EDUCAO
E CIDADANIA: RELATO DE UMA EXPERINCIA
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Heronilza Nascimento Castro e Silva
O CDHMP - Centro de Direitos Humanos e Memria Popular de
Natal, dentre suas atividades, desenvolve desde 1991 um trabalho
com a comunidade do bairro de Cidade da Esperana.
Cidade da Esperana uma comunidade que se distingue das
demais por certas
particularidades. Primeiro conjunto habitacional do plano de
construo da habitao popular da dcada de 60 do governo
Aluzio Alves, contou com o financiamento do convnio MEC-USAID
atravs da FUNDHAP (Fundao de Habitao Popular).
Concludo em 1966, essa construo, foi mais um meio que a
"aliana para o progresso" utilizou para contrapor
atravs da doao de casas o clima reivindicativo dos anos 60
por reformas de base. Localizado na periferia da cidade, zona
oeste de Natal, possui vrias entidades e grupos populares com
tradies e lutas. Se destaca tambm pela sua diversidade no
movimento cultural, e, principalmente, por ser uma comunidade onde
a violncia, a segurana pblica e a criminalidade, so
questes discutidas por seus moradores.
A inteno inicial do CDHMP, ao aproximar-se dessa
comunidade, era a de desenvolver um trabalho de carter formativo
dentro de um leque de atividades que interligavam-se ao Comit de
Defesa da Vida. E a temtica a se
trabalhar nesse processo formativo era a "cidadania e a
segurana pblica".
A abordagem inicial concretizou-se atravs de um
seminrio realizado na prpria comunidade onde participaram
representantes de entidades locais. Destacamos a participao dos grupos MOLEC -
Movimento de Lazer, Esporte e Cultura da Cidade da Esperana e o
Fora e Participao, grupos que tornaram-se nossos parceiros
na maior parte das atividades que desenvolvemos junto a
comunidade.
Em conjunto discutimos os problemas, os desafios e as
perspectivas daquele bairro. Os aspectos destacados envolviam a
discusso sobre a criminalidade e a violncia, porm, os
elementos at ento apresentados ainda no eram suficientes
para desenvolver o trabalho formativo que desejvamos. Foi
ento, como fruto do seminrio, que surgiu a idia da
realizao de uma pesquisa atravs da qual pudssemos conhecer
melhor o perfil dos aspectos econmico, social, poltico,
cultural e religioso do bairro. Elaboramos um questionrio que
por sua vez coletaria, alm dos aspectos citados, informaes
voltadas violncia e a criminalidade.
O questionrio foi aplicado pelos grupos locais da
comunidade, seguindo o critrio de amostragem. Ao todo foram 180
questionrios que aps tabulao e anlise nos deu um
referencial que subsidiou nossas
atividades seguintes, especialmente as atividades de educao.
A metodologia de todo o nosso trabalho sempre exigiu de
ns uma construo constante de elementos que apoiem o resgate
e estimulem o exerccio da cidadania dos comunitrios. Por isso
que as abordagens nas comunidades caracterizam-se por educativa
- popular, numa dimenso poltica e por vezes at jurdica. As
atividades foram se dando num ritmo de parceria na qual envolviam
a co-responsabilidade e a co-participao dos grupos locais que
atuam de forma voluntria.
Eis o que a pesquisa nos apresentou: (FALAR SOBRE OS
RESULTADOS DA PESQUISA)
De posse desses resultados identificamos que a principal
preocupao dos moradores voltava-se para a questo dos
homicdios que vinham ocorrendo e sendo noticiados pelos jornais
locais de forma assustadora. Manchetes como: "Insegurana
toma conta da Cidade da Esperana", preocupavam os
comunitrios. Paralelamente ao desenvolvimento da pesquisa e com
o intuito de refletir sobre a violncia e a segurana pblica,
foram realizados pequenos seminrios e encontros temticos no
decorrer do ano de 1992 e incio de 1993.
