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Pernambuco 3j6t5f

Saul Limeira Barbosa teria sido detido por oito policiais em 23 de maro de 1999 no Recife, levado para o Distrito Policial Jardim So Paulo e deixado nu numa cela. Ele teria sido espancado com um pedao de borracha por dois policiais para que revelasse onde estava sua irm. No dia seguinte, teria sido liberado. Ele teria feito exame de corpo de delito, o qual teria registrado leses no seu corpo.

Sebastio Freire dos Santos Filho, taxista, teria sido espancado por trs policiais civis da Delegacia de Furtos e Roubos do Recife, em frente sua casa em 11 de janeiro de 2000. Ele no teria recebido nenhum tratamento mdico. O caso teria sido transmitido s autoridades competentes.

Srgio Eduardo Pereira Camargo, 28, teria sido detido por trs policiais militares em um bar do Recife em agosto de 1998, sob suspeita de roubo mo armada. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, seu pai teria sido imediatamente informado de sua deteno. Ele foi levado Delegacia de Boa Viagem e no dia seguinte, Delegacia de Furtos e Roubos, sem que sua famlia tivesse sido informada. Em 17 de agosto, teria sido levado ao Distrito Policial Piedade onde que teria sido desnudado e deixado numa cela na qual teria sido despejado gua. Ele teria sido interrogado durante noite. Durante a interrogao, teria sido forado a deitar-se no cho, as mos atadas com borracha. O seu rosto teria sido coberto com um saco plstico e ele teria sido abusado sexualmente com um diodo. Os fios estariam conectados no diodo e ele teria sido eletrocutado. Teria sido asfixiado com um saco plstico e espancado, especialmente nos olhos. O resultado teria sido que a viso do seu olho esquerdo teria sido severamente danificada. Seu pai no teria recebido permisso de v-lo em particular. Em 20 de agosto, um policial teria dito ao seu pai que ele havia confessado o crime. Ele no teria recebido autorizao de ser assistido por um advogado quando aparecera pela primeira vez no tribunal. Alguns dias mais tarde, teria sido transferido para o presdio Anbal Bruno. Em 23 de setembro de 1999, teria sido condenado a 29 anos de priso. As alegaes de que fora torturado teriam sido ignoradas pelo juz. Ele teria depositado um apelo por motivos de que a confisso, na base da qual fora acusado de roubo mo armada, teria sido obtida sob tortura. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ele nunca recebeu assistncia mdica. Nenhuma queixa foi registrada com a Corregedoria porque sua famlia acreditava que isso seria intil.

Giovane da Silva teria sido detido em 16 de agosto de 2000 depois de ter escapado de uma casa de custdia no Recife. Ele teria sido levado para um Distrito Policial onde teria recebido uma nota de culpa , confessando o roubo a mo armada. Ele teria sido transferido em 29 de agosto 2000 para o presdio Anbal Bruno. Ele tambm teria sido espancado durante a transferncia do Distrito Policial priso e teria sido ameaado de ser encarcerado numa cela com membros de uma quadrilha criminal que o matariam. Ao chegar, foi levado para a tal cela, mas desmaiou e foi levado para o hospital onde diagnosticaram que havia sofrido um ataque. Os policiais militares que o acompanhavam teriam dito s enfermeiras que o deixarem morrer. Foi ento levado de volta priso onde foi espancado pelo chefe da segurana e cinco policiais militares e guardas de priso.

Severino Paulino de Sena Torres teria sido detido em 04 de setembro de 2000, sob suspeita de contrafeio, por dois policiais militares que o teriam espancado no momento da deteno. Ele teria sido socado e batido por mais de 10 minutos. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ele foi levado diretamente o presdio Anbal Bruno.

Sergio Vasco da Silva teria sido espancado quando transferido o presdio Anbal Bruno no comeo de setembro de 2000 porque teria se queixado de que um policial confiscara seus culos de sol.

