Cdigos de TICA 3510s

Advogados de
Portugal
CDIGO DEONTOLGICO 5y2f37
I
Disposies gerais 5j422u
Artigo 1. 71295l
(Do advogado como servidor da
justia e do direito, sua independncia e iseno) 5v5jl
1. O advogado deve, no exerccio
da profisso e fora dela, considerar-se um servidor da justia e do
direito e, como tal, mostrar-se digno da honra e responsabilidades que lhe
so inerentes.
2. O advogado, no exerccio
da profisso, manter sempre e em quaisquer circunstncias a maior
independncia e iseno, no se servindo do mandato para prosseguir
objectivos que no sejam meramente profissionais.
3. O advogado cumprir
pontual e escrupulosamente os deveres consignados neste Cdigo e todos
aqueles que a lei, usos, costumes e tradies lhe impem para com os
magistrados, os outros advogados, os clientes e quaisquer entidades pblicas
e privadas.
Artigo 2. 443y19
(Dever de recusar patrocnio ?????g?
injusto) 3r6fv
O advogado deve recusar o
patrocnio de toda a questo que no considerar justa.
Artigo 3. 4k336k
(Dever geral de urbanidade) 6m3i4n
No exerccio da profisso
deve o advogado proceder com urbanidade no seu relacionamento com
terceiros, nomeadamente para com os magistrados, os outros advogados, os
funcionrios das secretarias, peritos, intrpretes, testemunhas e outros
intervenientes nos processos.
Artigo 4. 462s5x
(Trajo profissional) 1i6s2w
obrigatrio para os
advogados e advogados estagirios, quando pleiteiem oralmente, o uso da
toga, cujo modelo fixado pela Direco da Associao dos Advogados.
II
Do segredo profissional z386h
Artigo 5. 5v346o
(mbito) 6u2w27
1. O segredo profissional
um direito e um dever fundamental do advogado que, no exerccio da sua
profisso, depositrio dos segredos e informaes confidenciais dos
seus clientes.
2. A obrigao de segredo
profissional no est limitada no tempo.
3. O advogado deve exigir dos
seus associados, empregados ou de qualquer pessoa que consigo colabore na
prestao de servios profissionais, a observncia dess?????g?e segredo
profissional.
4. Nomeadamente o advogado
obrigado a segredo profissional no que respeita:
a) A factos referentes a
assuntos profissionais que lhe tenham sido revelados pelo cliente ou por
sua ordem ou conhecidos no exerccio da profisso;
b) A factos que, em virtude de
cargo desempenhado na Associao de Advogados, qualquer colega, obrigado
quanto aos mesmos factos ao segredo profissional, lhe tenha comunicado;
c) A factos comunicados por
co-autor, co-ru ou co-interessado do cliente ou pelo representante;
d) A factos de que a parte
contrria do cliente ou respectivos representantes lho tenham dado
conhecimento durante negociaes para acordo amigvel e que sejam
relativos pendncia.
5. A obrigao do segredo
profissional existe, quer o servio solicitado ou cometido ao advogado
envolva ou no representao judicial, quer deva ou no ser
remunerado, quer o advogado haja ou no chegado a aceitar e a desempenhar
a representao ou servio, o mesmo acontecendo para todos os advogados
que, directa ou indirectamente, tenham qualquer interveno no servio.
6. O segredo profissional
abrange ainda documentos ou outras coisas que se relacionem, directa ou
indirectamente, com os factos sujeitos a sigilo.
Artigo 6. 215a4k
(Sigilo e nulidade de prova) 6e1o4x
1. Os advogados no podem ser
inquiridos ou revelar factos que constituam segredo profissional e de que
tiverem tido conhecimento no exerccio das suas funes.
2. So nulas todas as provas
obtidas atravs de declaraes feitas pelo advogado com violao do
segredo profissional.
Artigo 7. 62n4p
(Cessao da obrigao) 2yhx
1. Cessa a obrigao de
segredo profissional em tudo quanto seja absolutamente necessrio para a
defesa da dignidade, direitos e interesses legtimos do prprio advogado
ou do cliente ou seus representantes, mediante prvia autorizao da
Associao dos Advogados.