Como forma de devolver o resultado da pesquisa e ainda de
aprofundar a reflexo acerca da realidade do bairro, surge a
idia da implantao de uma TV Comunitria. Essa TV
caracterizou-se por ser o elo de ligao entre os grupos
articulados (CDHMP - MOLEC - FORA E PARTICIPAO) e a
coletividade dos moradores. A partir das informaes que a
pesquisa revelava, iniciamos ento um programa de formao de
construo da cidadania e a TV foi um meio.
Denominada TV Alerta, resgatava com preciso os problemas
locais mais imediatos da comunidade: 'O horto', 'a feira' e 'a
ciclone' foram os
assuntos, dentro da temtica da violncia, elegidos pelo grupo
para serem abordados nos vdeos.
Os vdeos comearam a ser produzidos em meados de 1993. O
CDHMP entrava com o equipamento e os grupos locais se
responsabilizavam pelo contedo e forma do vdeo, atuando como
reprteres e pauteiros de uma pauta discutida com os atores
envolvidos.
Num total de trs programas, o primeiro foi produzido em
agosto de 1993, com durao de 25 minutos e abordava a situao de abandono
do horto comunitrio. Antes um espao de produo de flores,
frutos, verduras e at peixes, que eram vendidos num preo
vel para os comunitrios. O vdeo mostrava a situao
ao mesmo tempo em que estimulava os moradores a buscar a soluo
para o problema reivindicando junto as autoridades competentes. O
segundo programa foi produzido em dezembro do mesmo ano, tem a
durao de 10 minutos e discutia
o problema da feira livre. Diferentemente das feiras de
outros bairros, os feirantes da Cidade da Esperana, aps a
comercializao de seus produtos, mantinham suas bancas
aglutinadas no mesmo local. A limpeza no era realizada pela
prefeitura e o amontoado de bancas era palco perfeito para os estupros, assaltos e
assassinatos que vinham amedrontando a comunidade. J o terceiro
vdeo produzido em agosto de 1994 e com durao de 10 minutos,
abordou com preciso uma outra questo emergente: o problema da
ciclone. nica danceteria do bairro, a ciclone, assim como a
feira livre, tambm vinha sendo palco da violncia e dessa vez
entre a juventude. Eram raros os finais de semana em que um ou
dois jovens no eram assassinados.
Os locais de exibio dos programas eram os mais variados
possveis: escolas, bares, lanchonetes, ruas e a praa pblica
localizada em frente a igreja catlica; e o horrio para
exibio e discusso do vdeo era o trmino da missa, em que
era possvel aglutinar o maior nmero de pessoas possveis.
Como resultado imediato desse trabalho, alm da
conscientizao dos comunitrios face aos problemas presentes
no bairro e da discusso desses problemas, as reivindicaes
possibilitaram o fechamento da boite ciclone. Quanto ao horto e a
feira, esses problemas no foram solucionados, mas, ganharam um
carter pblico de denncia, sendo publicizado pelas emissoras
de TVs locais.
A experincia da TV
Alerta possibilitou o redimensionamento do nosso trabalho naquela
comunidade, dessa vez escolhendo como local de atuao a Escola
Estadual Lauro de Castro.
Por
qu a escola ?
- Por ser um espao privilegiado na formao da
juventude;
- Por ser um local de aglutinao de novos conhecimentos
para a vida;
- Por ser um local propcio para a assimilao de nova
mentalidade;
- Por aglutinar pessoas e setores da comunidade;
-
Por ser um grupo j formado e sensibilizado para o trabalho.
A metodologia utilizada foi apoiada na exibio de
programas de vdeos, elaborao e concursos de cartazes,
oficinas de textos, jris simulados, debates, painis,
palestras. A participao dos alunos nas palestras assim como a
freqncia demostram os impactos positivos das aes na
Escola. Nesse ano - 1995, as aes desenvolvidas constituiu-se
num laboratrio para a implantao da disciplina
"EDUCAO PARA A CIDADANIA de forma oficial. No sentido
de viabilizar essa proposta, mantivemos contatos com o SINTE -
Sindicato dos Trabalhadores em Educao no RN e com o Conselho
Estadual de Educao.