Marco Antonio de Oliveira teria sido espancado ao ser itido no presdio Anbal Bruno de Recife em 04 de setembro de 2000.

Samek Sebastio da Silva teria sido detido por dois policiais e levado ao Distrito Policial de Prazeres. Ele teria sido asfixiado e chutado pelos policiais em 1o e 02 de setembro. Um policial teria feito roleta russa com ele, segurando um revolver contra sua cabea e ameaando mat-lo e jogar seu corpo numa fossa sanitria. Ele teria sido itido no presdio Anbal Bruno no Recife em 02 de setembro de 2000 e espancado na sala de isso.

Edson, 18, Lus, 28, e Antnio, 18, teriam sido detidos pela polcia militar sem ordem judicial no assentamento dos trabalhadores rurais sem terra de Aracap, em Cabror em 05 de maio de1999. Eles teriam sido levados delegacia militar em Cabror, onde teriam sido submetidos vrias formas de tortura. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, eles teriam sido transferidos para uma delegacia civil. Eles teriam sido acusados de resistir priso.

M. F. de A., 15, estudante, teria sido torturado em 08 de fevereiro de 1997 quando voltava para casa em Vila Nova, Joana Bezerra, Recife. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ele teria trepado numa mangueira e fugido quando um segurana de loja atirou em sua direo. Alguns policiais militares em patrulha de rotina teriam ouvido os tiros e suspeitado que o adolescente correndo tivesse cometido um crime. Os policiais militares no teriam achado nenhuma arma com ele. Eles o teriam golpeado com chutes e socos. Alm disso, o teriam forado entrar num tanque cheio de soda custica que teria queimado seu corpo, em particular suas partes genitais. Ele teria sido levado delegacia especial para crianas e pr-adolescentes (DA) onde teria recebido tratamento mdico. Ele teria recebido cirurgia plstica reparadoura. Policiais teriam sido condenados a quatro anos de priso pela tortura.

Marli Barbosa e Rosana Lage Lgero, casal homossexual, teriam sido detidas em 19 de junho 1996 em Jaboato dos Guararapes sob suspeita de homicdio, e teriam sido espancadas com pedaos de borracha no 14 Distrito Policial em Piedade. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, elas tambm teriam sido insultadas verbalmente pela sua orientao sexual e foradas a fazer sexo oral. Elas teriam sido impedidas de contatar um advogado. O delegado teria pedido dinheiro, que elas se teriam negado a pagar. Elas teriam permanecido no distrito por trs dias e transferidas secretamente Delegacia de Narcticos onde teriam permanecido cinco dias. Elas ento teriam voltado para o Distrito Policial de Piedade e no dia seguinte, para uma priso local, sem terem sido condenadas. Ainda segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, um ms depois elas teriam sido levadas de volta para o distrito de Piedade, onde teriam sido novamente torturadas. Teriam sido mantidas encarceradas por 11 meses. Alega-se que elas tenham sofrido discriminao por causa de sua orientao sexual. Os policiais envolvidos no teriam recebido nenhuma punio ou repreenso. Segundo informaes recebidas pelo Relator Especial, o caso est sendo revisto no Supremo Tribunal.

Maria do Carmo Souza teria sido detido por policiais civis em 19 de janeiro de 2000 em Pesqueira. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ela teria sido levada delegacia local e forada a se despir. Ela teria recebido chutes nas ndegas e socada no estmago. Teria sofrido uma hemorragia. Ainda segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ela ficou nua dentro da cela sem receber comida e sem colcho durante quatro dias. No quarto dia, foi levada nua para fora da cela, na frente dos policiais e do seu advogado, foi forada a documentos. Ela teria sido agredida verbalmente e ameaada de morte. Teria sido transferida em 23 de janeiro para uma priso de mulheres no Recife.

