Projeto DHnet
Ponto de Cultura
Podcasts
Direitos Humanos
Desejos Humanos
Educao EDH
Cibercidadania
Memria Histrica
Arte e Cultura
Central de Denncias
Banco de Dados
MNDH Brasil
ONGs Direitos Humanos
ABC Militantes DH
Rede Mercosul
Rede Brasil DH
Redes Estaduais
Rede Estadual RN
Mundo Comisses
Brasil Nunca Mais
Brasil Comisses
Estados Comisses
Comits Verdade BR
Comit Verdade RN
Rede Lusfona
Rede Cabo Verde
Rede Guin-Bissau
Rede Moambique

Educando para a Cidadania Os Direitos Humanos no Currculo Escolar 7b1i

APRESENTAO

Nas suas mais de trs dcadas de luta humanitria pela conquista e pelo exerccio da cidadania plena para todos, a Anistia Internacional tem primado, sobretudo, por ser um Movimento de eficcia. Com a credibilidade que lhe confere uma postura rigorosamente imparcial, angariou mais de um milho de membros em todos os continentes e ajudou a salvar a integridade e a vida de milhares de pessoas. Soube utilizar-se, para tanto, de uma estratgia que intimida mesmo os Estados mais autoritrios: a presso internacional.

Respaldada sempre por uma avalanche de cartas, telegramas, telefax, telefonemas, publicaes em jornais e revistas, matrias televisivas, caminhadas cvicas, shows de protesto, ao direta sobre os corpos diplomticos e denncias nos diversos foros das Naes, a Anistia tem acossado, sem trguas, o poder organizado, sempre que este toma os caminhos da barbrie. Pelos testemunhos que nos chegam daqueles que foram libertados, ou salvos da tortura ou da morte, sabemos da importncia de continuar denunciando, sem cessar, opinio pblica, prticas cruis e crimes hediondos perpetrados por governos e, algumas vezes, paradoxalmente, por suas oposies. No vamos calar, estamos seguros, at que cesse definitivamente este estado de coisas. Contudo, estamos preocupados com o futuro. Temos aprendido que a denncia to somente, ainda que inabdicvel dever, pode ser teraputica insubstituvel a curto prazo, mas perspectivamente inqua quando se trata de uma transformao definitiva dos comportamentos. Consegue segurar, por uns tempos, a mo do poderoso ou abrandar-lhe o golpe, mas no retir-la de sobre os oprimidos. Pode atemorizar o feitor, a ponto de mudar-lhe um pouco os mtodos em respeito s conseqncias. Faz mesmo, em alguns casos, com que o feitor seja afastado. Mas outro haver para substitu-lo.

Percebemos, assim, que, a largo prazo, preciso casar a denncia com algo mais. preciso construir alternativas. preciso faz-lo coletivamente, e isso s se pode conseguir com a educao das conscincias.

Estamos convencidos de que uma nova gerao de cidados cidados de verdade no s abdicar da injustia e da violncia, como parmetros individuais e corporativos do sobreviver em sociedade, como organizar-se- para impedir a outros a utilizao desses mesmos parmetros. Um povo que conhece os seus direitos um povo que no se deixa vergar. A cada golpe, quando menos se espera, torna a levantar-se. Lamentavelmente, a maioria das pobres gentes encontra-se magnificamente distanciada dessa sonhada realidade. E nessa medida que a ao educativa reveste-se de fundamental importncia. Para a Anistia, uma ao responsvel aquela que combina a denncia das possibilidades de um mundo fraterno.

H vrios anos nos dedicamos a educar crianas, jovens e adultos para a vivncia de uma cidadania. Estamos presentes em creches, escolas, centros comunitrios, faculdades e academias de formao profissional, multiplicando a conscincia dos direitos de todo o ser humano.

A presente coletnea surgiu da preocupao de muitos colegas educadores, sequiosos por superar o formalismo tantas vezes imposto nos programas de contedos desvinculados da realidade. Se as cincias no se constituem em mitos, se no so fim em si mesmas, se tm compromisso com a realizao do potencial de excelncia presente em toda a criatura humana na construo de uma vida melhor, ento preciso repensar o currculo escolar.

Educando para a Cidadania um modesto, singelo, mas mui significativo o nessa direo. um trabalho construdo a muitas mos, alm daquelas que firmamos textos. Vrios desses textos surgiram de um processo coletivo de discusso nas escolas de origem dos educadores autores. Nas raras vezes foram levados para a sala de aula e debatidos e enriquecidos pelos alunos. em todos os casos a construo ou por um processo de mutiro intelectual que envolveu, com maior ou menor nfase em um ou outro ponto: a socializao com os colegas de cadeira, a participao de alunos e grupos de estudos, a troca de idias com a equipe de educadores da Anistia Internacional, as exaustivas revises, o refazer quantas vezes necessrio para enriquecer mais. Pelo menos um ano levamos para fazer mais que escrever um livro: apresentar algumas concluses de um processo vivenciado por muitos, voltado a descobrir como trabalhar mais e melhor a questo dos Direitos Humanos no currculo escolar. Ainda assim e por isso mesmo no um trabalho pretensioso. Em momento algum objetivamos propostas bem acabadas, priorizando o verniz acadmico-intelectual. Os educadores que escreveram para esta coletnea, foram escolhidos mais pelo seu compromisso tico com a cidadania, por sua conscincia do papel da educao como promotora da liberdade e da justia, pela perspectiva da militncia cidad que levam para junto de seus educandos.

Suas reflexes de base, oriundas da prtica pedaggica cotidiana, querem servir para iluminar, estimular, sugerir amplos caminhos aos colegas que tiverem a oportunidade de ler os textos. No pretendem fornecer a receita pronta, muito menos apresentar teses exaustivas e rebuscadas. Mais que tudo, desejam provar, atravs de exemplos concretos, que, com a intuio, simplicidade e criatividade, possvel fazer muito, no mbito escolar, para construo de nao cidado que todos almejamos.

Contudo, a experincia no se esgota aqui. Este primeiro trabalho rene as reflexes (universais, claro) de educadores do extremo sul do pas. Em um futuro prximo desafio lanado esperamos repetir o feito com autores de outros estados. H muito que aprofundar a discusso sobre currculos e formao da cidadania. Ela estrategicamente fundamental, uma vez que atinge o recurso multiplicador por excelncia: o professor. Novos aportes significaro novas riquezas incorporadas a este pequeno mas precioso patrimnio educacional.

R. Balestreri
Coordenador do Programa Nacional de Educao
para a Cidadania - PRONEC

Desde 1995 dhnet-br.informativomineiro.com Copyleft - Telefones: 055 84 3211.5428 e 9977.8702 WhatsApp
Skype:direitoshumanos Email: [email protected] Facebook: DHnetDh
Busca DHnet Google
Not
Loja DHnet
DHnet 18 anos - 1995-2013
Linha do Tempo
Sistemas Internacionais de Direitos Humanos
Sistema Nacional de Direitos Humanos
Sistemas Estaduais de Direitos Humanos
Sistemas Municipais de Direitos Humanos
Hist
MNDH
Militantes Brasileiros de Direitos Humanos
Projeto Brasil Nunca Mais
Direito a Mem
Banco de Dados  Base de Dados Direitos Humanos
Tecido Cultural Ponto de Cultura Rio Grande do Norte
1935 Multim