mercosul
Rede Brasil DH
Redes Estaduais
Rede Estadual RN
Mundo Comisses
Brasil Nunca Mais
Brasil Comisses
Estados Comisses
Comits Verdade BR
Comit Verdade RN
Rede Lusfona
Rede Cabo Verde
Rede Guin-Bissau
Rede Moambique

Comit Estadual pela Verdade, Memria e Justia RN Centro de Direitos Humanos e Memria Popular CDHMP Rua Vigrio Bartolomeu, 635 Salas 606 e 607 Centro CEP 59.025-904 Natal RN 84 3211.5428 [email protected] 392a6s

Envie-nos dados e informaes:
DHnet Email Facebook Twitter Skype: direitoshumanos

Comisses da Verdade Brasil | Comisses da Verdade Mundo
Comit de Verdade Estados | Comit da Verdade RN

Pgina Inicial | Anatlia de Souza Alves de Melo | Djalma Maranho | dson Neves Quaresma | Emmanuel Bezerra dos Santos | Gerardo Magela Fernandes Torres da Costa | Hiran de Lima Pereira | Jos Silton Pinheiro | Lgia Maria Salgado Nbrega | Lus Igncio Maranho Filho | Lus Pinheiro | Virglio Gomes da Silva | Zo Lucas de Brito

Jogado no rio 4f1f2v

Hiram de Lima Pereira (3/10/13 15/1/1975)

De acordo com o Dossi, Hiran era dirigente do PCB. Nasceu em Caic (RN), filho de Hilarino Amncio Pereira e Maria Marieta de Lima Pereira. Desaparecido desde 1975, quando contava 62 anos. Era casado com Clia Pereira e tinha quatro filhas.

Foi preso pelos rgos de segurana em 15 de janeiro de 1975, e est desaparecido desde ento. Sua morte foi reconhecida no anexo da Lei 9.140/95.

O ex-sargento do Exrcito Marival Chaves revelou que Hiran foi interrogado no centro de torturas e execues implantado clandestinamente pelo DOI-Codi em Itapevi, na Grande So Paulo, morreu sob torturas e o seu corpo foi lanado em um rio prximo a Avar.

Em 20 de setembro de 1976, foi julgado revelia pela 2 Auditoria da Marinha. No Relatrio de Ministrio do Exrcito consta que, em maro de 1991, reportagem veiculada pelo Jornal do Brasil relata que, na abertura dos arquivos do Dops/PE, os pesquisadores descobriram no pronturio do nominado um extrato bancrio do dia 28/1/75, concluindo que esta provavelmente foi a data em que ocorreu sua morte. No Relatrio do Ministrio da Marinha consta que em abril/75, foi preso por agentes de segurana.

Em um documento encontrado no Dops/RJ em 1992, identificado como DI/DGIE do RJ de 7/12/79 h a seguinte nota sobre Hiran: Teve seus direitos polticos cassados por dez anos em 20/2/67. Segundo documento aqui existente, teria sido preso em 15/1/75, e em 26/6/75, estaria desaparecido conforme Manifesto publicado pelo MDB.

No Arquivo do Dops/PR, foi encontrado o nome de Hiran em uma gaveta com a identificao: falecidos.

Trs encontros 5e5b3f

De sua filha Zodja Pereira:

Tomei conhecimento por relatos de familiares e conhecidos que meu pai j tinha atividades polticas bem antes de meu nascimento. Sei que, em meados da dcada de 30, foi detido no Rio de Janeiro, onde prestava servios ao Exrcito Nacional, servindo na PE, tendo ficado preso nessa ocasio cerca de um ano. Em 1946, Hiran foi eleito deputado federal pelo Estado do Rio Grande do Norte, onde conseguiu uma das maiores votaes na legenda do PCB. Logo a seguir foi cassado, junto com a legenda partidria, por ato do Governo Federal.

No ano de 1949, transferiu sua residncia para o Recife onde ou a ser um dos redatores do jornal Folha do Povo, rgo oficial do Partido Comunista Brasileiro, de mbito estadual. Concomitantemente, ou a trabalhar como vogal em uma das Juntas de Conciliao da Justia do Trabalho sediado no Recife.