W. C. de M., menor de idade, teria sido encarcerada em maio de 1998 na unidade de Paratibe em Abreu e Lima. Sua me teria telefona para a unidade em 14 de junho de 1998 e teria sido informada que seu filho estava um pouco doente mas que "estava bem". Mais tarde naquele mesmo dia, seu corpo morto foi levado para sua casa. Ela foi informada que o motivo da sua morte fora um ataque de epilepsia mas sua famlia teria achado marcas no seu corpo que sugeriam que ele fora estrangulado. Seu corpo teria marcas no pescoo, e feridas na cabea e no rosto. Suas pernas teriam sido quebradas e seus dedos feridos.

Marinaldo Jos da Silva e Walter Caetano Coelho, detidos na priso pblica em Barreiros teriam sido algemados s barras da cela e espancados por seis policiais militares em 21 de junho de 2000, como punio por uma suposta tentativa de fuga de outros presos e de ter "dado o exemplo". Seus corpos teriam sido esfregados com sal e teriam sido ameaados de morte. Trinta outros presos teriam tambm sido espancados. O promotor pblico teria visitado a priso em 03 de julho e ouvido testemunhas sobre o incidente. Os presos teriam feito exames de corpo de delito. Um inqurito judicial teria sido aberto. O Relator Especial gostaria de receber informaes acerca do resultado desse inqurito.

Luiz Pontes Ferreira Bastos Neto, Djalma Nazrio Csar, Hitlio Bold da Silva e Flvio Gonalves da Rocha teriam sido detidos em 25 de maio de 1999 e levados Delegacia de Furtos e Roubos em Recife sob suspeita de furto. Eles teriam sido espancados, golpeados e quase asfixiados com sacos plsticos pelos policiais. Luiz Pontes Ferreira Bastos Neto teria feito exame de corpo de delito que teria registrado leses no seu corpo.

Alexandre Jos da Silva e Leonardo Luiz de Moura, detidos no presdio Anbal Bruno no Recife, teriam sido espancados por policiais militares em suas celas em 11 de julho de 2000. Eles teriam feito exame de corpo de delito no mesmo dia. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, eles teriam sido novamente espancados por agentes penitencirios quando voltaram para priso. O incidente teria sido reportado para os diretores da priso.

Marcos Francisco da Silva teria sido atacado por um outro detento no presdio Anbal Bruno por volta do dia 24 de agosto de 2000. Ele teria sido chamado na seco de segurana da priso, onde teria sido espancado nas costas, nos antebraos e ombros por quatro guardas com paus. Suas costas, antebraos e ombros teriam sido cobertos de contuses.

Jorge Luis da Silva teria sido levado ao presdio Anbal Bruno s 7:00 em 04 de setembro de 2000. L, ele e uma outra pessoa, ambos acusados de estupro, teriam sido levados para uma pequeno cmodo onde teriam sido espancados e pisoteados por trs agentes carcerrios durante vrios minutos. s 19:30 no mesmo dia, trs policiais militares teriam entrado na sala de triagem para onde teriam sido levados e teriam dito a todos detentos para se sentarem com seus rostos contra as paredes. Eles ento teriam escolhido Jorge Luis da Silva, supostamente por ele ter sido acusado de estupro, e o teriam chutado e espancado no estmago, peito, rosto e na cabea durante vrios minutos. Mais tarde, eles o teriam borrifado de gua para que no deixar nenhuma marca dos espancamentos. O outro detido acusado de estupro teria sido ameaado de "ser o prximo". Vrios dias mais tarde, ele teria consultado um psiquiatra que o teria insultado em conexo a acusao de estupro.

