O
Destino dos Velhos em nossa Sociedade 5f6517
O tema que me
foi proposto muito amplo, pois da considerao mais abrangente e mais
geral do papel do idoso decorre praticamente tudo o mais. Para anlise do
tema preciso uma tomada de posio bsica, para que depois ento se
discutam aspectos de pormenor. E h uma srie de circunstncias e caractersticas
da sociedade brasileira que encaminham, de certo modo, essas tomadas de posio.
Se perguntarmos
quem o idoso no Brasil, hoje, a resposta obviamente difcil, pois essa
noo encontra-se profundamente alteradaniza. H um componente subjetivo dentro
dessa avaliao. H quem se sinta idoso com 40 anos de idade e outros no
se sentem idosos aos 80 anos. o tipo de sociedade em que vivemos que faz
com que as pessoas com mais idade se sintam jovens, mais capazes e com toda a
possibilidade de continuar lutando. Isso cria uma realidade nova e, inclusive,
provoca problemas novos, porque a pessoa permanece por mais tempo em plena
atividade e isto coloca inevitavelmente alguns conflitos de geraes. Vejo
isto na prpria Universidade de So Paulo, onde os professores que se
aposentam no querem deixar a Universidade, querem continuar trabalhando.
Mas, ao mesmo tempo, os que vm chegando, esto na expectativa de ocupar o
lugar e, ento, empurram aqueles mais antigos, para que no ocupem mais espao.
Acham injusto isso, porque esto l h muito tempo, esperando sua vez, j
amadureceram, j se acham plenamente aptos para assumir os principais
encargos e acham que at necessria essa mudana, para que introduzam um
pensamento novo, uma atitude nova.
E, por outro
lado. no se pode deixar de reconhecer que, com muita freqncia, o
professor chega a momento de sua aposentadoria em plena capacidade
intelectual, plena capacidade fsica, tendo inclusive acumulado uma srie de
conhecimentos importantes. E isto um fator de conflito. Aqui j vemos a
necessidade de repensar uma situao que sempre foi pensada de maneira
diferente: a situao do aposentado. O aposentado sempre foi imaginado
como aquele que est se despedindo da vida: aposentou-se do seu trabalho, de
sua funo aposentou-se da vida. Isso foi o que sempre se colocou e hoje,
dadas as circunstancias, no mais aceitvel.
Aposentar-se
uma circunstancia, uma formalidade que tem asnizapectos prticos e pode
significar simplesmente mudana de atividade. De maneira alguma deve ser
considerada uma despedida da vida. No me aposento da vida, estou mudando de
atitude, o que deve pensar e sentir o aposentado. E nisso h certas
peculiaridades curiosas at. Ainda h pouco conversava com um amigo que
dizia: quando menino, mais jovem, pensava que em chegando a ser um dia av,
deixaria crescer a barba e ficaria contando estrias para meus netinhos. Tudo
dentro daquela viso antiga do av. Mas qual o neto que tem hoje pacincia
para ficar ouvindo um av maduro, contando estrias
De fato,
outra a realidade e a disposio dele tambm outra, no aquela de ficar
contando estorinhas para os netos.
As avs hoje so
extremamente jovens, elegantes e querem participar da vida, querem ter o
direito de participar da vida. Aquela avozinha de xale, encolhidinha e fazendo
bolinhos para os netos representou uma poca. Teve seu significado e talvez
correspondesse a uma realidade forada, mas no se verifica mais.
O que notamos
hoje que preciso repensar as categorias em funo da idade. Essa
categoria de idoso, de pessoa da terceira idade, se concebe de maneira nova. E
isso me coloca, desde logo, perante uma das questes bsicas que a grande
opo que em princpio se oferece e at hoje tem sido pouco discutida: o
que deve fazer a pessoa em relao sua velhice. Qual deve ser sua atitude
frente velhice, que pode estar mais distante ou mais prxima?