Alguns
temas trabalhados foram abordados pela prpria equipe tcnica do
CDHMP e outros, contamos com a participao dos seguintes
colaboradores:
Conselho
Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente;
Conselho
Municipal da Mulher e das Minorias;
Ministrio
Pblico;
Movimento
dos Sem Terra.
Trabalhos
nesse perodo com um pblico de 140 alunos das 8s sries
O
papel do CDHMP na escola:
-
Coordenao
do processo de Ensino voltado para a Educao para a Cidadania;
-
Elaborar
um plano de curso com temas, contedos e metodologia para o ano
de 1997;
-
Articular
e envolver parcerias e colaboradores para a abordagem dos vrios
temas;
-
Facilitar
o o a leituras e bibliografias ;
-
Garantir
a continuidade dos contedos - das temticas de trabalho;
-
Realizar
dois momentos de formao e capacitao para os professores -
sensibilizados - de
outras disciplinas como portugus, educao artstica,
histria, entre outros;
-
Fazer
um elo com o SINTE - Sindicato dos trabalhadores em educao do
RN, no sentido de ampliar a experincia.;
-
Preparar,
a longo prazo, outros professores que desempenhem a continuidade
das atividades.
No perodo que compreende os anos de 1996 a 1998, ou seja,
no perodo de trs anos, foram ministradas aulas para os alunos
das 8s sries do turno vespertino. O contedo dessas aulas
expressa o despertar de noes de cidadania para a juventude que
ali estuda.
Percebe-se nessa experincia uma
trajetria de resultados, demonstradores de avanos nesse
processo. Para se ter uma idia, em 1996 e 1997, as atividades
concentraram-se na realizao de painis sobre temas voltados
para a questo dos direitos humanos, da violncia e da
segurana pblica, em determinados horrios que at ento
no eram ocupados por nenhuma disciplina - chamados horrios
vagos. Em 1998, nossa assessoria assumiu os contornos de uma
disciplina - Educao para a Cidadania, contendo: ementa, grade
de contedos, cadernetas de chamadas e de acompanhamento
avaliativo dos alunos - dirios de classe, alm de termos um
horrio definido no horrio escolar. Esse era o resultado
desejado no incio das atividades: consolidar uma experincia de
disciplina de currculo escolar vivel, com o tema Educao
para a Cidadania, ficando o prximo o para a incluso dessa
no currculo escolar.
Contudo outras questes fizeram-se presentes no
desenvolvimento dessa consolidao enquanto disciplina. A
primeira questo diz respeito ao peso da insero da disciplina
num currculo escolar j bastante carregado. Essa preocupao
foi tambm compartilhada com experincias no Rio Grande do Sul e
com a Rede Brasileira de Educao para os Direitos Humanos. Ao
mesmo tempo a experincia apontou resultados muito mais positivos
na perspectiva do tema ser ministrado no mais como disciplina,
mas como tema transversal em vrias disciplinas.
Esse resultado tambm representa um indicador de impacto
positivo da experincia e encontra-se sintonizado com o cenrio
educacional brasileiro, no momento em que apresentado s
escolas os NOVOS PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS, que procura
trabalhar uma nova formatao de contedos nas grades
curriculares no ensino brasileiro. Nos parmetros esto
includos os temas transversais como cidadania, orientao
sexual, entre outros. Com isso, as atividades de assessoria na
Escola Estadual Lauro de Castro em torno do tema "Educao
para a Cidadania", assumem uma nova forma de acontecer
substituindo as atividades de "ministras aulas".
A nova forma adotada em 1999, consiste em capacitar os
professores para que estes abordem os contedos voltados para a
cidadania, fazendo um paralelo deste tema, com os contedos das
disciplinas formais do currculo.
