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Guerrilha Digital

DHNet faz guerrilha eletrnica por direitos humanos Site "brao ciberntico" de auxlio militncia 1m6f39

Segunda-feira, 3 de Julho de 2000 18:42:21 2e6yp

O potiguar Roberto Monte sempre imaginou a importncia que uma rede mundial teria para a militncia de direitos humanos. Economista, funcionrio do Procon e "agitador h vrios anos", ele fundou e mantm em Natal, Rio Grande do Norte, a DHNet, rede de ONGs ligadas aos direitos humanos na Web.

O smbolo da DHNet um indiozinho que recolhe um talism. O "presente" vira o menu do site, dividido em vrias sees para quem precisa de ajuda. O ndio se chama Curuminet, e a pedra verde recolhida o talism sagrado indgena, o Muiraquit. Para contar a histria do Curuminet em uma animao em Flash, a DHNet chamou artistas de quadrinhos do Rio Grande do Norte.

"Eu sou militante de direitos humanos h mais de 20 anos, do comeo do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH)", disse Roberto Monte. O MNDH foi a primeira grande organizao de todos os movimentos de direitos humanos. O primeiro grande momento do MNDH foi em 1978, com o surgimento da Comisso de Justia e Paz.

Para Roberto Monte, a DHNet uma extenso do trabalho que j era feito em programas de rdio e documentrios. O fundador da DHNet era um militante da Associao Brasileira de Vdeo Popular (ABVP), e a Internet veio para "migrar do analgico para o digital" a filosofia do MNDH. "Os vdeos eram editados no meu Amiga 500 e distribudos em ONGs e emissoras de TV", lembra Roberto.

O investimento agora das ONGs de direitos humanos na "guerrilha eletrnica". "Assam militantes do nosso movimento e organizamos uma corrente de denncias por email. Em menos de duas horas, o Fantstico veio Natal cobrir o caso", recorda Roberto. O modelo da DHNet o Greenpeace, que consegue como nenhuma outra ONG causar barulho com sua guerrilha na Web. A DHNet, no entanto, tenta no ficar atrs, destinando parte de sua presso a organizaes em Londres, as mais eficientes segundo Roberto.

"O espao da ONG eminentemente analgico e aparentemente incompatvel com o mundo virtual. Isso tem de ser discutido e por isso fizemos uma estrutura para agitar o ciberespao. Quem tem Leninismo na cabea jamais vai se dar bem trabalhando com a Internet", dispara o fundador da DHNet.

Os projetos que exigem uma presena menos virtual da DHNet ainda esto sob a responsabilidade do CENARC. O site j teve uma verso monomdia em CD-ROM, vendida por R$ 10, e deve ser lanada uma segunda edio do produto ainda este ano.

"A DHNet o brao ciberntico do MNDH" que comeou em 1985, registrada juridicamente como CENARC (Centro de Estudo, Pesquisa e Ao Cultural). O CENARC foi a primeira tentativa do movimento de direitos humanos de se tornar mais conhecido por meio de aes culturais, investindo em documentrios em vdeo e na troca de informaes pela Web.

Segundo o fundador da DHNet, "tudo comeou com o vdeo popular". Partindo do princpio de que "no existem mais de cem entidades que trabalham com direitos humanos no Brasil, foi fcil tentar integrar todas elas".

Montar a DHNet no foi fcil. O primeiro o foi criar um conselho editorial com representantes do MNDH de vrias partes do Brasil. Depois, as ONGs foram contatadas para investir e se integrar na rede DHNet.

No caso da prelazia de Cristalndia (TO), o bispo local queria divulgar os servios da igreja na Web. Conheceu a DHNet e resolveu montar uma pgina e hosped-la na DHNet. Comprou computadores e programas para os webdesigners da DHNet e fizeram trs pginas em seis dias, at o prprio bispo participou, ele um padre hi-tech", disse Monte. O investimento todo teria ficado em torno de R$ 1.000.

Agora Cristalndia mostra suas novidades na Web. "A prelazia tem um curso de direitos humanos para os policiais da cidade, e pudemos divulgar esse trabalho na DHNet", afirmou Monte.

Atualmente, as oficinas de cibercidadania so importantes para trazer as organizaes mais desfavorecidas para a rede da DHNet. Alm de hospedar a pgina da ONG, a oficina capacita os funcionrios para responder emails e navegar. O curso pode ser feito por email ou com a presena de algum da DHNet. O site foi at premiado, tirando Nota 10 dos relacionados aos direitos humanos no "Direitos Nota 10".

Os projetos da DHNet para o futuro so muitos. O site j participa da Rede Brasileira contra a Tortura e tem at uma central de denncias. "Se a polcia bater em voc, pode mandar sua denncia que mandamos para essa Rede", exemplifica Roberto. H tambm a possibilidade de denncia de irregularidades, como explorao do trabalho infantil.

A agilizao das denncias e a incluso de mais projetos multimdia so objetivos da DHNet. Para isso, concluir alianas com o governo federal e a Anistia Internacional sero os prximos os. Enquanto isso, a DHNet vai se expandindo, "prestamos assessoria a um grupo de Angola, interessado em divulgar projetos de direitos humanos", afirma Roberto. O site est sendo preparado para ter tambm uma verso banda larga, com contedo mais interativo sobre a militncia no Brasil.

A finalidade da DHNet, segundo Roberto, sintetizada por uma frase do teatrlogo francs Antonin Artaud: "Leve flores aos que falharam". A frase faz parte da "onda de sonhos" do teatrlogo e est no "Mini Manual do Guerrilheiro Urbano" e serve como uma metfora para as tcnicas pacificistas e insistentes da militncia na Web.

Renata Aquino
Revista Magnet

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