Severino Ramos de Oliveira Filho teria sido detido pela polcia civil em sua casa em Braseiros em 04 de setembro de 2000 sob suspeita de homicdio. Durante a transferncia de sua casa para a viatura, ele teria sido espancado, levado tapas no rosto, no peito e nas mos por trs policiais. Sua me e seu advogado teriam ido para a delegacia mas o advogado no teria tido o ao seu cliente e Severino Ramos de Oliveira Filho teria sido informado que s poderia ter um advogado quando fosse transferido para uma priso. Dois dias mais tarde, um dos policiais que o deteve teria queimado seu brao com um cigarro, e um outro policial teria batido no seu joelho esquerdo com um pau. Durante quatro dias, policiais teriam entrado em sua cela em intervalos regulares (de manh, por volta das 3:00 da tarde e s 10:00 da noite), e teriam batido em seu rosto, perguntado se ele cometera o homicdio. Eles lhe disseram que teria sido condenado, apesar de no ter havido julgamento.

Humberto Ferreira Mendes Filho teria sido detido em 31 de agosto de 2000. Teria sido espancado com um pau, levado chutes, principalmente na boca, por seis policiais militares, e pisoteado por mais cinco horas. Subseqentemente, teria sido transferido para a Delegacia de Furtos e Roubos no Recife onde policiais civis tentaram extorquir cinco mil reais em troca de sua soltura. Quando respondeu que no tinha essa quantia, eles teriam ameaado de sufoc-lo, cobrindo sua cabea com um saco plstico. Depois disso, ele assinou uma confisso de roubo mo armada. Quatro horas mais tarde, ele teria sido transferido para o presdio Anbal Bruno, ainda coberto de sangue. Ele no teria recebido nenhum tratamento mdico. Por ocasio da entrevista com o Relator Especial, em 07 de setembro, marcas compatveis com seu relato, inclusive cicatrizes na boca e nas pernas, ainda eram visveis.

Jos Marcos Pereira Ramos teria sido detido por volta da meia-noite em sua casa em Caruaru em 29 de maio de 2000. Um policial militar encapuzado teria arrombando sua casa com a inteno de matar seu cunhado, o qual teria ameaado esse mesmo policial. O policial teria confundido Jos Marcos Pereira Ramos com seu cunhado e atirou nele. Jos Marcos Pereira Ramos teria respondido com tiros, ferindo o policial no brao, que teve de ser amputado. Ele ento teria tentado escapar pulando por cima do muro. Outros trs policiais militares, todos encapuzados, inclusive um tenente, teriam arrombado sua casa, espancado sua mulher, sua sogra e suas duas crianas de 7 e 4 anos. Os policiais teriam atirado no p direito de Jos Marcos Pereira Ramos e teriam batido na perna esquerda com um pau. Eles ento o teriam forado beber meio litro de gua de esgoto. Ele ento teria sido transferido para o 4 Quartel da Polcia Militar. L, teria sido espancado durante vrias horas por mais de 30 policiais militares, em turnos. Eles o teriam chutado no estmago e batido nos seus cotovelos com um pau. Teriam chutado seus testculos at que um se rompesse. Jos Marcos Pereira Ramos teria desmaiado trs vezes e aps cada uma das vezes eles teriam jogado gua sobre ele para acord-lo. Tambm teria vomitado sangue. Teria assumido a responsabilidade pelo tiro no policial e pediu para que seu cunhado fosse solto, o que foi feito. s 7:00, ele teria sido transferido delegacia distrital em Caruaru. L ele teria sido ameaado de morte. Um policial teria colocado um revlver na sua boca e ameaando apertar o gatilho. Ele teria permanecido detido l durante dois dias, sendo constantemente ameaado. Teria sido forado uma confisso por um outro homicdio. Ele teria sido transferido para a penitenciria de Caruaru onde ficou detido por trs meses. Depois de uma briga com um outro detento, teria sido transferido o presdio Anbal Bruno. Um agente penitencirio de Caruaru teria dito um parente de Jos Marcos Pereira Ramos que ele poderia ser morto no presdio Anbal Bruno. Um policial militar trabalhando no presdio Anbal Bruno que teria sido amigo do policial que perdeu o brao teria visitado a penitenciria de Caruaru no comeo de agosto de 2000, e teria dito um outro preso que Jos Marcos Pereira Ramos merecia que sua me morresse e que se isso lhe causasse revolta ou ele tentasse fugir, seria o primeiro a morrer.