Diante da situao desejada - de que ao longo da
experincia capacitaramos os professores para que esses
assumissem essas atividades de ministrar em salas de aulas junto
aos alunos, contedos voltados para a cidadania - comea a
concretizar-se esse ano, atravs de dois momentos iniciais realizados no 1 semestre: Um primeiro momento de
sensibilizao desses professores e um segundo momento de
capacitao, atravs de oficinas.
A sensibilizao dos professores teve lugar no
planejamento da escola, onde o CDHMP, apresentou as orientaes
contidas nos parmetros curriculares e a importncia da
motivao do professor em trabalhar essas questes junto aos
alunos. Numa primeira etapa, ela foi voltada para atingir as
disciplinas: Portugus, Matemtica, Histria, Educao
Religiosa e Geografia, dos alunos das 8s sries. Em seguida,
amos a discutir com cada professor a grade de contedos que
os mesmos iriam trabalhar junto aos alunos na perspectiva de
associar esses contedos s questes relacionadas com a
cidadania. Dessa forma, chegou-se a montar uma proposta de
contedos em Matemtica, Histria e Geografia. Nosso papel
inicial: o ree de informaes e a indicao de
bibliografias onde os trs professores das respectivas
disciplinas pudessem ampliar os conhecimentos nas questes
referentes a cidadania. Ainda foi realizado um acompanhamento com
esses professores procurando subsidi-los nos contedos e nas
formas de abord-los.
Conhecendo os educadores
Outro o foi o de detectar nos professores a SITUAO
ATUAL de compreenso sobre a temtica da cidadania, no sentido
de identificar pontos de partida para a capacitao. Para isso
foi realizada uma enquete junto aos professores onde identificamos
o seguinte resultado:
a)
90% dos professores no conhecem a Declarao Universal
dos Direitos Humanos, embora saibam do que se trata, ou seja,
sabem que ela contm os artigos referentes aos direitos humanos;
b)
60% compreendem como importante sua incluso em sala de
aula;
c)
50% dos professores tem conhecimento do tema mas no tem
informaes metodolgicas de como abord-lo. Desconhece
metodologias.
Em sntese, percebemos que os professores
com os quais estamos
trabalhando necessitam de uma capacitao
orientada para questes de contedos e metodologia, de como
abordar esses contedos. Essa capacitao tambm
proporcionar aos professores as condies para que estes
assumam a continuidade das atividades no Lauro de Castro.
Essas informaes foram suficientes para
que pudssemos traar os os seguintes. Realizamos, ento,
uma oficina que teve por finalidade sensibilizar e capacitar o
quadro de educadores da escola no que diz respeito as questes de
cidadania e direitos humanos.
Essa oficina se caracterizou como a primeira
de uma srie de outras que se faro necessrias. Enquanto nessa
a prioridade era sensibilizar, as outras tero como preocupao
principal a capacitao dos educadores. Embora tenhamos dividido
assim as nossas prioridades, fizemos isso somente para efeitos
metodolgicos de trabalho, pois, acreditamos que esses processos,
de sensibilizao e capacitao, so processos que se do
concomitantemente.
Podemos destacar quatro momentos
significativos da oficina que orientaram as atividades que se
seguiram:
1.