2. Sem prejuzo do disposto
no nmero anterior, o advogado pode manter o segredo profissional.
Artigo 8. 6ix46
(Discusso pblica de questes
profissionais) 545p5h
1. O advogado no deve
discutir, ou contribuir para a discusso, em pblico ou nos meios de
comunicao social, questes pendentes ou a instaurar perante os
tribunais ou outros rgos, salvo se a Associao dos Advogados
concordar fundadamente com a necessidade de uma explicao pblica,
que, nesse caso, ser prestada nos precisos termos da autorizao.
2. O advogado no deve tentar
influir de forma maliciosa ou censurvel na resoluo de pleitos
judiciais ou questes pendentes noutros rgos.
III
Da publicidade e proibio de angariao de clientes n4j1c
Artigo 9. 3n6n4x
(Proibio de publicidade -
mbito) 2g5d5c
1. vedada ao advogado toda
a espcie de reclamo por circulares, anncios, meios de comunicao
social ou qualquer outra forma, directa ou indirecta, de publicidade
profissional, designadamente divulgando o nome dos clientes.
2. Os advogados no devem
fomentar, nem autorizar, notcias referentes a causas judiciais ou outras
questes profissionais a si confiadas.
3. No constituem formas de
publicidade a indicao de ttulos acadmicos, a meno de cargos
exercidos na Associao dos Advogados ou a referncia sociedade
profissional de que o advogado seja scio, devendo qualquer outra meno
ser previamente autorizada pela Associao dos Advogados.
4. No constitui tambm
publicidade o uso de tabuletas afixadas no exterior dos escritrios, a
insero de meros anncios nos jornais e a utilizao de cartes de
visita ou papel de carta.
5. Nas publicaes
especializadas de advogados pode ainda inserir-se curriculum vitae acadmico
e profissional do advogado e eventual referncia sua especializao.
Artigo 10. 66z3m
(Proibio de angariao
de clientes) 1n336g
1. proibido ao advog?????g?ado
solicitar ou angariar clientes, por si ou por interposta pessoa.
2. O advogado no deve
aceitar mandato ou prestao de servios profissionais que, em qualquer
circunstncia, no corresponda a uma escolha directa e livre pelo
mandante ou interessado.
IV
Dos deveres do advogado para com a comunidade 5a6j1z
Artigo 11. 6s6s6k
(Colaborao no o ao
direito) 221623
1. O advogado deve colaborar
no o ao direito e aceitar nomeaes oficiosas nas condies
fixadas na lei e pela Associao dos Advogados.
2. A recusa do patrocnio
oficioso deve ser justificada perante o juiz da causa.
3. Se o procedimento do
advogado no for considerado justificado e a recusa de patrocnio
persistir, o juiz comunicar o facto ao presidente do Conselho Superior
da Advocacia para eventuais efeitos disciplinares.
Artigo 12. 223r10
(Colaborao na istrao
da justia) 4j1x6m
1. O advogado deve pugnar pela
boa aplicao das leis, pela rpida istrao da justia e pelo
aperfeioamento das instituies.
2. Constitui dever do
advogado, no exerccio da sua profisso, no advogar contra lei
expressa no usar de meios ou expedientes ilegais, nem promover diligncias
reconhecidament?????g?e dilatrias, inteis ou prejudiciais para a correcta
aplicao da lei ou a descoberta da verdade.
Artigo 13. 733p2i
(Defesa dos direitos humanos) 16413
dever do advogado protestar
contra as violaes de direitos humanos e combater as arbitrariedades de
que tiver conhecimento no exerccio da profisso.
