Gnese
dos Direitos Humanos
Volume I
Joo Baptista
Herkenhoff
Religies
e Sistemas Filosficos em face dos DH
1c6u6v
A Tolerncia como elo
indispensvel de Comunicao
Declarao
de Principios Sobre a Tolerncia 1995
Cornelius
Castoriadis observa que as religies em geral tm uma pretenso
universalista, no sentido de que sua mensagem enderea-se
Humanidade inteira. Fundem-se no presusposto de que todas as
pessoas tm o direito e o dever de converter-se respectiva
pregao.
No
obstante esse carter universalista da religio, a que se
refere Castoriadis, e que marca tambm certos sistemas filosficos,
acreditamos que um elo de compreenso pode estabelecer-se atravs
da tolerncia.
A
primeira coisa a ser feita que haja comunicao entre as
diferentes crenas e sistemas filosficos, entre as pessoas que
aderem a essas crenas e filosofias.
No
se trata da falsa comunicao, totalitria e impositiva.
Trata-se da verdadeira comunicao, baseada no respeito e na
abertura para o ouvir.
a esta comunicao que se refere Franois Marty. a comunicao
bipolar, que supe um liame entre as pessoas que se falam.
Dentro
dessa viso de abertura e tolerncia foi escrito o belo livro de
Wijayaratna sobre o Cristianismo visto pelo Budismo.
Com
o mesmo esprito de busca e aproximao, Michel Lafon nos
oferece um livro sobre preces e festas muulmanas, especialmente
dirigido aos cristos. A obra foi prefaciada pelo Arcebispo de
Rabat, capital de Marrocos, situada no norte da frica.
Esto
ainda nesse esforo de busca de caminhos comuns que possam ser uml??`???
liame entre o Islamismo, o Cristianismo e o Judasmo os trabalhos
de Raymond Charles. Mostra esse autor a forte incidncia da herana
judaico-crist no arcabouo do Islamismo.
Nos
arraiais cristos, Jean-Franois Collange busca escutar novas
vozes, que no apenas as do Cristianismo, na sua magnfica obra
Teologia dos Direitos Humanos.
Esforos
de unio de crentes, na busca da paz, do desarmamento, do
respeito aos Direitos Humanos e na ajuda aos refugiados tm sido
realizados. Neste sentido, dois encontros de representantes das
grandes religies mundiais devem ser destacados: o que ocorreu em
Assis, Itlia (1986) e o que aconteceu em Kyoto, Japo (1987).
A inafastvel exigncia de humildade
tambm necessrio que haja humildade. S a humildade permitir
s igrejas a aceitao da historicidade de suas formas
concretas de existncia.
No
que se refere ao dilogo entre as Igrejas, parece Ter razo
Christian Duquoc quando afirma que o Ecumenismo s ser possvel
a partir da aceitao do carter inacabado, provisrio, da
manifestao humana do mistrio eclesial.
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