Naturalmente, aqui aparece a questo do que a velhice, do qu ser
idoso.
Mas a colocao
que ainda na maioria danizas vezes se faz se a pessoa deve optar por se
preparar para a velhice. S que isso tem sido muitas vezes concebido como
preparar-se para um suicdio gradativo, pelo qual a pessoa vai se sentindo
morrer aos poucos, devendo aceitar que vai morrer mesmo - preparar-se, ento,
para ir sendo posta de lado, no ter mais participao. Neste
"preparar-se para a velhice" h injustias tremendas, h agresses
extraordinrias, porque o que est se propondo que a pessoa tente ser o
menos visvel possvel, incomodar o menos possvel e, quem sabe at, falar
o menos possvel.
Preparar-se
para a velhice, nessa concepo, convencer-se de que "j deu tudo o
que tinha que dar", agora "voc s um consumidor, converse o
menos possvel e atrapalhe menos". Esta colocao da no participao,
do desligamento. Pode parecer generosa essa idia da preparao psicolgica
para o desligamento: algum se imbuindo da idia de ser um mero espectador
discreto.
Para muitos
essa colocao a que deve prevalecer e alguns at invocam, para
justificar isso, certa inteno de generosidade: "No vamos submeter a
pessoa situao de vexame, a situaes de conflito, empurrar o idoso
para ter participao, se ele no tem capacidade de participao. Ele
pensa que capaz, mas vai sofrer humilhaes, porque s vezes nem
fisicamente pode competir". De fato, no se pode colocar a questo
dessa maneira. Como ponto de partida, rejeito essa proposta de preparao
para a velhice como idia de desligamento, isto , o preparar-se para no
ser participante, para ser ivo em relao vida e em relao
sociedade.
No extremo
oposto temnizaos outra idia, que a proposta da participao, da atividade.
O fato de ter mais idade, de ter-se aposentado no deve implicar a demisso
da vida e o comeo da morte. Bem longe disso, deve significar a mudana de
atividades, a preparao no sentido de aceitar que as atividades sero
diferentes e, de maneira alguma, aceitar a idia de no ter atividade.
E o que
significa isto de se ter atividades diferentes? Ser que no significa
recair na proposta de demisso, de afastamento? Na realidade, no. Acho que
preciso encarar com muita objetividade a questo, com bastante serenidade
e analisar as coisas como elas se pem na prtica. Pensemos em algum que
trabalha em uma empresa: algum escriturrio que cresceu na empresa, chegou
posio de chefia e se aproxima o tempo de sua aposentadoria. comum que
este empregado relute em se aposentar; ele quer ficar o maior tempo possvel
e comea a arranjar desculpas para evitar a aposentadoria. Fica aguardando
algum reajuste de vencimentos, mais uma promoo, o que funciona como
pretexto, porque a idia de aposentar-se significa desistir de lutar,
desistir da vida e comear a morrer.
De fato, h
situaes que devem ser encaradas com objetividade: uma delas, a questo
do mtodo de trabalho das empresas. Algum comea a fazer fichas mo,
ado algum tempo comea a fazer tudo mquina. Com a chegada da
modernizao da empresa, do computador, coloca-se um tipo de conflito que
real: a desadaptao do funcionrio ante s novas tecnologias. De qualquer
maneira, o aposentado ou o idoso deve, em princpio, acatar a idia de que
deve participar, de que tem no s a possibilidade, mas principalmente o
direito de participar, de continuar a ter participao ativa. E aqui se abre
unizam campo para indagaes: como participar e em que medida pode ser essa
participao?