A partir das dinmicas encaminhadas na oficina, o grupo
traou um perfil de sua prtica educativa. Vejamos a viso que
o grupo tem de si mesmo:
-
Liberdade, viso ampla, necessidade de escudo para (s
vezes) ocultar a viso;
-
Alunos que buscam algo mais, busca incessante atravs da
informao, acomodao, espera;
-
Sabedoria, agilidade, alunos acomodados, que esperam
sentados;
-
Desejo de executar projetos que alcancem os educandos;
-
Sabedoria, inteligncia, evoluo, caminhos para
alcanar tais objetivos;
-
Brazo (smbolo), abertura de caminhos para uma vida
prtica;
-
Alunos queridos, porm, descriminados, no valorizam o
livro, necessidade de descobrir a importncia do livro;
-
Importncia do papel feminino na sociedade, esperteza,
inteligente, aceita desafios, delicadeza, Cristal no lapidado,
energia, cuidado, processo, pacincia;
-
Esperteza, vida, carinho, manhoso, facilidade e dificuldade
de adestramento, subida, avano...;
-
Docilidade, superao, agilidade, estabilidade, uma certa
apatia;
-
Grandeza, necessidade de crescimento, aperfeioamento de
conhecimentos, escritos, registro dos conhecimentos;
-
Amizade, honestidade, agilidade, conhecimento;
-
Habilidade, necessidade de trabalhar as atividades na
formao, perspectivas futuras, desabrochar para a vida,
produo.
2.
O aprofundamento terico foi trabalhado a partir do
contedo dos seguintes textos:
-
ORIGEM DOS DIREITOS HUMANOS (Fester, Antnio Carlos
Ribeiro (org) DHs: um debate necessrio.
-
ORIGEM DOS DIREITOS DO HOMEM E DOS POVOS ( Lgia Bove).
-
DIREITOS HUMANOS: HISTRICO, CONCEITO E CLASSIFICAO (
Dalmo Dallari ( Palestra realizada,
sem reviso do autor).
3.
Alm das discusses dos textos, apresentadas em forma de
encenao e cartazes, os educadores redigiram uma carta
compromisso, destacando:
-
Conscientizar os alunos no sentido de que eles aproveitem
os contedos transmitidos na sua vida prtica;
-
Como trabalhar
esses contedos no sentido de
despertar o interesse do aluno para que ele use seus direitos no
dia-a-dia;
-
Compromisso de resgatar nos alunos a vontade pelo estudo de
maneira agradvel e natural;
-
Como relacionar contedo com o dia-a-dia do aluno;
-
Relao de companheirismo entre colegas, respeito pelos
direitos e obrigaes individuais aluno /professor;
-
Socializao, formando pensamento crtico da realidade e
atitudes de acordo com o dia-a-dia do aluno;
-
Como ar aos alunos as informaes necessrias sobre
seus direitos e ao mesmo tempo fazer uma interligao com a
disciplina lecionada;
-
Debater a questo scio-poltico-econmica e sua
relao com os direitos do cidado, buscando esclarecer e
simultaneamente influenciar os alunos para que a partir desta premissa eles
consigam formular uma viso mais ampla da realidade na qual
vivem;
-
Socializao, formando habilidades e atitudes de acordo
com as necessidades do aluno, construindo o pensamento crtico da
realidade em busca de futuro promissor onde os deus direitos sejam
vlidos;
-
Dramatizao, construindo as habilidades do aluno. Formar
as atitudes trabalhando os contedos, ando para eles o
verdadeiro valor da vida, educando-o para que no futuro ele seja
um cidado digno, com justia e com direitos e compromisso;
-
Os direitos e deveres do cidado, as questes sociais, a
luta por melhoria vida com direito, a emprego, casa, alimentao
etc.;
-
Amizade, apoio, compreenso e respeito entre os
professores e o aluno, em busca de um ideal;
-
A falta de material como: textos, um conhecimento mais
amplo sobre o assunto, vdeos;
-
A valorizao de ser humano, o respeito com todos que
fazem a escola e a questo racial;
-
Amigvel, respeitador por minha parte e cobrando tambm
da parte deles; liberal, mas com limites, e acima de tudo uma
pessoa que procura ar para meus alunos, por meio de conversas,
um pouco sobre a vida como ela na realidade;
-
Como eu deveria trabalhar
algo sobre os Direitos Humanos de modo bem atrativo para com os meus alunos? E
que temas poderiam ser abordados em sala de aula?.
