A
SITUAO DO PROVITA NO RIO GRANDE
DO NORTE E OS PREJUZOS DECORRENTES
DE SUA INTERRUPO 555e2
O Programa Estadual de Apoio e Proteo a Testemunhas,
Vtimas e Familiares de
Vtimas da Violncia PROVITA/RN foi implantado no
nosso Estado no ano de 1997.
A
partir de 1 de Janeiro de 1998, o PROVITA/RN
se consolida a partir da parceria entre o Centro de
Direitos Humanos e Memria Popular, rgo gestor do
Programa, e o Governo Federal e Estadual, quando so
assinados Convnios para a liberao de recursos para
a sua execuo.
Durante
o perodo de 1998, e de acordo com suas condies bsicas
de funcionamento, o PROVITA/RN atendeu 04 Casos, com
um total de 04 Testemunhas, envolvendo a participao
de 12 Beneficirios.
Apesar
de estar em pleno funcionamento, os recursos disponveis para o
Programa no teve a sua devida regularidade. Dos R$ 100.000,00
(Cem Mil Reais) alocados pelo Governo Federal, foi uma liberada
uma parcela de R$ 50.000,00 (Cinquenta Mil Reais), em Maio de
1998 ( estava prevista para Abril), enquanto a segunda parcela,
que era prevista para Junho de 1998, nunca foi liberada.
Dos
recursos alocados pelo Governo Estadual, num total de
R$ 60.000,00 (Sessenta Mil Reais), duas parcelas de
R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais) foram liberadas, enquanto
a terceira parcela, programada para Outubro de 1998,
tambm no teve a sua devida liberao.
Com
a interveno inconseqente do GAJOP-Gabinete de Assessoria
Jurdica s Organizaes Populares, Entidade de Consultoria
do Projeto, bem como devido ao atraso dos recursos do
Programa, o PROVITA/RN teve o seu pleno funcionamento
prejudicado. Mesmo assim desenvolveu diversas atividades
at Setembro de 1998, e a partir de Outubro de 1998
comeou a sofrer uma srie de dificuldades e desordenamentos
que colocaram em risco o desenvolvimento do Programa.
Registramos aqui o quadro atual de problemas e dificuldades
que a o PROVITA/RN:
1)
Principais Dvidas Acumuladas, parte de 1988
e todo ano de 1999:
1.1.
Aluguel da Sede e de imvel locado para os beneficirios;
1.2.
Linhas Telefnicas do Programa (02 linhas bloqueadas);
1.3.
Pagers (02 bloqueados);
1.4.
Condomnio da Sede;
1.5.
Corte de Energia Eltrica da Sede e de imvel locado
para os beneficirios;
1.6.
Corte do fornecimento de gua para imvel locado para
os beneficirios;
1.7.
Transporte e Deslocamentos para atendimento aos beneficirios;
1.8.
Remunerao da Equipe;
1.9.
Compra de Alimentos para beneficirios;
1.10.
Servios de Manuteno;
1.11.
Material de Consumo e Expediente.
2)
Atendimento aos Beneficirios:
As
dvidas acumuladas j mencionadas provocaram graves conseqncias
no trabalho da Equipe Tcnica tanto no atendimento aos beneficirios
como na prpria rotina de trabalho.
Diante
disso de enorme preocupao as responsabilidades assumidas
pelo Programa junto s pessoas atendidas pelo Programa, bem
como com as demais Instituies envolvidas no processo.
importante ressaltar que foi realizada a Prestao de Contas
de todos os recursos e que foi encaminhado o Projeto PROVITA
para o exerccio de 1999.
Mesmo
diante das questes apresentadas, a Equipe e Instituies que
fizeram o PROVITA/RN sempre reafirmaram o interesse pela
continuidade desse Programa to importante, bem como creditaram
toda a disponibilidade para a execuo deste trabalho, fato
este que levou a todos os envolvidos no projeto a solicitar uma
definio, o mais breve possvel, junto aos rgos responsveis
pelo Programa.