Daniel de Brito Montenegro, detido no pronto-socorro do presdio Anbal Bruno e portador do vrus HIV por mais de 10 anos, teria sido detido anteriormente na priso de Vitria de Santo Ado, e teria sido transferido para Anbal Bruno em agosto de 1999 para receber tratamento mdico segundo ordens de um juz. O presdio Anbal Bruno teria recebido do Estado de Pernambuco o "coquetel" de drogas para tratar a AIDS. Em junho de 2000, Daniel de Brito Montenegro teria desenvolvido leses no lado esquerdo do seu rosto. Ele estaria sofrendo de dores nas costas e nos msculos, e teria urinado sangue. Tambm teria perdido peso. Por ocasio da visita do Relator Especial, em 09 de setembro, ele ainda no fora levado para um hospital para que um exame pudesse determinar se precisava receber remdios contra AIDS. Os nicos remdios que teria recebido foram para dor de cabea e inflamao. Os motivos alegados foram de que a priso no tinha empregados suficientes nem um veculo disposio. Alguns dias aps a visita do Relator Especial, o preso teria sido mandado para o Hospital Correia Picano mas no fez o exame necessrio porque nenhum mdico estava disponvel. O Relator Especial nota que enviou um apelo urgente sobre este caso em 07 de dezembro de 2000 (veja E/CN.4/2000/66, para. 189).

Joo Paulo Lima da Silva teria sido detido e levado para delegacia de Orob pela polcia federal em maio de 2000 depois de ter sido acusado de estupro por uma mulher. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, no dia seguinte ele teria sido espancado com cassetetes nas suas costas e trax durante 10 minutos pela polcia federal que o transferiu cadeia Joo Alfredo. Eles teriam avisado que no cessariam os espancamentos at que ele confessasse. Ele no teria recebido nenhuma assistncia jurdica e teria sido forado um papel o qual no lhe foi permitido ler. Teria comeado vomitar sangue. Ele teria pedido aos policiais militares para ser levado novamente ao hospital mas a eles teriam respondido que no ele no tinha nenhum direito de ir a um hospital e espancaram-no novamente, inclusive com uma palmatria. Ele teria ado trs meses em Joo Alfredo. Ele teria sido transferido para Anbal Bruno em 04 de setembro sem que sua famlia fosse informada. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, quando chegou priso, dois guardas na entrada tiraram suas roupas e bateram nas suas costas e trax com as palmas das suas mos durante vrios minutos.

Arlindo Francisco de Barro Neto teria sido detido sob suspeita de homicdio por nove policiais que buscaram-no na casa de sua tia s 7:00 da noite para lev-lo ao "Lixo do Muribeca" onde teria sido algemado e espancado com barras de ferro na presena do seu sobrinho de nove anos de idade. Os policiais teriam ameaado quebrar os dedos de seu sobrinho se no "contasse a verdade". Ele teria sido espancado com um pneu, lama colocada na sua boca e forado a comer grama. Sacos de plstico teriam sido colocados sobre sua cabea e depois teria sido colocado no bagageiro de um carro. Os policiais soltaram o sobrinho por volta das 9:30 da noite. Ele teria sido levado sua casa em Mostardinha onde, segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, uma venda teria sido colocada sobre seus olhos, e sua mulher grvida teria sido sexualmente molestada e espancada pelos policiais que estariam procura de uma arma. Os policiais teriam permanecido na casa at as 3:00 da madrugada. Arlindo Francisco de Barro Neto teria ento sido levado para Delegacia da Ceasa. No caminho da delegacia, os policiais teriam parado o carro para espanc-lo com uma barra de ferro. Ainda segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ele teria sido encarcerado e algemado numa cela da delegacia, suas pernas atadas esquarteladas em direes opostas. Ele foi deixado nesta posio durante dois dias. Ele no teria recebido nenhuma comida nem gua e no recebeu permisso de ir ao banheiro. Ele ento teria sido levado delegacia de Mostardinha onde viu sua mulher e seu filho de dois anos e onde teria permanecido por um dia antes de ser transferido para Delegacia de Homicdios, para o Instituto Mdico Legal (IML) e para o presdio Anbal Bruno. Ele teria contado tudo que tinha acontecido ao mdico legista o qual no teria anotado nada. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ele no teria assinado nenhuma confisso. Quando chegou ao presdio Anbal Bruno, ele teria recebido ordem de dois guardas para tirar suas roupas e se agaixar. Quando levantou ele teria sido socado no estmago e nas costas e chutado nas genitais durante aproximadamente uma hora. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ele estaria claramente apavorado e traumatizado, suas pernas inchadas, aps terem sidas espancadas com barras de ferro. Ele teria um corte de 5 centmetros de comprimento no seu cotovelo, marcas, hematomas e escoriaes em torno dos punhos, os quais teriam sido causados pelas algemas. Tambm teria hematomas nos ps, nas costas e no pescoo. Ele no teria recebido nenhum medicamento nem tampouco fora examinado por um mdico.