-
O respeito para com os sentimentos das outras pessoas, e
tambm o modo nas quais as palavras so proferidas, cujo so
postas para fora sem o
mnimo de importncia ou respeito com a outra pessoa;
-
A realizao dos acontecimentos do dia dia os contedos, as
informaes necessrias e compreendida, pelo aluno, embora a
falta de interesse e desmotivao impere, tenho que superar
esses pontos negativos em minha sala de aula;
-
A conscientizao dos alunos, lev-los a saber os
princpios dos Direitos Humanos, como eles poderiam resolver
determinados problemas, como evit-los tambm;
-
Dramatizao e msica;
-
Busca de a um conhecimento para meus alunos, que seja
til em sua vida
cotidiana;
-
Relao contedo x tema. Como em uma aula cientfica
colocar a questo dos direitos humanos?
-
Cidadania, preconceitos, sade pblica etc.;
-
No s a transmisso do contedo programtico mas, a
realidade em que se insere o aluno, para maior compreenso da sociedade onde vive e
convive;
-
Temas em que possa trabalhar a conscientizao do aluno
associando fatos do social em seu dia dia;
-
Campanhas educativas no sentido de conscientizao;
-
Afetiva, amiga, escuto a opinio dos outros, exigente, mas
malevel, liberdade, respeito;
-
Fita de vdeo, textos, material reduzido para ser
trabalhado e uma pea teatral.
-
O respeito multou: professor x aluno, discriminao
racial, prtica poltica;
-
Como devo agir, qual a forma, como por em prtica todos os
aspectos relacionados aos Direitos do Homem e do Cidado, quando
ele posto ao ridculo, sofrendo discriminao das diversas
formas;
-
Pretendo levar ao conhecimento dos alunos uma prtica
direta com os Direitos do Homem e do Cidado, para suas
conquistas, e o que afeta na relao do seu cotidiano;
-
Procuro de determinadas (ou das mais diferentes formas
inovar o mtodo que utilizo na sala de aula). Procuro sempre
respeitar a individualidade de cada um, mas sempre buscando
defender os interesses deles como um todo;
-
Como eu deveria fazer para abordar assuntos do cotidiano
ligados aos Direitos Humanos em
sua totalidade de forma que os alunos se interessassem pelo
assunto e os utilizem no seu dia-a-dia;
-
Tentando demonstrar da forma mais clara possvel, como
importante aceitarmos a
individualidade de cada um e de que como importante aprender a
respeitar os outros como cidados;
4.
Por fim, o grupo de educadores fez uma sntese da oficina
em forma de cordel apresentado por duas coordenadoras.
"Minha gente vou te contar
A oficina foi de lascar
O DH botou pra arrebentar
Quem participou s teve a ganhar
E quem pensa que direitos humanos s
para bandidar enganou-se na maneira de pensar
Quero aqui agradecer o grupo que participou,
foi muito interessante e a nossa irao ganhou
Aprendemos a, e, i, o, u e cantamos sem
querer
Vimos Jnio sem r, um cara que ningum
pode perder
Rebola, quebra, dana o miudinho e faz o
negcio ferver
Existe um ditado que este foi ao p da
letra
Comer no buxo e p no mundo foi o que
aconteceu
Pop desapareceu
Tivemos a sensibilidade da nossa amiga
Edleusa, deu de comer os bias frias na maior gentileza
Depois com apogeu vimos nome de remdio,
fazendo uma explanao do que tnhamos direito
Tivemos a simpatia da nossa amiga Maise ,
fazendo um relato da luta do grupo em firmeza
Queremos agradecer a todos que participaram
Vocs botaram para quebrar e todas as leis
estudaram
E para completar, ainda dramatizaram
O encontro foi divertido
O aproveitamento foi timo
A turma do DH seja bem vindo no prximo
A todos muito obrigado, no quero provocar
risos
Pois estes nossos versos foram todos de improviso
E espero confirmar sem medo de vacilar
Que a nossa escola est a ponto de decolar
Aceitando
a parceria da turma do DH."