Participou ativamente de todas as campanhas eleitorais, tanto de carter nacional, estadual como municipal. Por volta de 1958, Miguel Arraes foi eleito prefeito do Recife, tendo convidado meu pai para exercer as funes de secretrio de istrao da Capital Pernambucana, permanecendo nesse cargo por mais duas istraes sucessivas dos prefeitos Pelpidas e Liberato.

Em agosto de 1961, foi sequestrado por agentes do IV Exrcito, ficando desaparecido por dez dias, sendo que inicialmente, em local desconhecido e, posteriormente na Ilha de Fernando de Noronha. Aps essa priso retornou s suas funes de secretrio executivo municipal do Recife e atuou como ator de Teatro no Grupo Profissional, denominado Teatro Popular do Nordeste, estreando na pea de autoria de Ariano Suassuna A Pena e a Lei, com direo artstica de Ermilo Borba Filho.

Aps o Golpe Militar de 1 de abril de 1964, minha me, Clia Pereira, e minha irm, Sacha Ldice Pereira, foram detidas, no Recife, em nossa residncia como refns por agentes do IV Exrcito, ficando presas no RO, em Olinda. Os noivos de minhas irms, Ardigan e Nathanias, foram igualmente detidos. Meu pai estava clandestino na prpria cidade do Recife, onde ficou at o ano de 1966, quando se transferiu para o Rio de Janeiro e, posteriormente, para a cidade de So Paulo.

Dessa data at o ano de 1975, meu pai teve intensa participao nos movimentos polticos contra a ditadura e em favor da liberdade e da justia social, sendo que essas atividades foram exercidas no PCB e na qualidade de jornalista. Durante esse perodo, a par de suas atividades polticas partidrias, meu pai esteve sempre presente na vida familiar, mantendo contato comigo, com minha me e as outras trs irms.

Na agem de ano de 1974 para 1975 mantive meu ltimo contato com meu pai na residncia de Sacha, em So Paulo, no bairro de Campo Belo. Sei que minha me, com quem residia nesse perodo, manteve outros contatos com meu pai, na primeira semana de janeiro de 1975. Meu pai marcou trs pontos alternativos nas datas de 13, 15 e 17 do ms de janeiro, no tendo comparecido ao primeiro. Minha me foi detida no dia 15 na minha residncia. Ela ficou detida nas dependncias do DOI-Codi, Rua Tutia, So Paulo, por trs dias, sendo que agentes desse organismo policial permaneceram durante este perodo em minha casa. Minha me sofreu sevcias e torturas durante essa deteno e, pela forma como foi conduzido seu interrogatrio, chegou concluso de que meu pai teria sido morto em torturas nessa mesma poca. Minha me teria vislumbrado, entre vrias pessoas conduzidas s sesses de tortura, um cidado encapuzado com caractersticas fsicas que pareciam ser as do meu pai.

Quero esclarecer tambm que todos os meus familiares tinham conhecimento de que meu pai, durante esse tempo de clandestinidade, usava o nome de guerra de Jos Vanildo de Almeida e que tinha toda sua documentao com esse nome, que era de um parente j falecido. Cerca de um ms depois, eu e minha irm Sacha fomos detidas por algumas horas nas dependncias do DOI-Codi, onde, encapuzadas, fomos interrogadas.

Logo a seguir, eu e meus familiares amos a buscar a ajuda e os servios de advogados e de rgos que colaboravam na procura de desaparecidos polticos.

Desde 1995 dhnet-br.informativomineiro.com Copyleft - Telefones: 055 84 3211.5428 e 9977.8702 WhatsApp
Skype:direitoshumanos Email: [email protected] Facebook: DHnetDh
Busca DHnet Google
Not
Loja DHnet
DHnet 18 anos - 1995-2013
Linha do Tempo
Sistemas Internacionais de Direitos Humanos
Sistema Nacional de Direitos Humanos
Sistemas Estaduais de Direitos Humanos
Sistemas Municipais de Direitos Humanos
Hist
MNDH
Militantes Brasileiros de Direitos Humanos
Projeto Brasil Nunca Mais
Direito a Mem
Banco de Dados  Base de Dados Direitos Humanos
Tecido Cultural Ponto de Cultura Rio Grande do Norte
1935 Multim