possvel
estabelecermos algumas pistas de carter geral, mas isso se deve completar
com as condies pessoais de cada um. Em verdade, no existem parmetros
absolutos, no h esquemas em que todos se devam enquadrar, mas levem-se em
conta as prprias caractersticas, tendncias e interesses de cada um. Um
exemplo a participao da mulher no mundo do trabalho. A sociedade hoje
quase que exige a participao da mulher no trabalho fora do lar, por questes
sociais e econmicas, quando grande parte delas gosta de permanecer no lar,
cuidando da famlia. preciso dar a elas a opo. Isso vale para a dimenso
da participao do aposentado ou do ido: a inteno deve ser a de
participar. preciso, contudo, reconhecer a existncia de limitaes,
diferenas individuais, preferncias e peculiaridades. H muitos que
poderiam se engajar em movimentos voluntrios, inclusive naqueles que advogam
melhores condies de vida para o prprio idoso, utilizando habilidades
adquiridas durante permanncia em atividade profissional.
No Brasil, nos
viciamos atravs do tempo - e deve ter tido origem nos tempos de colnia - a
esperar que o governo apresente solues para todos os problemas, mormente
no aspecto parlar do idoso e do aposentado. preciso que isso se modifique e
que todas as pessoas procurem papel ativo na sociedade, que as pessoas se
organizem e participem das solues. Evidentemente, isso deve comear com a
educao para mudana de conscincia, desde as primeiras idades.
Descobrimos
recentemente que se pode abrir um campo considervel para as associaes e
organizaesniza civis. Na nova Constituio, na parte inicial que trata dos
direitos do cidado, est garantido o direito das associaes de agirem no
judicirio ou fora dele em favor de seus membros. Esta uma inovao
extremamente importante. At hoje, o cidado no toma atitudes quando v
seus direitos serem violados, com medo de represlias ou por desconhecimento
dos caminhos a seguir, ou ainda por falta de meios. A partir de agora, as
associaes podero defender seus membros e, portanto, a a ser
importante a criao dessas associaes, mormente de voluntrios, com
tempo disponvel. Outro ponto que a Constituio inova a previso de mbito
dos municpios, em que o planejamento municipal dever ser feito a partir da
consulta s associaes de moradores, para determinao de suas
necessidades e prioridades.
A possibilidade
de participar no significa repetir a mesma atividade profissional anterior,
mas uma nova atividade, se possvel, e uma atividade na qual a pessoa possa
se abrir mais para a comunidade, atravs de atividades solidrias, tentando
vencer a tendncia natural ao individualismo e ao isolacionismo. Isso tudo
abre perspectivas novas para as pessoas mais idosas. E significa tambm uma
cobrana, na medida em que essas pessoas no podem mais ser omissas. Se
acumularam experincias, se tm uma viso da sociedade que no tinham no
ado e se tm mais tempo para se dedicar ao trabalho de interesse social,
no tm o direito de se omitirem e devem assumir responsabilidades que antes
no puderam assumir.
Abre-se tambm
uma nova possibilidade de participao na atividade pblica, o que antes no
era possvel. Considero que esta posio a mais adequada e mais
condizente com a manuteno da dignidade humana: o uso connizatinuado do seu
potencial, a atitude positiva de integrao e reintegrao sociedade
atravs da participao poltica. preciso que esta participao
mantenha a conotao de atividade voluntria, complementar ao lazer. E
voltamos a lembrar que deve sempre respeitar as limitaes fsicas e
diferenas individuais. Fazendo um paralelo com isso, lembramos de como hoje
se enfatiza a necessidade da participao e da mobilidade por parte dos
deficientes fsicos e dos deficientes mentais. considerado anti-humano o
isolamento de qualquer pessoa. Com mais razo isso se coloca em relao
terceira idade. Desta forma, toda a sociedade se beneficiar dessa atitude
positiva, dessa atitude de auto-doao das pessoas da terceira idade.