V
Dos deveres do advogado para com a Associao dos Advogados o4e3o
Artigo 14. d3q48
(Enumerao dos deveres) 552t16
Constituem deveres do advogado
para com a Associao dos Advogados:
a) Colaborar na prossecuo
dos fins da Associao dos Advogados e zelar pelo seu prestgio e pelo
da profisso de advogado;
b) Exercer os cargos para que
tenha sido eleito ou nomeado e desempenhar os mandatos que lhe forem
confiados;
c) Observar os costumes e
praxes profissionais;
d) Declarar, ao requerer a
inscrio, para efeito de verificao de incompatibilidade, qualquer
cargo ou actividade profissional que exera;
e) Suspender imediatamente o
exerccio da profisso e requerer, no prazo mximo de 30 dias, suspenso
da inscrio na Associao dos Advogados quando ocorrer
incompatibilidade;
f) Pagar pontualmente as
quotas e outros encargos devidos Associao dos Advogados,
estabelecidos nos regulamentos, suspendendo-se o direito de votar e de ser
eleito para rgos da Associao dos Advogados se houver atraso
superior a trs meses;
g) Dirigir com empenho o estgio
dos advogados estagirios.
VI
Dos deveres do advogado para com os clientes 1s5n41
Artigo 15. 6z5f4e
(Recusa do mandato ou prestao
de servios) 5d4i60
O advogado no deve aceitar
mandato, nomeao oficiosa ou prestao de servios:
a) Em questo em que j
tenha intervindo em qualquer outra qualidade ou seja conexa com outra em
que represente ou tenha representado a parte contrria;
b) Contra quem noutra causa
seja o seu mandante.
Artigo 16. 2f6n2f
(Dever de informao e de
zelo) 4p2j1n
1. Constitui dever do advogado
dar ao cliente a sua opinio conscienciosa sobre o merecimento do direito
ou pretenso que este invoca, assim como prestar, sempre que lhe for
pedido, informao sobre o andamento das questes que lhe forem
confiadas.
2. O advogado deve estudar com
cuidado e tratar com zelo a questo de que seja incumbido, utilizando,
para o efeito, todos os recursos da sua experincia?????g?, saber e actividade.
Artigo 17. 5v3769
(Negcios celebrados com o
cliente) 2c2jd
vedado ao advogado
celebrar, em proveito prprio, directamente ou por interposta pessoa,
contratos sobre o objecto das questes que lhe tenham sido confiadas.
Artigo 18. eq3n
(Proibio de pactos de quota
litis) 655c1q
1. proibido ao advogado
celebrar pactos de quota litis.
2. Por pacto de quota litis
entende-se o acordo celebrado entre o advogado e o seu cliente, antes da
concluso definitiva de uma questo em que o cliente parte, em
virtude do qual o cliente se obriga a pagar ao advogado uma parte do
resultado que vier a obter, quer consista numa quantia em dinheiro, quer
em qualquer outro bem ou valor.
3. No constitui um pacto
deste tipo o acordo que preveja a fixao do montante dos honorrios em
funo do valor do assunto confiado ao advogado.
Artigo 19. 7686u
(Documentos, valores e
objectos do cliente) 1w5lo
1. O advogado deve dar aplicao
devida a valores, documentos ou objectos que lhe tenham sido confiados.
2. Quando cesse a representao
confiada ao advogado, deve este restituir os documentos, valores ou
o?????g?bjectos que lhe hajam sido entregues e que sejam necessrios para prova
do direito do cliente ou cuja reteno possa trazer a este prejuzos
graves.
3. Com relao aos demais
valores e objectos em seu poder goza o advogado do direito de reteno
para a garantia do pagamento dos honorrios e reembolso de despesas.
4. Deve, porm, o advogado
restituir tais valores e objectos, independentemente do pagamento a que
tenha direito, se o cliente tiver prestado cauo arbitrada pela Associao
dos Advogados.
5. Pode a Associao dos
Advogados, antes do pagamento e a requerimento do cliente, mandar entregar
a este quaisquer objectos ou valores quando os que fiquem em poder do
advogado sejam manifestamente suficientes para pagamento do crdito.
Artigo 20. 1r3m2s
(Prestao de contas) e7173
O advogado deve dar conta ao
cliente de todos os dinheiros deste que tenha recebido, qualquer que seja
a sua provenincia, e apresentar nota de honorrios e despesas, quando
solicitada.