DBITOS
ACUMULADOS PELO PROVITA E QUE FICOU SOB A RESPONSABILIDADE
DO RGO GESTOR, O CDHMP
Quadro
de Dbitos levantados at Maio/1999, sem os acrscimos
de correo e juros devidos ao atraso
SERVIO
PRESTADO
|
OUT
A DEZ/98.
|
R$.
|
24.030,00
|
ENERGIA
|
OUT/98
A MAIO/99
|
R$.
|
121,41 |
TELERN
|
NOV/98
A MAIO/99
|
R$.
|
2.083,56
|
CAERN
|
NOV/98
A MAIO/99
|
R$
|
110,53
|
CONDOMNIO
|
OUT/98
A MAIO/99
|
R$.
|
1.925,88
|
PAGER
|
OUT/98
A MAIO/99
|
R$.
|
472,00
|
ALUGUEL/IPTU
|
NOV/98
A MAR/99
|
R$.
|
5.050.91
|
MAT.
EXPEDIENTE
|
NOVEMBRO
|
R$.
|
42,73
|
SERVIO
MANUTENO
|
NOV
A DEZ/98.
|
R$.
|
160,00
|
PREJUZOS
IRREPARVEIS AO CDHMP DEVIDO AO DESMANDO DO GAJOP E CONSEQNCIA
POLTICAS APS O PROVITA-RN
As
intervenes e tramas organizadas pelo GAJOP provocou danos
profundos durante um certo perodo na estrutura do CDHMP.
Como
se no bastasse a interrupo irresponsvel de um programa
de proteo testemunhas, inclusive com beneficirios sendo
atendido, a atitude do GAJOP junto ao Ministrio da Justia,
provocou um enorme prejuzo financeiro ao rgo gestor do
Programa. O CDHMP, como Entidade responsvel pelo PROVITA-RN
teve que assumir o dbito de todas as despesas decorrentes da
interrupo do projeto e do no ree dos recursos
conveniados.
A campanha difamatria do GAJOP foi alm fronteiras em relao
ao Estado do RN, quando em vrios setores, chamavam o CDHMP de
ladres e fechou todas as portas junto Secretaria Nacional
de Direitos Humanos, inclusive fazendo gestes negativas s
iniciativas apresentadas pela nossa Entidade.
Tudo
leva a entender que o GAJOP, por razes polticas e
de domnio de mercado queria acabar com o CDHMP, e
ir frontalmente de encontro ao grande trabalho que estava
sendo encaminhado no PROVITA-RN e nas prprias aes
desenvolvidas pela Entidade durante seus vrios anos
de existncia.
VOLTA POR
CIMA DO CDHMP COM AES PROPOSITIVAS
E DE ARTICULAO
NACIONAL
Apesar
de toda essa armao provocada pelo GAJOP, e do prprio
silncio de alguns setores da Secretaria Nacional de Direitos
Humanos/Ministrio da Justia o CDHMP conseguiu com enorme
esforo se sobrepor ao grave quadro de crise e levar adiante
seus projetos e realizaes propositivas, entre as quais:
1
-
Fortalecimento das relaes
com a Secretaria de Justia e Cidadania
do Estado do RN, que sempre nos
apoiou durante toda essa crise;
2
-
A realizao do Programa
Estadual de Direitos Humanos do
Estado do RN, segundo do Brasil,
desenvolvido sob a consultoria do
Ncleo de Estudos da Violncia da
USP, e parceria com a Secretaria
de Justia do RN e Secretaria Nacional
de Direitos Humanos/Ministrio da
Justia;
3
-
Articulaes para a criao
e reformulao do Conselho Estadual
de Direitos Humanos, que tem o CDHMP
atualmente exercendo a presidncia
do rgo, sendo inclusive reeleito
agora em 2002;
4
-
Gestes para a criao e
instalao da Ouvidoria de Polcia
do RN;
5
-
Articulao e insero com
redes nacionais, entre elas a Rede
Brasileira de Educao em Direitos
Humanos e Frum Nacional de Educao
para os Direitos Humanos, nos quais
o CDHMP participa da diretoria.
6
-
Parceria com a DHNet-Rede
de Direitos Humanos e Cultura, criando
o maior portal de Direitos Humanos
em lngua portuguesa, via internet,
e distribuindo por todo o pas o
CD-ROM Enciclopdia Digital Direitos
Humanos, que agora j est em sua
segunda edio.
7
-
Eleio do CDHMP, atravs
do Conselheiro Roberto de Oliveira
Monte, para a primeira Diretoria
do Frum Nacional de Conselhos Estaduais
de Direitos Humanos.
|