Lembremos aqui
o que disse o escritor Osman Lins: ''nenhuma mudana profunda pode ser
conseguida, se no comear pela conscincia das pessoas". Podemos
mudar a Constituio, a organizao social, mas no haver mudana
profunda se esta no se operar no ntimo das pessoas. Contudo, mesmo em
termos formais, notamos sinais de alguma mudana. No novo texto
constitucional, quando se refere ao idoso, o artigo 230 dispe: "a famlia,
a sociedade e o Estado tm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando
sua participao na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e
garantindo-lhes o direito vida". Nos pargrafos 1 e 2 se
estabelece que "os programas de amparo aos idosos sero executados
preferencialmente em seus lares e garantindo o transporte gratuito aos maiores
de 65 anos de idade''. Aqui notamos uma transio entre a idia
assistencialista " preciso amparar o idoso" e "os programas
preferencialmente executados nos lares" ( como se devesse guardar o
idoso em casa para que no atrapalhe), e a idia de partinizacipao, de
integrao social atravs de atividades de convivncia. No podemos negar
certo avano, mas necessrio e possvel exigir mais direitos, pois o que
est na Constituio no foi dado de presente. E preciso saber que grupos
e associaes de idosos estiveram em Braslia fazendo "lobby" e o
fizeram com muita competncia. Essa abertura na Constituio uma
conquista que prova a capacidade de inovar desta faixa etria, o que vem
desmentir a srie de preconceitos que taxam o idoso como incapaz de novas
conquistas e iniciativas. importante frisar que esses preconceitos se
originam da ideologia do capitalismo, que considera o idoso como no apto a
aumentar a produtividade e o lucro do capital. Desta forma, trata-se mal o
aposentado que, s vezes, chega a ser agredido verbal e at fisicamente pelo
sistema, quando, por exemplo, no se oferecem a ele condies de
atendimento e de moradia condignas. O aposentado, para o capitalista, uma
ferramenta velha, imprestvel e substituvel. Tal situao deve ser
modificada atravs de exigncias, de luta, de participao. No se
consegue implantar a democracia e a justia social sem a participao das
pessoas e essa ou a ser um direito e um deve de todas as pessoas e de
todas as idades
Do ponto de
vista pessoal, a participao significa a possibilidade de continuar
realizando se enquanto ser humano, com a conscincia de que o ar do tempo
no elimina a pessoa e no a deixa menos humana. Podemos, portanto,
concluir, em primeiro lugar, que se deve rejeitar idia a antiga e
tradicional de que o preparar-se para a velhice significa demitir-se da vida,
preparar-se para o suicdio gradativo. Preparar-se para velhice significa
pensar em novas atividades que podero ser exercidas, pensar em uma nova vida
integrada na vida socialniza.
Podemos
ressaltar algumas conseqncias positivas dessa participao: o
aposentado, o idoso ou no, no mais um competidor, ele tem mais
capacidade de doao e tambm contribui efetivamente para a sociedade,
enquanto no ocupa o lugar de ningum e est mais apto a autodoar-se. O
viver significa acumular experincias que podem ser em muitas circunstancias
um fator de moderao, um fator de prudncia, sem a pretenso de impor aos
mais jovens suas idias. Essa uma vantagem do idoso.
Acho oportuno
lembrar, neste momento, histria escrita por Thomas Mann; "Carlota em
Weimar", uma obra inspirada em Goethe, na qual o escritor consagrado e
quase uma lenda viva na Alemanha, o monstro sagrado da poesia, da cultura alem,
se encontra com Carlota. Seria como Gabriela, j em idade avanada,
encontrando-se com Jorge Amado. Um grupo de jovens literatos de Weimar procura
Carlota para pedir-lhe que, encontrando-se com Goethe, transmita a ele a
irao do grupo, mas ao mesmo tempo desculpe os jovens por estarem
ligados literalmente a Hoffmann, agora dolo da cultura germnica. E pedem
que ela diga a Goethe que cada gerao quer ter os seus dolos, sem que
isso signifique desrespeito pelas boas coisas produzidas no ado.