Artigo 21. r2y47
(Abandono do patrocnio) 3y3sr
1. O advogado s pode
abandonar o patrocnio do constituinte ou o acompanhamento das questes
que lhe sejam cometidas com motivo justificado.
2. O advogado que exercer este
direito, deve faz-lo de forma a que o cliente possa obter a assis?????g?tncia
de outro advogado, em tempo til, de modo a no sofrer prejuzos.
Artigo 22. 574qa
(Dever de evitar litgios) 6z571p
O advogado deve aconselhar
toda a composio justa e equitativa.
Artigo 23. 4v284q
(Dever de evitar atitudes
incorrectas do cliente) 562n3
O advogado deve envidar os
melhores esforos, a fim de evitar que o seu cliente exera quaisquer
represlias contra o adversrio e seja menos correcto para com os
advogados da parte contrria, magistrados ou quaisquer outros
intervenientes no processo.
VII
Dos deveres recprocos dos advogados 5o2n2n
Artigo 24. 1uu6j
(Dever de urbanidade) 5k514t
Os advogados devem, nas suas
relaes recprocas, proceder com a maior correco e urbanidade,
abstendo-se de qualquer ataque pessoal ou aluso deprimente.
Artigo 25. 1eg6b
(Dever de lealdade) 284q3c
1. O advogado deve, no exerccio
da sua profisso, actuar com a maior lealdade, no procurando obter
vantagens ilegtimas ou indevidas para os seus constituintes ou clientes.
2. No deve o advogado
ar ou manter relaes, mesmo por escrito,?????g? com a parte contrria
representada por advogado, salvo se previamente autorizado por este.
Artigo 26. 2i1i4u
(Dever de reserva) 5d1850
1. O advogado no deve
pronunciar-se publicamente sobre questo que saiba confiada a outro
advogado, salvo na presena deste ou com o seu prvio acordo.
2. O advogado no deve
invocar publicamente, em especial perante tribunais, quaisquer negociaes
transaccionais malogradas, quer verbais, quer escritas, em que tenha
intervindo como advogado.
Artigo 27. 314y23
(Mudana de advogado) 1y4n32
O advogado a quem se pretenda
cometer assunto anteriormente confiado a outro advogado far tudo quanto
de si dependa para que este seja pago dos honorrios e mais quantias em dvida,
devendo expor verbalmente ou por escrito ao colega as razes da aceitao
do mandato e dar-lhe conta dos esforos que tenha empregado para aquele
efeito.
Artigo 28. 2t2y67
(Patrocnio contra
advogados) 321k60
O advogado, antes de promover
quaisquer diligncias judiciais contra outros advogados, comunicar-lhes-
por escrito a sua inteno, com as explicaes que entenda necessrias,
salvo diligncias ou actos de natureza secreta urgente.
Artigo 29. 6y3y4a
(Escritos profissionais) 582l30
O advogado no deve
pareceres, peas processuais ou outros escritos profissionais que no
tenha feito ou elaborado.
VIII
Dos deveres para com os magistrados 6t1y4m
Artigo 30. w1o
(Relaes com os
magistrados) 191572
1. O advogado deve, sem prejuzo
da sua independncia, tratar os magistrados com o respeito devido funo
que exercem e abster-se de intervir nas suas decises, quer directamente,
em conversa ou por escrito, quer por interposta pessoa, sendo como tal
considerada a prpria parte.
2. especialmente vedado aos
advogados enviar ou fazer enviar aos magistrados quaisquer memoriais ou
recorrer a processos desleais de defesa dos interesses das partes.
Artigo 31. 52s1g
(Do patrocnio contra
magistrados) 5m4s2w
O advogado, antes de promover
quaisquer diligncias judiciais contra magistrados, comunicar-lhes- por
escrito a sua inteno, com explicaes que entenda necessrias,
salvo tratando-se de diligncias ou actos de natureza secreta ou urgente.
Pel'A Associao dos
Advogados de Macau, Maria Amlia Antnio, secretria-geral.
|