Luiz Missandro Silva de Lima, detento no presdio Anbal Bruno, teria sido encarcerado nu em uma cela de isolao onde teria sido espancado por uma dezena de policiais e agentes penitencirios em 07 de setembro de 2000 enquanto o Relator Especial estava visitando outras alas da priso. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ele teria sido chutado e espancado nas suas costas, peito e abdome com um pedao de madeira.

Marcos Antnio Dias de Andrade, detento em Anbal Bruno, teria sido chutado e espancado com um pedao de madeira por seis policiais em 07 de setembro de 2000 enquanto o Relator Especial estava visitando outras alas. Os espancamentos resultaram em feridas no olho esquerdo, na boca e no pescoo. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ele no teria recebido nenhum tratamento mdico.

Zinho Luis do Nascimento, detento no presdio de Anbal Bruno, teria sido enviado para o pronto-socorro depois da visita do Relator Especial em 07 de setembro de 2000 mas no recebeu nenhum tratamento mdico para o ferimento de uma bala na perna. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, a bala no foi retirada e ele foi colocado em uma cela de castigo em 08 de setembro de 2000 durante 30 dias. Ele teria sido espancado nas costas e no rosto por um ex-chefe da segurana que teria dito que ele tinha falado demais.

Laurimar Vieira de Souza, detento na cela de castigo do presdio Anbal Bruno, teria sido golpeado no rosto e nas costas, chutado e espancado por vrios policiais militares em 07 de setembro de 2000 enquanto o Relator Especial estava visitando outras alas da penitenciria. Todos os outros detentos da cela de castigo teriam recebido um tratamento semelhante.

Srgio Vasco da Silva, detento no presdio Anbal Bruno, teria sido severamente espancado em 07 de setembro de 2000 enquanto o Relator Especial estava visitando outras alas da instituio. Ele teria sido transferido para o Bloco 1.

Jefferson Felix dos Santos Correia teria sido detido em 03 de setembro de 2000 pela polcia militar de uma pequena cidade. Teria sido algemado e chutado nas costas por um policial. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, ele teria sido forado sentar-se e quatro policiais teriam dado chutes em seu estmago e costelas, tapas e golpeado sua cabea durante aproximadamente 30 minutos. Ele foi levado Baradoro onde teria sido chutado e golpeado por 10 policiais civis e militares durante aproximadamente 30 minutos. Os maus tratos o teriam levaram confessar a transgresso. A tortura teria cessado quando seu pai chegou. Segundo as informaes recebidas pelo Relator Especial, apesar das marcas no pescoo e nas costas, um hematoma debaixo do olho esquerdo e uma grande marca na coluna, ele no teria sido levado para o IML.

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