Conhecendo o educando
Para que pudssemos dar continuidade ao
trabalho, definindo temas a serem transversalizados nas diversas
disciplinas, fez-se necessrio conhecer o perfil dos educandos.
Perguntvamo-nos: quem esse aluno e quais as suas demandas na
rea de cidadania?
Em um universo de 829 alunos, dos turnos
matutino, intermedirio e vespertino, realizamos uma pesquisa com
uma amostra de 220 questionrios e com erro tolervel de 8%.
Desse universo entrevistamos 112 educandos do sexo feminino e 108
do sexo masculino.
O questionrio envolveu as seguintes
temticas: a procura pelas instituies, a credibilidade na
justia, a confiana na polcia, o papel e os direitos do homem
e da mulher na sociedade e ainda a compreenso sobre cidadania
desses educandos.
Os
resultados e os cruzamentos das informaes definiro os rumos
da capacitao e da transversalidade do nosso trabalho. Esses
cruzamentos esto sendo trabalhados juntamente com uma equipe da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Exposio
da experincia para outros grupos
O trabalho de Educao para a Cidadania na Escola
Estadual Lauro de Castro, vem tendo repercusso em outros
estabelecimentos de ensino. Fomos convidados a participar de
discusses com o grupo de educadores do CEFET (Centro Federal de
Educao Tecnolgica). A atividade teve como objetivo
familiarizar o grupo de educadores com a temtica da cidadania,
reando informaes e outros elementos para que cada educador
pudesse desenvolver o tema em suas turmas. Essa atividade, alm
de divulgar o nosso trabalho, permitiu interagir com o grupo do
CEFET possibilitando a troca de material, como vdeo por exemplo,
e informaes, estabelecendo parcerias.
A discusso possibilitou explorar temas como:
homossexualismo, discriminao contra a mulher, liberdade,
violncia (policial), pobreza, mortalidade infantil, educao
(escola). A partir da discusso desses temas percebeu-se a
importncia da utilizao do vdeo em sala de aula e tambm a
necessidade de se trabalhar a Declarao Universal dos Direitos
do Homem, para que a partir dela se explore outros temas que
esto vinculados a cidadania, como por exemplo, sade,
educao, habitao, preconceito, etc.
Consideraes Finais - Novas perspectivas
(I
SEMINRIO DE EDUCAO..... ESCREVER)
1.
OBJETIVOS
Toda essa caminhada nos exige, mais uma vez,
novo redimensionamento
das
atividades.
GERAL:
Discutir os Direitos Humanos numa perspectiva da
educao.
ESPECFICOS:
- Disseminar a experincia em educao
para cidadania desenvolvida pelo CDHMP;
- Conhecer outras experincias realizadas
no Estado na rea de cidadania;
- Discutir as possibilidades de
utilizao de recursos no que diz respeito a educao para
cidadania e informtica;
4
Definir, com base no PEDH/RN, metas de implementao
das propostas contidas nesse documento.
2.
ATIVIDADES
-
Apresentao
de experincias exitosas na rea de educao e cidadania;
-
Palestras;
-
Vdeos;
-
Exposies;
-
Lanamento
da HP;
-
Lanamento
de cartilha.
3.
PALESTRANTES CONVIDADOS
-
Margarida
Genevois;
-
Aida;
-
Nazar;
-
Rosrio
(UFRN)
-
Roberto
Monte
-
Fernando
Mineiro
-
Heronilza
4.
PBLICO ALVO
Educadores
da rede estadual, municipal e privada de ensino, estudantes de
cursos de pedagogia e afins, pessoas interessadas.
5.
PARCERIAS
CDHMP
Secretaria Estadual de Educao
Secretaria de Justia e Cidadania
CEFET
UFRN - Departamento de Educao - Ncleo de Estudos em
Educao e Representao Social
Escola Estadual Lauro de Castro
Rede Brasileira de Educao e Direitos Humanos
UFPB
UFPE
CENARTE
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