Quero dizer com
este exemplo que, embora tenha escrito meus livros, propagado minhas idias,
no posso exigir que a cultura se estanque em mim. Ao contrrio, minha
participao com tudo o que minha experincia pessoal no significa que
vou me impor aos demais. Antes, uma contribuio no sentido de indicar
caminhos. No se trata, portanto, de ver as coisas na base do tudo ou nada -
ou me aceitam integralmente ou me rejeitamniza- pois a vida no caminha dessa
forma.
Ultimamente,
estou sentindo que no Brasil amos por um momento em que a participao
atravs da experincia e muito importante, pois tenho notado, em minha
convivncia com os jovens na Universidade e em outros ncleos onde compareo
para palestras, que a juventude vive uma fase de grande impacincia. Freqentemente,
perguntam se existem solues para os problemas que enfrentamos, como a
corrupo, a situao econmica instvel. E querem saber quando haver
condies de se criar um pas novo. Noto nessa juventude uma atitude de
radicalismo, atitudes de desesperana sobre o futuro do pas, porque ningum
aponta os meios para uma mudana total e imediata. O que tenho dito a esses
jovens, que criar um pas novo significa, no Brasil, mudar quase 500 anos
de histria e que de uma hora para outra isso no se consegue.
Essas situaes
de conflito, em minha opinio, so provocadas em grande parte pela imprensa,
rdio, jornais e TV que veiculam, com insistncia, aspectos apenas negativos
do processo que vivemos, generalizando a corrupo dos polticos,
desacreditando as instituies e ridicularizando a atividade poltica.
Parcela de culpa por esta situao de desesperana e de descrdito cabe
aos governos militares que nos antecederam. Para eles, sempre era o governo
que decidia tudo, pois o povo no era capaz de pensar e de decidir. Insistiam
em que cabia a eles disciplinar, ditar normas, enquanto o povo deveria cumprir
seu papel com cega obedincia, seguir a "ordem unida". Essa
ideologia gerou as atitudes negativas de no participao, por submisso.
Por sua vez, os pais no assumiam seu papel poltico e no permitiam que os
filhos o fizessem, porque estavam convencidos dnizae que a poltica
necessariamente corrupta. Neste sentido, cabe tambm populao mais
idosa e mais experimentada a responsabilidade de reverter essa situao
atravs de aes positivas de participao. Considero necessrio,
principalmente, que se ressuscite a vida familiar, as reunies de famlia,
pois embora haja diferena de geraes, de problemas e pontos de vista,
possvel e necessrio manter o sentido da famlia, que processo
participativo fundamental. E importante, atravs desse esprito de famlia,
difundir os valores da esperana, com estmulo participao, ao
solidria, ao positiva.
Consideremos,
por hiptese, que isso fantasia. Eu gostaria de proclamar, ento, que os
mais idosos tm, em primeiro lugar, o direito de participar da vida
social com suas capacidades, sua afetividade, com suas aspiraes. Em
segundo lugar, essa participao um dever que precisa ser cumprido,
apesar das resistncias. Desta forma que comearemos a eliminar a
discriminao da qual falvamos no incio, contribuindo para transformar
em realidade aquilo que para os pessimistas fantasia ou sonho irrealizvel.
Para encerrar,
lembro as palavras do grande papa Joo XXIII: "S onde houver justia
que pode haver paz". Temos, portanto, que trabalhar para que exista
uma sociedade justa, sem discriminao por motivo de raa, cor, sexo e de
idade. As geraes mais idosas e mais experimentadas podem dar uma relevante
contribuio no sentido de criar, no Brasil, uma sociedade justa e solidria,
na qual todas as pessoas sero igualmente respeitadas e podero viver em
paz.
(1) Professor
da Faculdade de Direito da Universidade de So Paulo. Texto publicado
originalmente na revista Terceira Idade, Publicao Tcnica editada pelo
Servio Social do Comrcio (SESC), istrao Regional
do Estado de So Paulo, ano IV, n 4, jul/91.